sexta-feira, 28 de junho de 2013

Wimbledon 2013: dia 4

Depois do terceiro dia tenebroso, a quinta-feira foi amenizada pela falta de surpresas e, principalmente, pela chuva. A programação foi reduzida, e alguns jogos ficaram para o dia seguinte. A quadra central fechou o teto; poderiam ter transferido o jogo da britânica Laura Robson depois do último previsto, mas vacilaram e não o fizeram.

Serena Williams d. Caroline Garcia: 6/3 e 6/2

Apesar do resultado, a francesa jogou bem. Não se viu passividade, como é costume de muitas jogadoras, contra Serena. Caroline tem boa técnica, que gerou lances que fizeram o público aplaudir, mas faltou consistência. Vale lembrar que em Roland Garros, o confronto de segunda fase foi o mesmo. Ajuda a se acostumar com o bicho-papão.

Serena confirmou com facilidade e não abriu mão das bolas impossíveis. Caroline lutou muito para não ser quebrada, o que é um alento. Coincidentemente, dois dos longos games de serviço perdidos foram os últimos do set, que sacramentaram o triunfo da norte-americana.

Cabeças de chave eliminadas: [30] Mona Barthel e [24] Shuai Peng

Dois duelos emblemáticos no dia, envolvendo jogadoras modestas, campeãs na grama, na semana anterior, e figuras mais experientes.  Li chegou, no máximo, duas vezes nas quartas de final de Wimbledon e teria um encontro interessante contra Simona Halep. Só que ele foi muito irregular, com breadstick para um lado e pneu para o outro. A chinesa venceu, mas o resultado mostra que não dá para botar a mão no fogo por qualquer uma. Paralelamente, Lisicki venceu a russa Vesnina com muita facilidade, despontando para pegar Serena Williams nas oitavas. A próxima adversária da alemã é Samantha Stosur, que não teve problemas contra Puchkova, mas nunca fez boas campanhas no torneio. Parece barbada.

Em outras vitórias fáceis e/ou esperadas, Aga Radwanska, Pironkova, Cibulkova e Keys foram as contempladas. Vinci teve dificuldade para eliminar Cepelova, apesar do 6/1 inicial. Date-Krumm avança mais uma e faz duelo interessante, pelo contexto, contra Serena Williams.

Wimbledon 2013: dia 3

Um dia inesquecível, no mau sentido. A quarta-feira foi avançando e muitos favoritos iam caindo. Quedas metafóricas e/ou literais. A derrota vinha na dureza do placar ou na dor da lesão. Tanto entre homens como mulheres. A primeira deste grupo já era esperada: Victoria Azarenka torceu no joelho na estreia. Enrolou até o último momento, quando confirmou a desistência. Na sequência, foi Maria Sharapova, levando vários tombos na quadra 2, que possui a sina de abrigar muitas zebras. Fora o tempo médico requisitado, o incômodo de lesão não foi notado ou exposto posteriormente; a russa jogou muito mal mesmo. Antes disso, na mesma quadra, Wozniacki machucou o tornozelo, mas continuou em quadra até perder. Não foi surpresa, mesmo em condições normais. Petra Kvitova também poderia se juntar às eliminadas, mas teve sorte, pois a adversária, Yaroslava Shvedova, foi outra desistente por lesão antes do jogo.

Petra Cetkovska d. Caroline Wozniacki: 6/2 e 6/2

A tcheca vem numa ótima recuperação, após uma série de lesões. Furou o qualifying e venceu a ex-número 1 na segunda fase. O que "pisca" nas estatísticas é a relação de winners: 30 a 6 para Petra. Facilmente agressiva, ela obteve 93% de êxito à rede, com 15 aproximações no total. As quatro quebras vieram em duplas, na primeira metade do set inicial e na segunda do final.

Alize Cornet d. Su-wei Hsieh: 6/3 e 6/2

Amelie Mauresmo estava no público da pequena quadra 18 para ver sua selecionável de Fed Cup. Já perdi as contas de quanto vi a ex-tenista neste torneio – acompanhei muitas francesas até aqui.

Hsieh, com uma razoável torcida, estava passiva, aguardando por erros da adversária. Eles até vieram, mas não foram suficientes. Alize estava irritada com qualquer coisa, do boleiro ao juiz. Deu muito xilique. O primeiro set foi equilibrado por isso. O segundo teve um game de serviço da francesa que demorou a se definir, mas o game point pendia mais. Na sequência, a taiwanesa foi frequentemente ameaçada, até que cedeu a segunda quebra na parcial, que definiu o duelo.

Eugenie Bouchard d. Ana Ivanovic: 6/3 e 6/3

A quebra no segundo game definiu o equilibrado primeiro set. Embora o 4/1 inicial tenha assustado, o game de abertura foi disputadíssimo, com dois breaks para Ivanovic. Com 83% de êxito, o primeiro serviço da sérvia ajudou, embora Genie tenha tido maior índice (88%). O segundo set foi um show de horrores, com seis quebras de serviço. Ana ameaçava reagir, mas ficava sempre no quase. Ela só confirmou uma mísera vez. Os serviços, desta vez, não foram eficientes, enquanto que o jogo à rede aumentou e rendeu uma quantidade razoável de pontos para cada lado.

Michelle Larcher de Brito d. Maria Sharapova: 6/3 e 6/4

Quem apostaria que Portugal estaria envolvido na eliminação de duas das três melhores tenistas da WTA, atualmente? Larcher de Brito, que tem grito idêntico ao de Sharapova, começou com alguns bons winners de devolução e um impressionante 4/1 (assim como de Bouchard sobre Ivanovic). Poderia ser 5/1, mas a lusitana perdeu muitas oportunidades, o que é normal para uma atleta de ranking tão baixo. Maria ainda era capaz de bons lances, mas não foi agressiva suficiente (melhorou no segundo set), o que lhe rendeu duas quebras na primeira parcial. A russa escorregou várias vezes, mas quando teve o lance mais preocupante, chamando médico e ficando dez minutos fora da quadra, a vaca estava atolada no brejo. Michelle ainda vacilava, mas cada avanço que conseguia lhe dava mais gás. Correu com vontade atrás das bolas. Sacando para o jogo, desperdiçou cinco match points até a glória. Derrota bizarra da russa.

