sexta-feira, 7 de junho de 2013

Roland Garros 2013: semifinais

Maria Sharapova d. Victoria Azarenka: 6/1, 2/6 e 6/4

Um equilíbrio não ideal no início: duas quebras para cada lado. A seguir, Vika sumiu, não confirmando nada, e sendo quebrada de zero, o que foi frequente o jogo todo. Paralelamente, o primeiro serviço de Masha foi ótimo, com 91% de pontos ganhos.

No segundo set, a bielorrussa fez mais winners e descobriu o que era confirmar game de saque. Melhorou; apesar de não sofrer break, o medo de ser quebrada era real. Contudo, quebrou duas de três ocasiões: no sexto game e no último, ajudada pela confusão de uma bola duvidosa mal marcada, que a beneficiou, e à chegada da chuva.

A juíza de cadeira Mariana Alves foi confusa, para variar. No primeiro sinal de mau tempo, com garoa, hesitou em parar o jogo. Quando a água engrossou, demorou em liberar as jogadoras. Sharapova já tinha saído da quadra, assim como grande parte do público. Na bola de Azarenka que foi para fora, considerada boa, o hawk-eye da televisão ratificou o erro da juíza. Em imagens recuperadas, havia razoável espaço entre a linha e a marca da bola.

O terceiro set, com pouco mais de uma hora, pareceu durar seis. Foi terrível para as duas jogadoras. Vika foi quebrada quatro vezes, devolvendo duas. Ela ensaiava uma reação que nunca viria. Foi inferior nos quesitos favoráveis, fazendo seu jogo, para o bem e para o mal, no que Sharapova produzia. Esta conquistou 22 winners (contra 3 da adversária), o que poderia lhe dar uma vitória folgada. Mas a busca pela perfeição encontrou obstáculos. Foram 7 duplas faltas, um excesso, e 22 erros não forçados. Em compensação, encaixou 7 aces. Mesmo falhando, conseguiu se manter à frente, deixando Vika cada vez mais impotente.

Foi uma vitória merecida, mas o jogo deixou muito a desejar.

Serena Williams d. Sara Errani: 6/0 e 6/1

Mais um êxito maiúsculo de Serena, desta vez na semifinal de um Grand Slam. Estranho para quem pouco acompanha o circuito. Mas a mulher já repetiu esse placar em cima da Maria Sharapova, valendo a medalha de ouro olímpica. Afastou os fantasmas das quartas e mantém a expectativa de uma final curta e de poucas surpresas. Ruim para a competitividade, bom para a consolidação de um dos grandes nomes deste esporte.

Era esperado que o serviço deficiente de Sara Errani a distanciasse da adversária. Seu estilo era inútil: pouco conseguia entrar em quadra, ficando acuada na linha de base. Fez apenas 16 pontos, atrás dos 52 de Serena. Quando conquistou o único game, frustrando o double bagel, comemorou. Perfil de jogadora menor ranqueada que tem a oportunidade única de enfrentar a norte-americana. A atitude, por outro lado, demonstra humildade.

Outras considerações

Lucie Hradecka conquistou, ao lado do compatriota  Frantisek Cermak, seu primeiro título de duplas mistas em Grand Slam. Já tinha batido na trave, como finalista no Australian Open deste ano. Seria bom se ela se inspirasse, com a vitória, para conquistar seu primeiro WTA em simples (são muitos torneios International por aí). Mas o exemplo de Anabel Medina, que faturou a Hopman Cup e não conseguiu resultados expressivos como simplista, me faz recuar no argumento.

A parceria com Andrea Hlavackova está carente de glórias, e continuará assim. Perdeu a semifinal, em sets direitos, para Makarova e Vesnina, nesta sexta. Anteriormente, Andrea tinha conseguido dois vices em WTA – Paris e Charleston -, na companhia de Liezel Huber, quando Lucie estava indisponível.

A final foi frustrante para Kristina Mladenovic e Daniel Nestor, que foram superiores no primeiro set, mas no segundo, mais equilibrado, foram quebrados logo de cara, o que foi fatal. Tentaram reagir a cada game contra, mas falharam. No match tiebreak, a igualdade persistiu até o 5/5, quando os tchecos dispararam para o título.

Entre os cadeirantes, uma nova face e nacionalidade no torneio de simples, dominado por holandesas, especialmente Esther Vergeer, recém-aposentada. É a alemã Sabine Ellerbrock, que derrotou em três sets a holandesa Jiske Griffioen. Enquanto o tênis alemão com os pés no chão está sem bolas vencedoras, o de outra categoria faz bonito. Olha a Graf on wheels aí!

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