quinta-feira, 6 de junho de 2013

Roland Garros 2013: quartas de final

Dia 10

Serena Williams d. Svetlana Kuznetsova: 6/1, 3/6 e 6/3

A esperança é que Sveta desse algum trabalho. Deu, mas o 6/1 inicial de Serena desanimou. A seguir, a russa abriu 5/1, mas os dois games perdidos antes do fim mostraram que nada estava decidido. Terceiro set e o 2/0 de Sveta era saborosíssimo. Ela teve três chances de quebrar novamente, mas não aproveitou. A partir desse momento, Serena meteu um monte de winners, especialmente nos games em que devolvia. O pneu moral não veio porque no penúltimo game aconteceu uma confirmação. A superação na dificuldade encontrada virou combustível para a grande favorita talvez faturar Roland Garros.

Sara Errani d. Agnieszka Radwanska: 6/4 e 7/6(6)

As bolas curtas reinaram. Foram 58 pontos disputados à rede. A vencedora, com a experiência da dupla número 1 do mundo; a outra, com seus conhecidos drop shots e flexibilidade nos joelhos para se abaixar e recuperar uma bola. Errani, vejam só, foi uma máquina de winners. Radwanska foi mais errática no segundo set, mas compensou com bons approaches. A última parcial teve oito breaks convertidos. Sara sacava para o jogo em 5/4, quando repetiu a sina de outros jogos. O tiebreak chegou e, num dos match points, Aga lutou em muitas trocas de bola. Por detalhes, deu a atual vice-campeã.

Dia 11

Maria Sharapova d. Jelena Jankovic: 0/6, 6/4 e 6/3

Jankovic aplicou um surpreendente pneu na base dos vinte erros não forçados da russa. Esta ainda liderava o quesito nas parciais seguintes, mas começou a acertar mais, ao mesmo tempo em que JJ descobria o contrário. O primeiro game do segundo set, o de saque, fez falta à sérvia. Começar quebrando depois de um resultado inicial vergonhoso parece ter feito bem à russa, que quebrou novamente no quinto game e sofreu para confirmar no seguinte, mas sem ceder um break. Uma quebra contra, no oitavo game, foi tardia para Jelena. O terceiro set foi decidido no fim, com Maria sendo eficientemente agressiva em momentos-chave e errando quando podia. Ameaçou quebra e as converteu em duas oportunidades, enquanto a Jankovic ficou na saudade, com uma tentativa não concretizada. Os dois primeiros sets, em especial, foram bem sofríveis.

Victoria Azarenka d. Maria Kirilenko: 7/6(3) e 6/2

As quatro quebras iniciais acabaram com a paciência do narrador. Vika era mais agressiva, mas não conseguia fazer seu jogo. Quando as confirmações apareceram, os winners abundaram. A número 3 do mundo deixou de converter algumas quebras, que poderiam agilizar a partida. Ironicamente, este era o seu problema: não trabalhar as bolas com paciência e perder pontos de bobeira. O tiebreak e o segundo set foram mais favoráveis à bielorrussa, larga nos placares. Kirilenko, que pediu tempo técnico no começo do jogo, errou em momentos cruciais da segunda parcial. Um duelo encardido (o primeiro set teve 76 minutos), mais porque Azarenka não iniciou com precisão.

Outras considerações

- Já devo ter reclamado disso em 2012, mas é sempre bom repetir: a organização de Roland Garros pensa que as semifinais são iguais à última rodada de um campeonato de futebol por pontos corridos, para marcá-las no mesmo horário? Consegui gravar um jogo e ver outro ao vivo, mas não tem porque fazerem isso;

- O site da WTA tem feito montagens bem legais para promover confrontos e/ou parcerias em Roland Garros. Normalmente, colocando-as no topo da página principal. Não sei onde encontrar as anteriores (teve um Stephens x Sharapova), mas consegui salvar duas (antes e depois deste parágrafo);

- Parou de chover em Paris há uma semana, mas o frio continuou por mais alguns dias. Foi difícil ver o outfit das jogadoras, que usavam blusa e/ou legging. Nesta quarta, finalmente vimos como se vestiram Maria Kirilenko e Jelena Jankovic;

- Adidas Is All Out: mais um Slam em que a marca das três listras não consegue aparecer em alguma das semifinalistas. Nos últimos quatro, a Nike foi maioria: totalmente no USO 12 e em RG 13, com os mesmos confrontos, três vezes no AO 13 e duas em Wimbledon 12, o seu maior “fracasso”. Lotto, Adidas e Under Armour têm uma semifinalista cada;

- Apesar da derrota, Maria Kirilenko confirmou sua entrada no top 10 por causa da eliminação de Jelena Jankovic. É um ótimo ano para a moça, que anunciou noivado com o jogador de hóquei, voltou para a Stella McCartney, conquistou um título de simples depois de quatro anos e meio de seca, além de atingir um novo career high. É pouco ou quer mais? Para os fãs de tênis, é bom ver o grupo das dez primeiras finalmente mudar.

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