Cabeças de chave eliminadas: [2] Victoria Azarenka, [3] Maria Sharapova, [9] Caroline Wozniacki, [12] Ana Ivanovic, [16] Jelena Jankovic e [22] Sorana Cirstea

A metade inferior da tabela ficou com uma bola de feno rolando, perante tantas baixas. Puig suou contra Soler Espinosa, mas passou. Stephens também não teve vida fácil, e eliminou Petkovic em um tiebreak e vencendo oito games no terceiro set.

Safarova conseguiu cair para Karin Knapp; uma pena, pois a chave abriu. Muguruza não resistiu à Makarova, enquanto Suarez Navarro passou por Lucic-Baroni, no confronto menos interessante do dia.

O dia das sérvias foi confuso. As três melhores do país caíram, e facilmente. Sobrou Vesna Dolonc, que nem sérvia é (nasceu na Rússia). Ela eliminou justamente uma das colegas, Jelena Jankovic, em sets diretos. A terceira fase é uma grande vitória para ela.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Wimbledon 2013: dia 2

Shuai Peng d. Anabel Medina Garrigues: 6/3 e 6/2

Primeiro set equilibrado e demorado, até a chinesa quebrar no final. No seguinte, a quebra veio na primeira metade. A desvantagem fez Anabel se estressar e dar dura nos boleiros, por suposta demora de bola. Foi prejudicial, pois ela tomou outra quebra. Peng sacou para o jogo e não decepcionou.

Simona Halep d. Olga Govortsova: 6/2, 4/6 e 6/3

Depois de um primeiro set tranquilo, com um bom primeiro serviço, Simona resolveu ter emoção e se perder no segundo, com quebra para os dois lados. Não conseguiu ficar na frente em nenhum momento. No set final, ela abriu boa vantagem e poderia ampliá-la, mas desperdiçou duas quebras, mesmo com 0/40. Somente quando Govortsova sacava para o jogo é que o crime foi cometido. Menos mal para a campeã de Den Bosch.

Laura Robson d. Maria Kirilenko: 6/3 e 6/4

A juvenil jogou inacreditavelmente bem, enquanto que a nova top 10 foi passiva. Pode-se argumentar que esta tinha alguma lesão pela proteção no joelho, mas prefiro concentrar-me no jogo. Na primeira metade, Robson foi superior no game de saque e manteve-se competitiva nas devoluções. Sem quebras até o penúltimo game, quando a inglesa obteve a vantagem.

Na segunda parcial, a superioridade continuou. Laura quebrou no terceiro game e, na sequência, confirmou de zero. Sua precisão estava ótima, e ainda encaixava winners de devolução. Mas havia tensão, já que a jogadora é conhecida por quedas de rendimento e seguidas derrotas. A moça errou o toss muitas vezes no último game, mas obteve o triunfo, para a própria alegria – ela ficou séria e concentrada na maior parte do tempo – e para o exigente público presente.

Petra Martic d. Anna Tatishvili: 6/1, 1/6 e 6/3

A lição que estou tendo neste torneio de Wimbledon é: em jogo de medianas, não confie num 6/1 inicial. Mais fácil acreditar na realização de um terceiro set, com o segundo bem desequilibrado para quem estava ganhando. Petra encaixou dez aces e teve um primeiro serviço muito vitorioso nos sets de vitória. Mas o terceiro set foi mais pegado, pois Tatishvili resolveu fazer mais winners (foi pífia neste sentido anteriormente, mas neste empatou em 12-12 com a croata).

Madison Keys d. Heather Watson: 6/3 e 7/5

Com games rápidos – para ambos os lados – e um serviço muito eficiente da norte-americana (aces inclusos), a vitória parcial veio sem grande esforço. No segundo set, várias quebras iniciais até Watson ficar com uma de vantagem, para alegria da razoável torcida. Contudo, Keys recalibrou o serviço e desfez a quebra contra. A inglesa ainda confirmou uma de zero, mas no game de serviço seguinte, o último antes do tiebreak, teve muito azar, com dois netcord winners da adversária, que fechou o jogo.

Cabeças de chave eliminadas: [28] Tamira Paszek, [31] Romina Oprandi, [10] Maria Kirilenko, [21] Anastasia Pavlyuchenkova e [13] Nadia Petrova

Outros jogos

Date-Krumm venceu facilmente uma garota 25 anos mais jovem, e isso chama a atenção: foi a alemã Witthoeft, em sua primeira chave principal de Slam. Rus caiu para Puchkova, e igualou a maior série de derrotas consecutivas em WTA + Grand Slam, 17 (Sandy Collins, entre 1984 e 1987, foi a pioneira), sendo destacado até em sites brasileiros. Minella “venceu” Serena ao não tomar double bagel, mas perdeu o jogo com 4 games. Goerges caiu em outra estreia, desta vez para a colombiana Duque-Mariño. Não tendo mais o privilégio de ser cabeça de chave, a alemã também não teve o jogo transmitido, que foi disputado e com poucas quebras.

Falando em privilégios, Paszek se encontrou numa situação inusitada: qualificou-se como uma das 32 seeds, coisa que o ranking diferenciado de entradas em Wimbledon permitiu. Mantendo a má fase recente, ela perdeu para Cadantu e chorou. O resultado a fez simplesmente sair do top 100. Que queda.

Mattek-Sands interrompeu a boa sequência em torneios maiores e, sem seu Google Glass, caiu fácil para Kerber. Kanepi teve dificuldade contra a convidada da casa, Tara Moore, o que compromete seu futuro. Johansson tomou breadstick antes de superar Babos em três sets, enquanto Pironkova, conhecida por jogar bem só na grama, atropelou Pavlyuchenkova. Outra especialista no piso, Sabine Lisicki, não teve problemas em eliminar Schiavone. Petrova nem viu a cor da bola contra Karolina Pliskova, em mais uma queda em estreia, confirmando a péssima temporada.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Wimbledon 2013: dia 1

Wimbledon começou a todo vapor. Por abdicar das atividades em dois domingos (o primeiro, quando seria o dia de estreia, e o segundo, no meio do torneio), a programação é bem apertada. Ou não, já que os torneios masculino e feminino de duplas já foram iniciados. Lembrando que, para as mulheres simplistas, além do próximo domingo, há folga na quarta e sexta-feira da segunda semana. Significa que os jogos das oitavas e das quartas de final serão realizados em um dia cada. Péssimo para quem deseja acompanhar muitos confrontos.

