terça-feira, 4 de junho de 2013

Roland Garros 2013: oitavas de final

Antes

Também conhecida como quarta fase ou fase das últimas dezesseis, contém:

- nove cabeças de chave;

- quatro norte-americanas, três russas, três italianas, duas sérvias, uma alemã, uma polonesa, uma espanhola e uma bielorrussa;

- cinco ex-campeãs;

As razoáveis surpresas: Carla Suárez Navarro, que fez QF em Grand Slam há muito tempo (RG 08 e AO 09) e não passou mais disso; Mattek-Sands (4R em Wimbledon 2008) e Jamie Hampton, de 23 anos, nunca foi bem nesse tipo de torneio, mas tem destaque por, agora, eliminar as duas principais tenistas tchecas do circuito, Safarova e Kvitova.

Pode-se chamar de “retorno” a aparição das experientes Kuznetosva, Schiavone e Jankovic. Depois de um Australian Open impecável, a russa obteve resultados inconstantes nos torneios da WTA. A italiana teve como ápice um título de International, enquanto a sérvia também conseguiu este mérito, além de ser finalista em Premier e semifinalista em Premier Mandatory. Nada mal.

Azarenka vem aos trancos e barrancos como no ano passado, mas fez o que deveria. Vinci teve uma chave relativamente fácil, mas sofreu por três sets em dois jogos. Kerber também trabalhou, com três tiebreaks e um terceiro set; para o atual tênis alemão, a quarta fase é um alento; para a jogadora, poderia ser melhor. Stephens não é mais surpresa, mas decepcionava pelas campanhas pífias depois do Australian Open. Kirilenko teve algum contratempo na terceira fase, mas foi só. Mesma situação a de Sharapova.

Aga Radwanska nunca foi lá muito bem no saibro parisiense, sendo a quarta fase o seu ápice. Poderia esperar uma zebra, mas a polonesa foi pouco incomodada. Serena Williams, sem ser surpreendida por uma Razzano da vida, passeou, como normalmente o faz. Em três jogos, só perdeu seis games.

Durante

Dia 8

Sara Errani d. Carla Suarez Navarro: 5/7, 6/4 e 6/3

Um primeiro set equilibrado deu a vitória à espanhola porque ela aproveitou mais os break points. Na segunda metade, em especial, ela abusou mais de winners e jogo à rede. Colaborou também o fato de Errani ter sentido dores no abdômen. Pode posteriormente trocar umas ideias com a Azarenka sobre “destravar a costela”. Nos dois últimos sets, Errani confirmou 100% dos breaks. Winners e erros não forçados aumentaram e diminuíram para a vencedora do confronto, que poderia aplicar um breadstick na parcial final, mas conseguiu ser quebrada, fechando somente no game de serviço seguinte.

Agnieszka Radwanska d. Ana Ivanovic: 6/2 e 6/4

Os games iniciais prometiam um jogo disputado. No segundo game, quando Ana sacava, a luta para não ser quebrada demorou quatorze minutos de bons lances (ela marcou oito winners só nele). Mas a sérvia não aguentou a pressão e deixou de ameaçar. Uma nova quebra veio no último game, quando Ana já cometia um número de erros considerável. No segundo set, a morena magrinha continuou a falhar (é ridícula a diferença de erros não forçados no jogo todo, de 17-2). Aga fez até um gran willy, cobrando aplausos da plateia. Foi um confronto bem desigual, dando o esperado, e dificultando, mais uma vez, a chance de Ivanovic encostar no top 10.

Dia 9

Um dia tranquilo, com resultados esperados. Não houve terceiro set, mas dois pneus.

Victoria Azarenka d. Francesca Schiavone: 6/3 e 6/0
A promessa de jogo equilibrado durou até o 3/3. Foram duas quebras para cada lado. Na sequência, Vika conquistou todos os games possíveis. Errou quase nada e fez muito mais winners. Francesca decepcionou, acumulando um caminhão de erros no começo do segundo set.

Maria Kirilenko d. Bethanie Mattek-Sands: 7/5 e 6/0

Dois tempos médicos para cada lado (Bethanie teve enjoo, enquanto Maria, dor no ombro). Foram muitos erros não forçados para os dois lados (a americana teve mais, mas também conquistou mais bolas vencedoras). Maria foi especialmente ajudada no final do primeiro set, quando os êxitos minguaram para ambos os lados, e aproveitou os erros da adversária. A russa incomodou demais, podendo ter realizado quebras mais rapidamente. Em duas oportunidades, acumulou três breaks cada. O jogo foi razoavelmente longo, com pouco mais de duas horas.

Maria Sharapova d. Sloane Stephens: 6/4 e 6/3

Maria suou para realizar confirmar três das quatro quebras. Foi o jogo que ela mais perdeu games, não significando que se sentiu incomodada. Sloane quebrou no início do segundo set, mas a russa se corrigiu na sequência. Os dois primeiros games desta parcial foram terríveis. Depois, foi jogar nos erros da norte-americana e esperar as quebras surgirem.

Jelena Jankovic d. Jamie Hampton: 6/0 e 6/2

Uma arma bem usada por Hampton, o jogo à rede funcionou poucas vezes. Ela foi uma máquina de erros, dando muitos pontos de bandeja à adversária. Resistiu um pouco mais para não tomar pneu e abriu o segundo set com quebra, sendo seu ápice no confronto. De resto, viu Jankovic com um primeiro serviço que entrava e ganhava muitos pontos.

Depois

Sabe o pintor que aparece nas cadeiras próximas à quadra, reproduzindo o que vê em seu trabalho? Acho que é o mesmo do WTA de Paris, realizado em fevereiro.

O Road to Roland Garros conseguiu extrair boa entrevista com Sara Errani, que é normalmente sisusa.

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