sexta-feira, 28 de junho de 2013

Wimbledon 2013: dia 3

Um dia inesquecível, no mau sentido. A quarta-feira foi avançando e muitos favoritos iam caindo. Quedas metafóricas e/ou literais. A derrota vinha na dureza do placar ou na dor da lesão. Tanto entre homens como mulheres. A primeira deste grupo já era esperada: Victoria Azarenka torceu no joelho na estreia. Enrolou até o último momento, quando confirmou a desistência. Na sequência, foi Maria Sharapova, levando vários tombos na quadra 2, que possui a sina de abrigar muitas zebras. Fora o tempo médico requisitado, o incômodo de lesão não foi notado ou exposto posteriormente; a russa jogou muito mal mesmo. Antes disso, na mesma quadra, Wozniacki machucou o tornozelo, mas continuou em quadra até perder. Não foi surpresa, mesmo em condições normais. Petra Kvitova também poderia se juntar às eliminadas, mas teve sorte, pois a adversária, Yaroslava Shvedova, foi outra desistente por lesão antes do jogo.

Petra Cetkovska d. Caroline Wozniacki: 6/2 e 6/2

A tcheca vem numa ótima recuperação, após uma série de lesões. Furou o qualifying e venceu a ex-número 1 na segunda fase. O que "pisca" nas estatísticas é a relação de winners: 30 a 6 para Petra. Facilmente agressiva, ela obteve 93% de êxito à rede, com 15 aproximações no total. As quatro quebras vieram em duplas, na primeira metade do set inicial e na segunda do final.

Alize Cornet d. Su-wei Hsieh: 6/3 e 6/2

Amelie Mauresmo estava no público da pequena quadra 18 para ver sua selecionável de Fed Cup. Já perdi as contas de quanto vi a ex-tenista neste torneio – acompanhei muitas francesas até aqui.

Hsieh, com uma razoável torcida, estava passiva, aguardando por erros da adversária. Eles até vieram, mas não foram suficientes. Alize estava irritada com qualquer coisa, do boleiro ao juiz. Deu muito xilique. O primeiro set foi equilibrado por isso. O segundo teve um game de serviço da francesa que demorou a se definir, mas o game point pendia mais. Na sequência, a taiwanesa foi frequentemente ameaçada, até que cedeu a segunda quebra na parcial, que definiu o duelo.

Eugenie Bouchard d. Ana Ivanovic: 6/3 e 6/3

A quebra no segundo game definiu o equilibrado primeiro set. Embora o 4/1 inicial tenha assustado, o game de abertura foi disputadíssimo, com dois breaks para Ivanovic. Com 83% de êxito, o primeiro serviço da sérvia ajudou, embora Genie tenha tido maior índice (88%). O segundo set foi um show de horrores, com seis quebras de serviço. Ana ameaçava reagir, mas ficava sempre no quase. Ela só confirmou uma mísera vez. Os serviços, desta vez, não foram eficientes, enquanto que o jogo à rede aumentou e rendeu uma quantidade razoável de pontos para cada lado.

Michelle Larcher de Brito d. Maria Sharapova: 6/3 e 6/4

Quem apostaria que Portugal estaria envolvido na eliminação de duas das três melhores tenistas da WTA, atualmente? Larcher de Brito, que tem grito idêntico ao de Sharapova, começou com alguns bons winners de devolução e um impressionante 4/1 (assim como de Bouchard sobre Ivanovic). Poderia ser 5/1, mas a lusitana perdeu muitas oportunidades, o que é normal para uma atleta de ranking tão baixo. Maria ainda era capaz de bons lances, mas não foi agressiva suficiente (melhorou no segundo set), o que lhe rendeu duas quebras na primeira parcial. A russa escorregou várias vezes, mas quando teve o lance mais preocupante, chamando médico e ficando dez minutos fora da quadra, a vaca estava atolada no brejo. Michelle ainda vacilava, mas cada avanço que conseguia lhe dava mais gás. Correu com vontade atrás das bolas. Sacando para o jogo, desperdiçou cinco match points até a glória. Derrota bizarra da russa.

Cabeças de chave eliminadas: [2] Victoria Azarenka, [3] Maria Sharapova, [9] Caroline Wozniacki, [12] Ana Ivanovic, [16] Jelena Jankovic e [22] Sorana Cirstea

A metade inferior da tabela ficou com uma bola de feno rolando, perante tantas baixas. Puig suou contra Soler Espinosa, mas passou. Stephens também não teve vida fácil, e eliminou Petkovic em um tiebreak e vencendo oito games no terceiro set.

Safarova conseguiu cair para Karin Knapp; uma pena, pois a chave abriu. Muguruza não resistiu à Makarova, enquanto Suarez Navarro passou por Lucic-Baroni, no confronto menos interessante do dia.

O dia das sérvias foi confuso. As três melhores do país caíram, e facilmente. Sobrou Vesna Dolonc, que nem sérvia é (nasceu na Rússia). Ela eliminou justamente uma das colegas, Jelena Jankovic, em sets diretos. A terceira fase é uma grande vitória para ela.

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