Em comparação a Roland Garros, a programação diária é iniciada mais tarde. Enquanto em Paris, às 6h (horário de Brasília) as raquetes começam a trabalhar, em Londres, a primeira faixa de jogos se dá somente às 7h30. Ótimo.

A parte de baixo do chaveamento teve a primeira fase completada nesta segunda-feira. Duas cabeças-de-chave foram eliminadas (incluindo uma top 10): [5] Sara Errani e [26] Varvara Lepchenko.

Silvia Soler-Espinosa d. Misaki Doi: 1/6, 6/4 e 6/1

Pelo breadstick inicial, parecia um confronto liquidado. A frase pronta era “a espanhola Soler-Espinosa não tem intimidade com a grama (pelo senso comum, espanholas são essencialmente saibristas), e por isso perdeu”. Mas não é que ela reagiu, devolvendo o 6/1? O placar final é muito apropriado para ironizarem a WTA. Mas este não é um torneio organizado por ela. Ha!

Foram oito duplas faltas,no total. Silvia foi superior, com um eficiente primeiro serviço e jogo em rede.

Victoria Azarenka d. Maria João Koehler: 6/1 e 6/2

Meu desejo era por um jogo tranquilo da bielorrussa. No primeiro set, Vika cometeu cinco duplas faltas. Tudo bem, placar elástico. No começo do segundo set, drama: a seed 2 escorregou e torceu o joelho. Não dá para ser venenoso (oi, Cronin), porque o lance foi feio e ela chorou para valer. Felizmente, a adversária era muito fraca, perdendo para Azarenka com uma perna boa. Evitando a derrota em estreia (oi, Nadal), é difícil esperar algo dela na sequência. Tem um dia de folga para recuperação, mas pega uma adversária experiente na 2ª fase (Pennetta).

Maria Sharapova d. Kristina Mladenovic: 7/6(5) e 6/3

A expectativa era por um duelo duro, e foi isso que aconteceu. Pelo menos no primeiro set, com confirmação atrás de confirmação. Maria teve mais facilidade em fazê-lo, e Kiki estava muito bem. Chegou o tiebreak, quando a francesa desperdiçou grandes oportunidades ao fazer duas duplas faltas. Recuperou-se razoavelmente bem, mas a russa tinha vantagem e experiência suficientes para fechar o set. No segundo, Sharapova quebrou logo cedo e comandou o ritmo da parcial. Mladenovic mingou em winners e mal ameaçou a adversária. Mesmo assim, foi um jogo interessante.

Marion Bartoli d. Elina Svitolina: 6/3 e 7/5

Depois de um primeiro set relativamente tranquilo, Marion viu uma adversária mais agressiva e com menos erros. Svitolina foi bem, chegando a ficar uma quebra de vantagem, mas tomou a virada quando se esperava o terceiro set.

Kirsten Flipkens d. Yulia Putintseva: 7/5 e 6/4

Primeiro set equilibrado. Flipkens resolveu quebrar e fechar antes de um possível tiebreak. O segundo começou com 3/0 da russa-cazaque, mas era um placar frágil, com apenas uma quebra. A belga empatou e esperou a hora certa para dar o decisivo bote. Ela procurou a rede no jogo todo e foi melhor. Idem para os pontos conseguidos no primeiro serviço. Putintseva bateu a raquete muitas vezes no calçado, revelando frustração, e teve de trocar o acessório diversas vezes. Curiosamente, essa negatividade rolou enquanto vencia.

Outros resultados

- Sara Errani, mais uma vez, confirmou sua pouca intimidade com a grama ao perder em sets diretos para Monica Puig, em mais um ótimo resultado em Grand Slam da porto-riquenha.

- Quatro pratas da casa estrearam e foram eliminadas. Pegaram adversárias razoavelmente melhores. A maior fracassada foi Anne Keothavong, que ganhou só quatro games e tomou pneu de Garbiñe Muguruza.

- Houve confronto espanhol e deu a número 1 do país, Suarez Navarro, sobre Dominguez Lino. Os Estados Unidos também tiveram que se pulverizar em dois confrontos: Hampton, vice em Eastbourne, perdeu com estranha facilidade para Stephens, enquanto McHale triunfou contra Glatch.

- Entre as novinhas, Bouchard reverteu um jogo quase perdido contra Voskoboeva. Tomljanovic levou até as últimas contra Jovanovski, perdendo por 7/9 no terceiro set. Vekic teve azar em sorteio pela segunda vez seguida Slam, e caiu facilmente para a embalada Cetkovska.

- Safarova ganhou na estreia, o que é um alívio. Hradecka não teve a mesma sorte. Assim como esta, Lepchenko foi eliminada para alguém não favorita. Wickmayer “surpreendeu”, e foi superada por Dolonc, que terá um arranca-rabo da Sérvia contra Jankovic, na segunda fase. As suecas Larsson e Arvidsson também deram adeus, mas poucos ligaram.

- No "duelo de musas", Cirstea venceu com dois sets e um tiebreak a suíça Voegele. Wozniacki não pegou uma adversária tão difícil e até se permitiu aplicar pneu. Que ousadia! Ivanovic também o fez, mas teve um primeiro set mais disputado.

Outras considerações

- As estatísticas dos jogos no site de Wimbledon ficam a dever. Cadê os gráficos de desempenho? Difícil de entender a ausência deles, já que a IBM organiza essas informações, assim como em Roland Garros. ATUALIZADO: o Slamtracker existe, mas só ao vivo. Um pena.

- Perto do Bandsports no Slam anterior, a cobertura do Sportv em Wimbledon é amadora. Com apenas um dos três canais em prol do tênis, limitam-se a passar apenas o que o “sinal internacional” seleciona. Não têm poder de escolha nos jogos. Isso significa que compraram o pacote básico de transmissão. Um desrespeito ao assinante, que paga muito e não pode ver um torneio tão importante na emissora que pertence à maior programadora de tv por assinatura do Brasil.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Roland Garros 2013: final

Serena Williams d. Maria Sharapova: 6/4 e 6/4

A surpresa durou pouco. Maria abriu 2/0. Tratando-se de tênis e da adversária, uma vantagem frágil. O resultado final não foi elástico, o saibro não é o piso preferido delas e Serena não atropelou. Mas demonstrou superioridade quando se encontrou.

