quinta-feira, 4 de julho de 2013

Wimbledon 2013: oitavas de final

Domingo não teve jogo, então o sétimo dia de Wimbledon ocorre, oficialmente, na segunda-feira. O descanso foi bom para os jogadoras vivas nas chaves, embora tenha acontecido o evento de quarenta anos da WTA, e algumas moças ocupadas tenham comparecido (Serena, em simples, Bouchard e Jankovic, em duplas).

A segunda semana começou. O torneio, pelas redes sociais, tentou disfarçar a má programação, em matéria de organização, promovendo a hashtag #ManicMonday. A queda da número 1 do mundo também causou distração.

Graças à programação que fiz, consegui ver três jogos. Gostaria ainda de ter acompanhando ao vivo os jogos de Robson, Puig e Pironkova. Por VT, nem foi possível, já que o RG Football priorizou os jogos do masculino.

Para não deixar passar, estatísticas das dezesseis jogadoras das oitavas de final:

- Dez cabeças de chave, com quatro entre as dez primeiras;

- Duas ex-campeãs de Wimbledon;

- Três ex-campeãs de Slam;

- Três italianas (todas eliminadas nesta fase), duas norte-americanas, uma alemã, uma britânica, uma estoniana, uma polonesa, uma búlgara, uma chinesa, uma porto-riquenha, uma francesa, uma espanhola, uma tcheca e uma belga. Que belo agrupamento de países. Ah, NENHUMA russa.

Petra Kvitova d. Carla Suarez Navarro: 7/6(5) e 6/3

A perda de fé na humanidade pôde ser representada no 1º set, com muitos erros de devolução. Petra teve mais erros não forçados, e o número de winners das duas não foi vistoso. Uma quebra para cada lado veio antes do 13º game. Qualquer uma poderia ganhar. O que irrita é que Petra sacava para o set e foi quebrada de zero. O tiebreak foi uma gangorra, até a ex-campeã de Wimbledon tomar iniciativa e conquistar os três últimos pontos.

No set final, a canhota de Fulnek foi superior em muitos quesitos, mas sofreu em dois games de serviço. Quebrou na metade da parcial e, com 4/2, administrou o placar até a vitória.


Sabine Lisicki d. Serena Williams: 6/2, 1/6 e 6/4

A alemã já tinha eliminado campeãs do recém-terminado torneio de Roland Garros em Wimbledon um punhado de vezes. A expectativa era outro êxito, felizmente confirmado. Serena, na temporada, só tinha perdido em Melbourne e em Doha, enquanto que a adversária tinha uma temporada irregular, subindo timidamente no ranking.

Os games foram mais disputados especialmente no primeiro set. No terceiro, a norte-americana teve uma infinidade de game points. Estes ocorriam mais do que os breaks. As duas quebras de Sabine vieram com menor resistência. A segunda, surpreendentemente, foi de zero.

No segundo set, o gigante acordou, enquanto a loira sorridente sumiu. Quer dizer, houve esperança com a confirmação inicial, completando cinco games seguidos de êxito. Mas na sequência, Serena pontouu 14 vezes initerruptamente. O breadstick e o começo do set seguinte fizeram-na completar nada menos que quatorze games seguidos. Desolador.

No set final, uma quebra atrás contra Serena parecia fatal. Só que Sabine perseguiu o resultado. Com 1/3, a alemã iniciou o quebra-quebra. Parou em 4/3, empatou com o saque, quebrou de novo e sacou para o jogo. Nos saques que confirmou, a alemã teve razoável dificuldade em fazê-lo. Para fechar, a sorte quase pendeu para o outro lado, mas se salvando com o saque, a moça aumentou sua marca, eliminando a tão temida oponente. Valeu pela catarse.

Marion Bartoli d. Karin Knapp: 6/2 e 6/3

A francesa construiu o segundo placar mais fácil do dia (só perdeu para Li). Pontuando mais no primeiro serviço e errando menos, teve mais iniciativa. Os games foram curtos, com exceção daquele em que Marion foi quebrada. Apesar da quebra, a facilidade foi tremenda no primeiro set. No segundo, a italiana ameaçou em poucas oportunidades, e demorou 40 minutos para cair (no total, foram 72 minutos).

Outros resultados

- Pennetta teve a chance de sacar para o set duas vezes, mas não aproveitou. Ficou atrás no tiebreak e perdeu o andar da carruagem na metade do segundo set. Foi longe para a situação em que está, enquanto que Flipkens atingiu seu career high em fases de Grand Slam;

- Acabou a Robbomania. A casa caiu mesmo foi no final dos sets. No tiebreak do primeiro set, Laura Robson abriu boa vantagem, com 5/2, mas permitiu a virada. No segundo, uma quebra de zero e o subsequente 5/6 complicou a parada. Kaia, contudo, demorou a fechar. Depois de cinco match points, veio o fim;

- A nova regra secreta da WTA é: entrou no top 10, sofreu derrota. Diferentemente de Kirilenko, Vinci não viu seu nome aparecer nas estatísticas oficiais (o ranking só será publicado no final do torneio), mas ficou no grupo por alguns dias. Caiu com tanta facilidade, que o pneu poderia ter virado bicicleta. Tomava 5/0 no primeiro set. Incompetência de Na Li;

- Puig fez um game longuíssimo para fechar a primeira parcial contra Stephens. O segundo set foi equilibrado até o fim, quando a norte-americana se sobressaiu. No set final, a porto-riquenha perdeu escandalosamente o gás. Pode ter quebrado na abertura do terceiro set, mas sofreu o mesmo revés nos seus três games de serviço, duas vezes sem pontuar. Decepção pelo placar, felicidade pelo desempenho geral;

- Agnieszka Radwanska começou mal contra Pironkova, iniciando com 0/4. No set seguinte, quebrou na primeira chance, e as ameaças foram poucas. No fechamento, mais iniciativa, enquanto que a búlgara, tendo chamado tempo médico, nem fez cócegas.

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