segunda-feira, 8 de julho de 2013

Wimbledon 2013: outfits (3/3)

Alternates


- Nesta seção, poucos casos. É, talvez, porque Mattek-Sands não passou da primeira fase. Será que ela conseguiria variar, sendo obrigada a usar branco como cor principal?

- Alison Riske: não tem fornecedora oficial. Trocou a camisola (estou falando da veste feminina para dormir, em português brasileiro; em Portugal, o significado é outro) da 1ª fase (ver seção 2) por esse vestido que parece estar no avesso;

- Andrea Petkovic: aquela coisa com mangas sem graça da Stella McCartney (seção 5) avançou para um conjunto elegante, que mostra os braços e não insere uma transparência muito aleatória;

- Victoria Azarenka: jogou a estreia com blusa. Com se sabe, abandonou depois. No terceiro quadro, o vestido que ela usou por baixo. É igual ao do Australian Open. Antes creme, agora é branco.

Wimbledon 2013: outfits (2/3)

METADE INFERIOR

Seção 5


Seção 6


Seção 7


Seção 8

Wimbledon 2013: outfits (1/3)

Pesquisar, pesquisar de novo e mais uma vez. Reunir os 128 outfits é um trabalho árduo. Desta vez, foi a festa do branco. Não sei se dá para enxergar direito na versão que fiz para o blog, mas, qualquer coisa, é só visitar meu Tumblr, que tem zoom.

Já fiz esta série para Roland Garros, como você pode ver aqui, aqui e aqui. Por isso, não farei introdução. Só um detalhe: algumas imagens parecem pálidas. Não há o que fazer, o problema é das fontes.

Desta vez, foram quatro tenistas sem imagem. Se encontrarem as faltantes (atenção para o ano do torneio, a busca pode ser traiçoeira), mandem-me, que as colocarei na montagem. E ficarei agradecido, claro.

Fontes: Zimbio, Google Imagens, Tennis Forum, Flickr, wimbledon.com, entre outros.

METADE SUPERIOR

Seção 1


Seção 2


Seção 3


Seção 4

Wimbledon 2013: final

Acordei neste sábado estranhando em não ter uma Serena, uma Maria ou uma Victoria disputando um dos quatro troféus mais importantes do circuito. Vi duas oponentes fora do top 10 (uma até já tinha estado nele), que não tinham ganho mais do que duas partidas seguidas na temporada. Lisicki quebrou essa escrita duas vezes, chegando a final de dois International, tomando um breadstick em cada e abandonando um deles por lesão.

Felizmente, a campanha no último ano define apenas a posição que a jogadora aparecerá no chaveamento e que nível de adversária enfrentará na estreia e nas fases seguintes. Sorteados os confrontos, está na mão das atletas. Pegar um caminho bom ou ruim é circunstancial. Que nem quando Sharapova ganhou Roland Garros e muitos criticaram a falta de desafios. Como diria aquele clichê de narração esportiva, “ela não tem nada a ver com isso”.

Lisicki teve dois jogos complicados (contra Serena e Aga) e um chato (contra Stosur). Bartoli não perdeu um set ou encontrou alguma das dez cabeças de chave. Mesmo assim, jogou mal uma vez, pelo menos, contra Stephens. A final era imprevisível.





Marion Bartoli d. Sabine Lisicki: 6/1 e 6/4

Não houve disputa na maior parte do tempo. A abertura, com uma quebra para cada lado, previa um jogo irregular, mas parelho. Mas a francesa se recompôs, e só ela. Confirmou duas vezes de zero e fez 6/1 com apenas quatro bolas vencedoras.

Sabine teve um primeiro serviço sofrível, que entrava pouco e pontuava menos ainda. Só foi conseguir a primeira confirmação no início do segundo set. Mas tornou a errar; tornou alguns games longos para não dar em nada. Lá pelo 3/1, com uma quebra atrás, a vaca parecia ter ido para o brejo. A alemã, que sempre sorri com os erros, reverteu para um início de choro. Em que situação ela estaria no final? E na cerimônia de premiação? A situação causava compaixão de uns e raiva de outros.

Restava esperar o inevitável. Aconteceu outra quebra e chegou o 5/1. De repente, o jogo da loirinha começou a encaixar. Salvou três match points e ganhou dois games seguidos. Era a luz no fim do túnel, mas ela estava muito longe. Marion precisava sair do automático, que estava bastando, e ser um pouquinho mais ativa. Funcionou: sacando pelo campeonato pela segunda vez, serviu maravilhosamente por três vezes seguidas e comemorou.

Imagens

Não havia mais cenas tão interessantes a se fotografar neste jogo. A comemoração foi razoável: Marion tinha feito coisa melhor na semifinal. Sabine, se tivesse vencido, não poderia ter sorrido mais do que já o fez anteriormente. O choro, conhecido tanto em sua carreira, por êxitos e fracassos, também não era novidade. Sobrou a parte mais convencional, que não foi tanto porque representou a união de dois elementos que nunca se pensaria em ver: Marion Bartoli e um troféu (bandeja, neste caso) de Grand Slam. PS: mesmo assim, inseri várias de fotos. Tem profissional que consegue ângulos ótimos, mesmo num evento não tão cheio de emoção.