Sharapova teve seu melhor momento no primeiro set, quando errou menos. A adversária foi melhor nas outras estatísticas, o que ajudou a definir a vitória parcial. Vale ressaltar o quanto a russa suportou as tentativas de ser quebrada, no primeiro e quinto game, com quatro e três breaks, respectivamente. Cedeu na segunda ocasião. Uma inesperada nova quebra da russa veio no game 8, quando dois erros não forçados seguidos da número 1 criou um apetitoso 4/4. Mas outra quebra veio na sequência, definindo a primeira parte.

O segundo set parecia repetir o roteiro do primeiro. Serena teve cinco breaks no game inicial, mas Sharapova confirmou. A única quebra confirmada da parcial (foram cinco anteriormente) aconteceu no terceiro game. A norte-americana continuou na frente até o fim, aumentando drasticamente seus winners em games de saque da russa. Fechou a partida com o que muito gosta de fazer: aces; foram três quando sacava para o título.

Outras considerações

- Serena não faturava Roland Garros desde 2002: muito tempo, para uma jogadora como ela. Justine Henin e a saúde problemática ajudam a explicar este hiato;

- Conquistas especiais? Vencer os quatro Slam seguidos novamente, fazendo hexa em Londres, penta em NY e hexa em Melbourne (ela já não o vence há mais de três anos). Quem pode parar essa mulher?

- Com o vice, Sharapova perde a segunda posição. Bom para Azarenka, que não enfrentará a indesejada norte-americana até a final do próximo Slam. Se a russa cair no quadrante de cima, melhor ainda;

- O jogo que mais gostei foi Mladenovic x Stosur. A única pedreira de Serena e o pneu sofrido por Sharapova foram interessantes, mas em segundo plano. Petrova x Puig foi emocionante. Goerges x Kucova, ridículo, assim como algumas panes de Azarenka (contra Maria, não tinha nada a fazer);

- Elegeram por aí os jogos de estreia de Bartoli e Ula Radwanska como dois dos melhores. Estão trocando as bolas;

- Subidas notáveis depois de RG: Kirilenko +2 (12 para 10), Hampton +12 (54 para 42), Erakovic +21 (92 para 71), Lisicki +8 (34 para 26), Mattek-Sands (67 para 55), Kutznetsova +12 (39 para 27), Puig +21 (86 para 65), Petkovic +33 (136 para 103). Fonte: @Kfish_WTA. E mais: Ormaechea +37 (118 para 81), Voskoboeva +29 (123 para 94), Garcia +15 (114 para 99), Hercog +31 (131 para 100);

- Petko subiu tanto pois, apesar de não furar o qualifying em Paris, ganhou o ITF de Marselha no período;

- Descidas: Stosur, -5 (9 para 14), Zakopalova -7 (24 para 33), Goerges -8 (28 para 36), Kanepi -20 (26 para 46), Shvedova -21 (31 para 52), McHale -10 (53 para 63), Pironkova -7 (59 para 66), Scheepers -8 (60 para 68), Govortsova -9 (63 para 72), Arvidsson -11 (64 para 75).

sábado, 8 de junho de 2013

Roland Garros 2013: outfits (3/3)

Alternates


Estatísticas:

Adidas (27): Cirstea, Pavlyuchenkova, Jovanovski, McHale, Kerber, Pfizenmaier, Ivanovic, Puig, Rogers, Morita, Rus, Medina Garrigues, Ormaechea, Voegele, Barty, Duque-Marino, Schiavone, Pennetta, Flipkens, Hantuchova, Muguruza, Mladenovic, Wozniacki, Robson, Glushko, Kirilenko e Date-Krumm.

Destas, com Stella McCartney (5): Wozniacki, Robson, Glushko, Kirilenko, Date-Krumm, sendo que a terceira e a última provavelmente não possuem contrato com a SM, mas, mesmo assim, mantive no grupo.

Asics (6): Foretz Gacon, Razzano, Feuerstein, Vandeweghe, Koehler e Stosur.

Athletic DNA (1): Min.

Athletics (1): Wickmayer.

Babolat (1): Kucova.

Eleven (2): V. Williams e Paszek.

Fila (9): Tatishvili, Niculescu, Cepelova, Goerges, Petrova, Shvedova, Soler Espinosa, Jankovic e Erakovic.

K-Swiss (2): Scheeers e Watson.

Lacoste (6): Parmentier, Svitolina, Halep, Cornet, Vesnina e Cibulkova.

Li Ning (3): Kr. Pliskova, Peng e Zheng.

lojinha* (16): Beygelzimer, Cetkovska, Puchkova, Voskoboeva, Lucic-Baroni, Johansson, Pavlovic, Putintseva, Dominguez Lino, Maria, Kanepi, Govortsova, Czink, Zahlavova, Pironkova e Schmiedlova.

Lotto (9): Rybarikova, Makarova, Oprandi, A. Radwanska, U. Radwanska, Suarez Navarro, Torro Flor, Bartoli e Knapp.

não disponível: Begu, Ka. Pliskova e Cadantu.

Nike (22): S. Williams, Garcia, Hlavackova, Vinci, Vekic, Minella, Martic, Keys, Lisicki, Arvidsson, Errani, Li, Zakopalova, Hradecka, Beck, Azarenka, Kvitova, Hampton, Safarova, Davis, Bouchard e Sharapova.

Peak (2): Bratchikova e Dolonc.

Qiaodan (1): Kuznetsova.

Reebok (1): Peer.

sem marca (9): Larsson, Lepchenko, Barthel, Mattek-Sands, Rezai, Giorgi, Tsurenko, King e Hsieh.

Srixon (1): Doi.

Under Armour (2): Burdette e Stephens.

Wilson (3): Bertens, Zahlavova-Strycova e Oudin.

Yonex (1): Baltacha.

* "Jogadora de lojinha" é aquela que não assinou contrato com nenhuma fornecedora, e é livre para ir às compras e montar o visual com liberdade, combinando marcas.

Como identificar uma:
- Esconde a marca com patch (só em torneios WTA) ou blusa;
- Esconde a marca colocando uma peça no avesso;
- Usa peças de várias marcas;
- Usou várias marcas nos últimos torneios;
- Usa peças da mesma marca, mas de coleção antiga.

