quinta-feira, 4 de julho de 2013

Wimbledon 2013: dia 5

Mais chuva. O rain delay imperou na sexta-feira, mas a maioria dos jogos foi realizada. Só alguns que ficaram para terminar no dia seguinte.

Alison Riske d. Urszula Radwanska: 4/6, 6/3 e 6/4

Pareceu um jogo “aguerrido e estudado”, mas só no set final, quando as jogadoras lutavam para não perder. A primeira parcial teve muitas quebras (cinco). Alison foi superior tanto em bolas vencedoras, quanto em erros não forçados. O primeiro serviço entrava bem, mas não fazia tantos pontos. A americana poderia vencer se não fosse tão imprecisa.

Na sequência, Alison melhorou a porcentagem de primeiro serviço e errou menos. Urszula lutou para não levar a primeira quebra, mas depois de ficar duas vezes perto da confirmação, a sorte pendeu para o outro lado. A polonesa até teve um break a seguir, mas não o confirmou, e o jogo seguiu em ritmo morno. Riske quebrou facilmente no último game.

No derradeiro set, Alison foi bem superior em winners (22-5) e foi mais à rede, tendo razoável êxito. Ula usou menos dessa estratégia porque, quando tentava fazer dropshots iguais ao da irmã, não encontrava o timing, levando passadas de uma adversária muito atenta. No geral, a norte-americana foi melhor, enquanto que a polonesa, previsível.

Karin Knapp d. Michelle Larcher de Brito: 7/5 e 6/2

Não é porque a jogadora menor derrotou uma maior que seguirá embalada no torneio. Ainda mais num Grand Slam. No set inicial, os pontos do primeiro serviço de Knapp tiveram muita importância, assim como a diferença em winners. Michelle tentou explorar os erros não forçados alheios e até conseguiu uma quebra. Mas a italiana estava melhor. Poderia ter fechado em 6/4, mas depois de dois set points e cinco breaks, cedeu. Felizmente, venceu os próximos dois games com mais facilidade. No set seguinte, a portuguesa foi menos incisiva, lutando mais para não ser quebrada do que quebrar. Assim sendo, perdeu rapidamente.

Um dado curioso: Knapp encaixou 14 aces. Mérito próprio ou acomodação da portuguesa?

Cabeças de chave eliminadas: [7] Angelique Kerber e [29] Alize Cornet

Para algumas jogadoras, cair na terceira fase é normal, enquanto que para outras, vergonhoso. Quer dizer, normal para Cornet, não, porque ela sempre ficará insatisfeita. Neste caso, é para tanto: depois de aplicar um pneu em Flavia Pennetta, tomou virada com um tiebreak e um 6/2; placar-gangorra. Angelique Kerber perdeu para Kanepi, que tinha sofrido para superar, anteriormente, uma convidada. O resultado pode até dar um “choque de realidade” na alemã, que vem ganhando nas coxas (e que coxas) nesta temporada, deixando de defender os pontos daquela fraca semifinal, contra Aga Radwanska.

Dolonc ser superada por Flipkens não é surpresa. Bouchard, apesar da pouca idade, perder para uma jogadora dita do saibro, e tão facilmente, é uma decepção. Com tantas favoritas caindo, é natural que a esperança recaia sobre as jovens. Mas a italiana Giorgi também não resistiu a Bartoli.

No jogo que abriu o dia, mas deveria ter acontecido na quinta-feira, Robson teve alguma dificuldade no primeiro set, mas depois atropelou Duque-Mariño.

Quadras cobertas

Precisei me ausentar por algumas horas no dia. Então, deixei gravando a transmissão de uma quadra. Como choveu, pude acompanhar, avançando o vídeo, a correria para preservar o piso. Até aí, nada demais. O que notei de diferente é que, após a lona cobrir o espaço, uma razoável quantidade de ar é inserida, com a possível intenção de escoar a água para as laterais, facilitando depois a retirada da proteção. Em quadras maiores, como a 1, um extra: há uma estrutura na metade da lona, paralela ao corredor de duplas, que se levanta quando o ar entra, formando um triângulo. Parece uma cabana. A imagem está ao lado.

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