Nervosismo e conveniência

A francesa se movimenta como louca antes de receber ou executar um saque. Sempre foi ridicularizada por isso. Agora, percebe-se que isso serve como tática para disfarçar o nervosismo, sendo superior psicologicamente à adversária. Se alemã fosse campeã, o sorriso seria o símbolo de escudo emocional. É conveniente para o momento, mas não se deve mudar a opinião só por causa disso. Marion poderá desestabilizar quem estiver disposta com seu espírito serelepe, mas o comportamento continuará a ser, no mínimo, estranho. Já Lisicki deveria ter cuidado dessa parte há muito tempo. Não é a primeira vez que ela perde uma decisão, jogando mal ou não, na grama de Wimbledon. Fê-lo no Grand Slam de duplas femininas, em 2011, e na decisão do bronze olímpico de mistas, no ano seguinte.

Futuro próximo

Será estranho observar parte do público mais interessado nos jogos ou pedindo que essas duas estejam na programação de quadras principais dos próximos torneios grandes. Especialmente Bartoli, a campeã. Quem acompanhou minimamente o jogo, não deve nutrir tanta expectativa para os próximos. Espero queimar a língua.

O direcionamento de holofotes para quem estava na sombra me faz pensar sobre a influência delas para a qualidade do jogo em seus países. As experientes batem cabeça em simples na Alemanha, enquanto que na vizinha, muitas passaram da validade. No primeiro grupo, Mona Barthel ganhou título em fevereiro, mas sumiu posteriormente. Se estivéssemos em 2012, eu ainda nutriria expectativas. No segundo, Alize Cornet conseguiu se recuperar e ganhar alguns títulos (menores, mas válidos). Mas não a vejo ir além disso.

Entre as novinhas, Dinah Pfizenmaier está tentando subir de nível de disputa, enquanto que Annika Beck está razoavelmente inserida em torneios da WTA, mas precisa de bons resultados. Ainda estão verdes. Na França, Caroline Garcia se insere numa situação intermediária das duas citadas anteriormente: ela já joga WTAs, mas falta permanecer mais em chaves principais. Tem conseguido furar muitos qualificatórios. Talvez seja uma questão de tempo para progredir. Quem possui mais chances de aproveitar da situação da premiada compatriota é Kristina Mladenovic, com bom desempenho, faltando “apenas” os resultados. Não à toa, esteve no setor reservado para convidados de jogadores torcendo por Bartoli. Vibrou e se imaginou ali, um dia, levantando a bandeja de prata.

No dia seguinte, Mladenovic realizou parte deste sonho, vencendo a final de mistas na quadra central. Em parceria com o canadense Daniel Nestor, salvou dois match points no terceiro set, para virar e levar a partida. Um dia antes, Su-wei Hsieh tornou-se a primeira taiwanesa a ganhar um Grand Slam: ao lado da chinesa Shuai Peng, passou facilmente por Casey Dellacqua e Ashleigh Barty, vice-campeãs do Australian Open.

Rankings

Em duplas, Hlavackova e Hradecka caíram um pouco mais. Dellacqua e Barty, com o bom desempenho na temporada, surgem no top 20. As campeãs, Hsieh e Peng, figuram na rabeira do top 10. Kops-Jones e Spears, as norte-americanas emergentes que apareceram do nada em 2012, faturando vários títulos e se classificando ao Championships, fazem temporada medíocre e descem seis posições, estando ambas na 17ª colocação.

Entre as simplistas, Bartoli voltou a furar o top 10, sendo a sétima (mesma posição na corrida para Istambul). Lisicki subiu apenas seis postos, sendo a 18ª. Quem saiu da chamada “elite” (top 8) foi Angelique Kerber, que agora é a nona. Kirilenko não está mais entre as dez, pois perdeu dois lugares. Stephens, com tanto oba-oba, só subiu uma casa. Ivanovic desceu cinco, enquanto que Cibulkova saiu das vinte.

Restante do top 100

Subidas expressivas: Kanepi +22, Robson +11, Ula Radwanska +6, Keys +7, Puig +16, Bouchard +10, Pironkova +15, Tsurenko +8, Petkovic +14, Erakovic +7, Date-Krumm +19, Knapp +32, Puchkova +12, Cadantu +7, Garcia +19, Dolonc +13, Duque-Mariño +23, Zahlavova-Strycova +22, Larcher de Brito +33, Pennetta +66.

Descidas expressivas: Hampton -6, Peng -8, Lepchenko -7, Oprandi -6, Goerges -7, Wickmayer -8, Schiavone -15, Shvedova -11, Bertens -7, Watson -12, Cepelova -14, Larsson -14, McHale -9, Govortsova -12, Arruabarrena -8, Medina Garriges -13.

Estagnação “expressiva”: Venus Williams (a mulher não jogou, defendia somente cinco pontos e permaneceu no mesmo 35º lugar, haha).