Roland Garros 2013: outfits (2/3)

METADE INFERIOR

Seção 5



Seção 6


Seção 7


Seção 8

Roland Garros 2013: outfits (1/3)

Vez ou outra, levanto os outfits das principais jogadoras e disserto sobre eles. É divertido. Blogs de moda ou de tênis também fazem isso. Nunca vi apuração tão extensa sobre o assunto. Eis que fui atrás de 128 atletas, classificadas na chave principal de Roland Garros.

É hora de observar o que as menor ranqueadas, que não passam da primeira fase ou não assinam contrato com grandes fornecedoras, vestem. Notar também as repetições: se modelo tal cai bem em jogadora X ou não em jogadora Y.

A busca por imagens foi árdua. Há jogos em que a cobertura fotográfica é quase nula. A imprensa oficial, no caso, a AFP, ignora certos confrontos, seja por causa da representatividade das jogadoras, seja porque elas jogam em quadras “perto do estacionamento”.  A nacionalidade também é importante: todas as norte-americanas, inglesas e francesas são clicadas, pelo menos neste torneio. Russas, a maioria. E assim por diante. Tive que completar o time das 128 procurando fotografias tiradas por fãs em fóruns ou blogs particulares. O Google Imagens não era tão eficiente; encontrei muitas fontes por acaso. Depois disso, ainda precisava ter sorte de obter imagens num ângulo aceitável, que mostrasse todo o modelo, o rosto da jogadora, etc. Quando não foi possível, adaptei.

Outro obstáculo foi o mau tempo em Paris, que colocou blusa e legging em muitas moças. Meu interesse era no modelo principal. A regra era selecionar o que elas vestiam na primeira fase de simples, mas tive que abrir exceções. Esperar jogarem de novo, em outras fases ou modalidades, para selecionar o desejado. Às vezes, não foi possível. Outras, no caso de Mattek-Sands, que tinha a blusa como elemento de destaque, peguei das quatro fases que ela jogou como simplista.

Especialmente para o blog, inseri um grupo extra com alternates das que se vestiram com mais de um outfit. Dessas jogadoras, a imagem selecionada num dos oito grupos principais é obrigatoriamente a da primeira fase. No item extra, sinalizo a fase correspondente.

Duas romenas, Irina-Camelia Begu e Alexandra Cadantu, e uma tcheca, Karolina Pliskova, não foram encontradas. Begu tem contrato com a Fila, e é possível que tenha usado o mesmo modelo de Cepelova ou Shvedova na 1R, ou Soler-Espinosa. Cadantu não tinha contrato; em Katowice, usava um Sharapova Collection do ano passado. Sobre Karolina Pliskova, nenhuma pista. Quando venceu o WTA de Kuala Lumpur, vestia a chinesa Li Ning.

Fontes: Zimbio, Google Imagens, Tennis Forum, Getty Images, rolandgarros.com, entre outros.

METADE SUPERIOR

Seção 1


Seção 2


Seção 3


Seção 4

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Roland Garros 2013: semifinais

Maria Sharapova d. Victoria Azarenka: 6/1, 2/6 e 6/4

Um equilíbrio não ideal no início: duas quebras para cada lado. A seguir, Vika sumiu, não confirmando nada, e sendo quebrada de zero, o que foi frequente o jogo todo. Paralelamente, o primeiro serviço de Masha foi ótimo, com 91% de pontos ganhos.

No segundo set, a bielorrussa fez mais winners e descobriu o que era confirmar game de saque. Melhorou; apesar de não sofrer break, o medo de ser quebrada era real. Contudo, quebrou duas de três ocasiões: no sexto game e no último, ajudada pela confusão de uma bola duvidosa mal marcada, que a beneficiou, e à chegada da chuva.

A juíza de cadeira Mariana Alves foi confusa, para variar. No primeiro sinal de mau tempo, com garoa, hesitou em parar o jogo. Quando a água engrossou, demorou em liberar as jogadoras. Sharapova já tinha saído da quadra, assim como grande parte do público. Na bola de Azarenka que foi para fora, considerada boa, o hawk-eye da televisão ratificou o erro da juíza. Em imagens recuperadas, havia razoável espaço entre a linha e a marca da bola.

O terceiro set, com pouco mais de uma hora, pareceu durar seis. Foi terrível para as duas jogadoras. Vika foi quebrada quatro vezes, devolvendo duas. Ela ensaiava uma reação que nunca viria. Foi inferior nos quesitos favoráveis, fazendo seu jogo, para o bem e para o mal, no que Sharapova produzia. Esta conquistou 22 winners (contra 3 da adversária), o que poderia lhe dar uma vitória folgada. Mas a busca pela perfeição encontrou obstáculos. Foram 7 duplas faltas, um excesso, e 22 erros não forçados. Em compensação, encaixou 7 aces. Mesmo falhando, conseguiu se manter à frente, deixando Vika cada vez mais impotente.

Foi uma vitória merecida, mas o jogo deixou muito a desejar.

Serena Williams d. Sara Errani: 6/0 e 6/1

Mais um êxito maiúsculo de Serena, desta vez na semifinal de um Grand Slam. Estranho para quem pouco acompanha o circuito. Mas a mulher já repetiu esse placar em cima da Maria Sharapova, valendo a medalha de ouro olímpica. Afastou os fantasmas das quartas e mantém a expectativa de uma final curta e de poucas surpresas. Ruim para a competitividade, bom para a consolidação de um dos grandes nomes deste esporte.

Era esperado que o serviço deficiente de Sara Errani a distanciasse da adversária. Seu estilo era inútil: pouco conseguia entrar em quadra, ficando acuada na linha de base. Fez apenas 16 pontos, atrás dos 52 de Serena. Quando conquistou o único game, frustrando o double bagel, comemorou. Perfil de jogadora menor ranqueada que tem a oportunidade única de enfrentar a norte-americana. A atitude, por outro lado, demonstra humildade.

Outras considerações

Lucie Hradecka conquistou, ao lado do compatriota  Frantisek Cermak, seu primeiro título de duplas mistas em Grand Slam. Já tinha batido na trave, como finalista no Australian Open deste ano. Seria bom se ela se inspirasse, com a vitória, para conquistar seu primeiro WTA em simples (são muitos torneios International por aí). Mas o exemplo de Anabel Medina, que faturou a Hopman Cup e não conseguiu resultados expressivos como simplista, me faz recuar no argumento.

