sábado, 6 de julho de 2013

Wimbledon 2013: semifinais

Após duas semanas de um torneio importante e longo, que depende muito do número de sets jogados e eventuais disputas paralelas (duplas e duplas mistas), é natural que as jogadoras estejam acabadas. Vence quem souber extrair a última força do corpo, mas também respeitando os limites.

Coincidência ou não, as derrotadas na penúltima fase de Wimbledon possuíam marcas da série de batalhas. Desde as quartas de final, Agnieszka Radwanska tinha as coxas quase que completamente enfaixadas. A partir da terceira fase, só pegou partidas de três sets. Kirsten Flipkens não tinha perdido uma parcial até então, mas tinha um joelho protegido desde o torneio anterior que disputou, pelo menos.



Marion Bartoli d. Kirsten Flipkens: 6/1 e 6/2

Um placar que surpreende por acontecer nesta fase, mas a verdade é que Marion foi muito superior. Com um jogo variado e agressivo, colocou a belga no bolso. O primeiro saque dominou. Melhor que isso, só o jogo à rede: de onze approaches, onze pontos. E ainda rolou um pneu moral. Ao fim, uma comemoração estranha, em que Marion se ajoelha e cai para trás. Ela não ganha, ela atropela. Ela é top 10, é capa de jornal (ao lado).


Sabine Lisicki d. Agnieszka Radwanska: 6/4, 2/6 e 9/7

Os deuses do tênis resolveram compensar a facilidade em assistir ao jogo anterior, bem acertado para um lado, com este, longo e irritante. No primeiro set, Radwanska não se esforçou, só empurrou a bolinha. Sua adversária esteve muito acima em winners, mas também cometeu bem mais erros não forçados, que de preocupação, tornaram-se atormento nos sets seguintes.

A segunda parcial chegou e, com ela, o mau jogo. Dos oito games disputados, apenas dois – de Radwanska – foram confirmados. O índice de pontos no saque de Lisicki caiu bruscamente. Nada mais funcionava. O 6/2 era desolador, e o inferno continuaria.

A polonesa melhorou um pouco no set final. Era o suficiente para superar a vacilante alemã. Os 3/0 abertos detonavam a esperança de uma virada, mas Lisicki surpreendentemente reverteu, assim como contra Serena Williams. O jogo à rede foi a principal ferramenta. Sacar para o jogo foi um privilégio que apenas a cabeça de chave 23 teve, e duas vezes. Uma sequência infeliz de jogadas a fez perder a primeira chance, levando a disputa para as alternadas. Nestas, só ela chegou a breaks. Depois de quebrar e fazer 8/7, atingiu o primeiro match point. Só precisou de outro para conquistar a marca inédita.

Foi um jogo cheio de emoção no final, mas no geral, o mau tênis imperou.

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