A parceria com Andrea Hlavackova está carente de glórias, e continuará assim. Perdeu a semifinal, em sets direitos, para Makarova e Vesnina, nesta sexta. Anteriormente, Andrea tinha conseguido dois vices em WTA – Paris e Charleston -, na companhia de Liezel Huber, quando Lucie estava indisponível.

A final foi frustrante para Kristina Mladenovic e Daniel Nestor, que foram superiores no primeiro set, mas no segundo, mais equilibrado, foram quebrados logo de cara, o que foi fatal. Tentaram reagir a cada game contra, mas falharam. No match tiebreak, a igualdade persistiu até o 5/5, quando os tchecos dispararam para o título.

Entre os cadeirantes, uma nova face e nacionalidade no torneio de simples, dominado por holandesas, especialmente Esther Vergeer, recém-aposentada. É a alemã Sabine Ellerbrock, que derrotou em três sets a holandesa Jiske Griffioen. Enquanto o tênis alemão com os pés no chão está sem bolas vencedoras, o de outra categoria faz bonito. Olha a Graf on wheels aí!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Roland Garros 2013: quartas de final

Dia 10

Serena Williams d. Svetlana Kuznetsova: 6/1, 3/6 e 6/3

A esperança é que Sveta desse algum trabalho. Deu, mas o 6/1 inicial de Serena desanimou. A seguir, a russa abriu 5/1, mas os dois games perdidos antes do fim mostraram que nada estava decidido. Terceiro set e o 2/0 de Sveta era saborosíssimo. Ela teve três chances de quebrar novamente, mas não aproveitou. A partir desse momento, Serena meteu um monte de winners, especialmente nos games em que devolvia. O pneu moral não veio porque no penúltimo game aconteceu uma confirmação. A superação na dificuldade encontrada virou combustível para a grande favorita talvez faturar Roland Garros.

Sara Errani d. Agnieszka Radwanska: 6/4 e 7/6(6)

As bolas curtas reinaram. Foram 58 pontos disputados à rede. A vencedora, com a experiência da dupla número 1 do mundo; a outra, com seus conhecidos drop shots e flexibilidade nos joelhos para se abaixar e recuperar uma bola. Errani, vejam só, foi uma máquina de winners. Radwanska foi mais errática no segundo set, mas compensou com bons approaches. A última parcial teve oito breaks convertidos. Sara sacava para o jogo em 5/4, quando repetiu a sina de outros jogos. O tiebreak chegou e, num dos match points, Aga lutou em muitas trocas de bola. Por detalhes, deu a atual vice-campeã.

Dia 11

Maria Sharapova d. Jelena Jankovic: 0/6, 6/4 e 6/3

Jankovic aplicou um surpreendente pneu na base dos vinte erros não forçados da russa. Esta ainda liderava o quesito nas parciais seguintes, mas começou a acertar mais, ao mesmo tempo em que JJ descobria o contrário. O primeiro game do segundo set, o de saque, fez falta à sérvia. Começar quebrando depois de um resultado inicial vergonhoso parece ter feito bem à russa, que quebrou novamente no quinto game e sofreu para confirmar no seguinte, mas sem ceder um break. Uma quebra contra, no oitavo game, foi tardia para Jelena. O terceiro set foi decidido no fim, com Maria sendo eficientemente agressiva em momentos-chave e errando quando podia. Ameaçou quebra e as converteu em duas oportunidades, enquanto a Jankovic ficou na saudade, com uma tentativa não concretizada. Os dois primeiros sets, em especial, foram bem sofríveis.

Victoria Azarenka d. Maria Kirilenko: 7/6(3) e 6/2

As quatro quebras iniciais acabaram com a paciência do narrador. Vika era mais agressiva, mas não conseguia fazer seu jogo. Quando as confirmações apareceram, os winners abundaram. A número 3 do mundo deixou de converter algumas quebras, que poderiam agilizar a partida. Ironicamente, este era o seu problema: não trabalhar as bolas com paciência e perder pontos de bobeira. O tiebreak e o segundo set foram mais favoráveis à bielorrussa, larga nos placares. Kirilenko, que pediu tempo técnico no começo do jogo, errou em momentos cruciais da segunda parcial. Um duelo encardido (o primeiro set teve 76 minutos), mais porque Azarenka não iniciou com precisão.

Outras considerações

- Já devo ter reclamado disso em 2012, mas é sempre bom repetir: a organização de Roland Garros pensa que as semifinais são iguais à última rodada de um campeonato de futebol por pontos corridos, para marcá-las no mesmo horário? Consegui gravar um jogo e ver outro ao vivo, mas não tem porque fazerem isso;

- O site da WTA tem feito montagens bem legais para promover confrontos e/ou parcerias em Roland Garros. Normalmente, colocando-as no topo da página principal. Não sei onde encontrar as anteriores (teve um Stephens x Sharapova), mas consegui salvar duas (antes e depois deste parágrafo);

- Parou de chover em Paris há uma semana, mas o frio continuou por mais alguns dias. Foi difícil ver o outfit das jogadoras, que usavam blusa e/ou legging. Nesta quarta, finalmente vimos como se vestiram Maria Kirilenko e Jelena Jankovic;

- Adidas Is All Out: mais um Slam em que a marca das três listras não consegue aparecer em alguma das semifinalistas. Nos últimos quatro, a Nike foi maioria: totalmente no USO 12 e em RG 13, com os mesmos confrontos, três vezes no AO 13 e duas em Wimbledon 12, o seu maior “fracasso”. Lotto, Adidas e Under Armour têm uma semifinalista cada;

- Apesar da derrota, Maria Kirilenko confirmou sua entrada no top 10 por causa da eliminação de Jelena Jankovic. É um ótimo ano para a moça, que anunciou noivado com o jogador de hóquei, voltou para a Stella McCartney, conquistou um título de simples depois de quatro anos e meio de seca, além de atingir um novo career high. É pouco ou quer mais? Para os fãs de tênis, é bom ver o grupo das dez primeiras finalmente mudar.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Roland Garros 2013: oitavas de final

Antes

Também conhecida como quarta fase ou fase das últimas dezesseis, contém:

- nove cabeças de chave;

- quatro norte-americanas, três russas, três italianas, duas sérvias, uma alemã, uma polonesa, uma espanhola e uma bielorrussa;

- cinco ex-campeãs;

As razoáveis surpresas: Carla Suárez Navarro, que fez QF em Grand Slam há muito tempo (RG 08 e AO 09) e não passou mais disso; Mattek-Sands (4R em Wimbledon 2008) e Jamie Hampton, de 23 anos, nunca foi bem nesse tipo de torneio, mas tem destaque por, agora, eliminar as duas principais tenistas tchecas do circuito, Safarova e Kvitova.

Pode-se chamar de “retorno” a aparição das experientes Kuznetosva, Schiavone e Jankovic. Depois de um Australian Open impecável, a russa obteve resultados inconstantes nos torneios da WTA. A italiana teve como ápice um título de International, enquanto a sérvia também conseguiu este mérito, além de ser finalista em Premier e semifinalista em Premier Mandatory. Nada mal.

Azarenka vem aos trancos e barrancos como no ano passado, mas fez o que deveria. Vinci teve uma chave relativamente fácil, mas sofreu por três sets em dois jogos. Kerber também trabalhou, com três tiebreaks e um terceiro set; para o atual tênis alemão, a quarta fase é um alento; para a jogadora, poderia ser melhor. Stephens não é mais surpresa, mas decepcionava pelas campanhas pífias depois do Australian Open. Kirilenko teve algum contratempo na terceira fase, mas foi só. Mesma situação a de Sharapova.

Aga Radwanska nunca foi lá muito bem no saibro parisiense, sendo a quarta fase o seu ápice. Poderia esperar uma zebra, mas a polonesa foi pouco incomodada. Serena Williams, sem ser surpreendida por uma Razzano da vida, passeou, como normalmente o faz. Em três jogos, só perdeu seis games.

Durante

Dia 8

Sara Errani d. Carla Suarez Navarro: 5/7, 6/4 e 6/3

Um primeiro set equilibrado deu a vitória à espanhola porque ela aproveitou mais os break points. Na segunda metade, em especial, ela abusou mais de winners e jogo à rede. Colaborou também o fato de Errani ter sentido dores no abdômen. Pode posteriormente trocar umas ideias com a Azarenka sobre “destravar a costela”. Nos dois últimos sets, Errani confirmou 100% dos breaks. Winners e erros não forçados aumentaram e diminuíram para a vencedora do confronto, que poderia aplicar um breadstick na parcial final, mas conseguiu ser quebrada, fechando somente no game de serviço seguinte.

Agnieszka Radwanska d. Ana Ivanovic: 6/2 e 6/4

Os games iniciais prometiam um jogo disputado. No segundo game, quando Ana sacava, a luta para não ser quebrada demorou quatorze minutos de bons lances (ela marcou oito winners só nele). Mas a sérvia não aguentou a pressão e deixou de ameaçar. Uma nova quebra veio no último game, quando Ana já cometia um número de erros considerável. No segundo set, a morena magrinha continuou a falhar (é ridícula a diferença de erros não forçados no jogo todo, de 17-2). Aga fez até um gran willy, cobrando aplausos da plateia. Foi um confronto bem desigual, dando o esperado, e dificultando, mais uma vez, a chance de Ivanovic encostar no top 10.

Dia 9

Um dia tranquilo, com resultados esperados. Não houve terceiro set, mas dois pneus.

Victoria Azarenka d. Francesca Schiavone: 6/3 e 6/0
A promessa de jogo equilibrado durou até o 3/3. Foram duas quebras para cada lado. Na sequência, Vika conquistou todos os games possíveis. Errou quase nada e fez muito mais winners. Francesca decepcionou, acumulando um caminhão de erros no começo do segundo set.

Maria Kirilenko d. Bethanie Mattek-Sands: 7/5 e 6/0

Dois tempos médicos para cada lado (Bethanie teve enjoo, enquanto Maria, dor no ombro). Foram muitos erros não forçados para os dois lados (a americana teve mais, mas também conquistou mais bolas vencedoras). Maria foi especialmente ajudada no final do primeiro set, quando os êxitos minguaram para ambos os lados, e aproveitou os erros da adversária. A russa incomodou demais, podendo ter realizado quebras mais rapidamente. Em duas oportunidades, acumulou três breaks cada. O jogo foi razoavelmente longo, com pouco mais de duas horas.

Maria Sharapova d. Sloane Stephens: 6/4 e 6/3

Maria suou para realizar confirmar três das quatro quebras. Foi o jogo que ela mais perdeu games, não significando que se sentiu incomodada. Sloane quebrou no início do segundo set, mas a russa se corrigiu na sequência. Os dois primeiros games desta parcial foram terríveis. Depois, foi jogar nos erros da norte-americana e esperar as quebras surgirem.

Jelena Jankovic d. Jamie Hampton: 6/0 e 6/2

Uma arma bem usada por Hampton, o jogo à rede funcionou poucas vezes. Ela foi uma máquina de erros, dando muitos pontos de bandeja à adversária. Resistiu um pouco mais para não tomar pneu e abriu o segundo set com quebra, sendo seu ápice no confronto. De resto, viu Jankovic com um primeiro serviço que entrava e ganhava muitos pontos.

Depois

Sabe o pintor que aparece nas cadeiras próximas à quadra, reproduzindo o que vê em seu trabalho? Acho que é o mesmo do WTA de Paris, realizado em fevereiro.

O Road to Roland Garros conseguiu extrair boa entrevista com Sara Errani, que é normalmente sisusa.

domingo, 2 de junho de 2013

Roland Garros 2013: dia 7

Victoria Azarenka d. Alize Cornet: 4/6, 6/3 e 6/1

Vika jogou mal novamente, mas desta vez, enfrentou uma melhorzinha. O que não quer dizer muita coisa, se tratando de Alize Cornet. Só que esta faturou um set, o primeiro. Jogou nos erros da adversária, que cometeu dez proibitivas duplas faltas. Azarenka teve problemas para quebrar: no primeiro set, as três tentativas em um game não deram certo. Alize confirmou, e nas próximas duas oportunidades quebrou sem resistência. No sets seguintes, contou menos com o jogo da adversária, que se estabilizou, mas não muito. O terceiro teve erros não forçados consecutivos da francesa em momentos cruciais. Com o placar desenhando sua elasticidade, a moça largou mão. A Azarenka, o sinal amarelo acendeu faz tempo. Schiavone será a próxima adversária. Não será surpresa uma eliminação. Só fiquemos atentos ao resultado.

Bethanie Mattek-Sands d. Paula Ormaechea: 4/6, 6/1 e 6/3

Pobre argentina: depois de fazer um bom primeiro set, com primeiro serviço bastante eficaz, rendeu-se firmemente ao jogo agressivo de Bethanie, que errou menos e fez a festa. Aproximando-se do breadstick, Paula perdeu o rumo. O terceiro set, apesar de conquistar mais games que o anterior, foi desolador porque começou quebrada e, quando tentava esboçar uma reação, ao quebrar no oitavo game, recebeu a gentileza de volta e sacramentou a derrota. Mesmo assim, o gosto da vitória foi sentido pelos dois lados: Paula jamais esperaria passar sete dias jogando na capital francesa, enquanto Mattek iguala-se à maior fase que já chegou em um Grand Slam (anteriormente, apenas em uma ocasião, no Torneio de Wimbledon de 2008).

Jelena Jankovic d. Samantha Stosur: 3/6, 6/3 e 6/4

Duelo equilibrado, especialmente nos dois primeiros sets. O triunfo para cada lado veio em uma quebra, quando a outra sacava para permanecer na parcial. No set final, a sérvia abriu 3/0, mas a adversária empatou na sequência. A expectativa era de que elas continuassem além dos seis games, mas os winners seguidos da australiana sumiram no nono game. Na sequência, Jelena sacou para o jogo, conquistando fechando com um ace.

Cabeças de chave eliminadas: [31] Alize Cornet, [13] Marion Bartoli, [7] Petra Kvitova e [9] Samantha Stosur

Outros resultados: Kvitova e Bartoli só confirmaram suas faltas de segurança, sendo premiadas com a eliminação. O placar foi mais doloroso para a francesa, arrasada por uma embalada Schiavone. Petra tomou breadstick e teve um melancólico fim no tiebreak. Jamie Hampton foi a carrasca. Já posso destacá-la?

Stephens bateu com dificuldade a zebra neozelandesa Erakovic. Sharapova quase perdeu um set de Zheng, mas virou pouco antes de fechar, superando uma marcação errônea do juiz, que deu um game à adversária. Kirilenko não pegou baba contra Voegele: o jogo de rede dominou.

Outras considerações

- Acabou a festa no site do Bandsports: pelo andar da carruagem, os jogos de simples serão todos pela TV, para quem é assinante. Os internautas contarão com jogos de duplas, em quadras secundárias. Com um pouco de azar, pode-se encontrar o Saretta nos comentários;

- Por outro lado, a Band transmitirá a final feminina, no sábado. Na tv aberta!

- Acabaram os lamentos em torno da queda do streamhunter.eu (antigo livescorehunter), na sexta. Neste sábado, o site voltou a funcionar;

- Duas lamentações sobre séries no YouTube, este ano: Road to Roland Garros e Full of Surprises Travel Show. O primeiro, promocional da Peugeot, já entrevistou uma dúzia de tenistas homens. Moças, só Monica Puig, Petra Kvitova e Marion Bartoli (estas duas, pela segunda vez). Um rapaz bem apessoado conduz o automóvel da marca até o hotel ou ao complexo enquanto os jogadores respondem perguntas num tablet - um estilo bem conhecido, feito no Australian Open e no WTA de Stuttgart. O segundo, subseção do canal da WTA, é da Dubai Duty Free. Na temporada, só lançaram dois vídeos de Dubai, com Ana Ivanovic e Victoria Azarenka basicamente para promover a marca, presente nessa cidade. Poderiam voltar a outras localidades ou explorar novas; as que sediam torneios International são muitas, e a maioria nunca foi visitada. São suportes que desperdiçam oportunidades, infelizmente.

- O top 10 estava muito difícil de ser modificado, mas nada como um Grand Slam e muitos pontos a ser defendidos pelas moças da “zona de corte” para a situação mudar. Com as eliminações no sábado, Stosur se afastou do grupo de elite. Maria Kirilenko assume o décimo posto, com Jankovic de olho em uma boa ascensão. Stephens também estaria no jogo, mas pega Sharapova. Li algumas conversas já colocando-a no WTA Championships; só peço calma;

- Apesar dos torneios pífios, Wozniacki está em nono. O que aquela final de Indian Wells, que lhe caiu no colo, ajudou, não?

- Abaixo de Kirilenko: Vinci, Ivanovic e Petrova. Uma já caiu e outra enfrentará a Serena. A terceira é Ana Ivanovic. Não dá para confiar.

Roland Garros 2013: dia 6

Maria Sharapova d. Eugenie Bouchard: 6/2 e 6/4

Genie viu a número 2 do mundo atuar, para o bem e para o mal, no primeiro set. Maria foi agressiva, conquistando tanto winners quanto erros não forçados. Mesmo assim, o placar foi favorável à vencedora. O segundo set foi mais equilibrado, com a canadense até quebrando e podendo contar com o benefício de um rain delay, mas depois de novo break conseguido pela russa no quinto game, bastou apenas administrar.

Serena Williams d. Sorana Cirstea: 6/0 e 6/2

A vitória de Serena era esperada, mas o que incomodou foi o jogo muito ruim de Cirstea. A romena não se encontrava no set inicial e dificilmente ameaçava a adversária. Quando furou o segundo pneu, não existiu motivo para comemorar, como faria qualquer adversária aleatória, tendo como presente a oportunidade de enfrentar a americana. Pareceu jogo de primeira fase.

Cabeças de chave eliminadas: [26] Sorana Cirstea, [32] Sabine Lisicki, [21] Kirsten Flipkens e [29] Varvara Lepchenko

Outros resultados: Barty ainda terá que comer muito arroz e feijão para ser a nova Stosur (o que não significa muito, em número de títulos); a derrota para Kirilenko foi considerável. Duque-Marino jogou melhor que a encomenda contra Bartoli, mas não tirou nem um set. Schiavone abriu 6/1, mas depois suou um pouco para terminar com Flipkens. Desolador foi ver Lisicki tomar pneu – e perder – para Sara Errani, que cada vez mais abocanha espaço, rumo ao top 4. Kanepi e Voegele foi longo e agressivo. Vinci e Sveta pararam a ascensão de Cetkovska e Jovanovski, enquanto Radwanska teve algum trabalho para passar por Pfizenmaier, jogando mais nos erros da alemã. A maior pena do dia foi Puig perder para uma antes vacilante Suarez Navarro.