A seguir

O saibro italiano de Palermo contará com as duas melhores jogadoras da casa tentando recuperação (especialmente Errani). Em Budapeste, Safarova e Cornet encabeçam a lista de favoritas; Halep vem a seguir.

Depois de dois Grand Slam, quase que seguidos, quero descanso.

sábado, 6 de julho de 2013

Wimbledon 2013: semifinais

Após duas semanas de um torneio importante e longo, que depende muito do número de sets jogados e eventuais disputas paralelas (duplas e duplas mistas), é natural que as jogadoras estejam acabadas. Vence quem souber extrair a última força do corpo, mas também respeitando os limites.

Coincidência ou não, as derrotadas na penúltima fase de Wimbledon possuíam marcas da série de batalhas. Desde as quartas de final, Agnieszka Radwanska tinha as coxas quase que completamente enfaixadas. A partir da terceira fase, só pegou partidas de três sets. Kirsten Flipkens não tinha perdido uma parcial até então, mas tinha um joelho protegido desde o torneio anterior que disputou, pelo menos.



Marion Bartoli d. Kirsten Flipkens: 6/1 e 6/2

Um placar que surpreende por acontecer nesta fase, mas a verdade é que Marion foi muito superior. Com um jogo variado e agressivo, colocou a belga no bolso. O primeiro saque dominou. Melhor que isso, só o jogo à rede: de onze approaches, onze pontos. E ainda rolou um pneu moral. Ao fim, uma comemoração estranha, em que Marion se ajoelha e cai para trás. Ela não ganha, ela atropela. Ela é top 10, é capa de jornal (ao lado).


Sabine Lisicki d. Agnieszka Radwanska: 6/4, 2/6 e 9/7

Os deuses do tênis resolveram compensar a facilidade em assistir ao jogo anterior, bem acertado para um lado, com este, longo e irritante. No primeiro set, Radwanska não se esforçou, só empurrou a bolinha. Sua adversária esteve muito acima em winners, mas também cometeu bem mais erros não forçados, que de preocupação, tornaram-se atormento nos sets seguintes.

A segunda parcial chegou e, com ela, o mau jogo. Dos oito games disputados, apenas dois – de Radwanska – foram confirmados. O índice de pontos no saque de Lisicki caiu bruscamente. Nada mais funcionava. O 6/2 era desolador, e o inferno continuaria.

A polonesa melhorou um pouco no set final. Era o suficiente para superar a vacilante alemã. Os 3/0 abertos detonavam a esperança de uma virada, mas Lisicki surpreendentemente reverteu, assim como contra Serena Williams. O jogo à rede foi a principal ferramenta. Sacar para o jogo foi um privilégio que apenas a cabeça de chave 23 teve, e duas vezes. Uma sequência infeliz de jogadas a fez perder a primeira chance, levando a disputa para as alternadas. Nestas, só ela chegou a breaks. Depois de quebrar e fazer 8/7, atingiu o primeiro match point. Só precisou de outro para conquistar a marca inédita.

Foi um jogo cheio de emoção no final, mas no geral, o mau tênis imperou.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Wimbledon 2013: quartas de final

Agnieszka Radwanska d. Na Li: 7/6(5), 4/6 e 6/2

Li foi mais agressiva o jogo todo, superando em bolas vencedoras, mas não conseguiu passar. Sua derrota maior foi no primeiro set, quando teve quatro set points, levando quebra na primeira hesitação de dois pontos. No tiebreak, acumulou boa vantagem, mas tomou dois mini-breaks e facilitou à adversária.

No segundo, Aga quebrou muito cedo, e poderia administrar o resultado até a vitória. Mas levou duas quebras no final, com relativa facilidade, deixando a decisão para a próxima parcial.

Na última disputa, Li foi quebrada de cara, enquanto que a polonesa confirmava sem problemas. Depois de cinco breaks, acumulou segunda desvantagem, com 4/1. Nos dois últimos games, ela lutou longamente, mas fracassou. Depois de oito (isso mesmo) match points, Aga levou a melhor.

Rolou um papo, durante e depois do jogo, que Li falhou em não pedir muitos desafios, pela quantidade de pontos duvidosos. Poderia ajudá-la a se aproximar de uma vitória no primeiro set. A chinesa se esqueceu do "poder" da tecnologia.

Kirsten Flipkens d. Petra Kvitova: 6/4, 3/6, 6/4

Petra estava na corda bamba há muito tempo. A gripe que tinha no dia gerou, pelo menos, uma partida disputada. Mas Flipkens não ganhou por sorte. Estava com um primeiro serviço afiado, especialmente no segundo set.

O desequilíbrio, por quebras, residiu no primeiro set, com três até a metade. Curiosamente, o último game demorou a terminar. Kvitova fechou depois de três set points.

Os outros sets tiveram uma quebra cada, com games geralmente curtos e de poucos breaks. Vencia quem se aproveitava de pequenas brechas. A quebra no segundo set veio de zero, num game infeliz da tcheca. A parcial final foi definida antes dos games alternados. Com dois game points, Petra conseguiu levar uma fácil virada. Flipkens aproveitou o bom primeiro saque, com um nervosismo que não chegou a atrapalhar tanto, acumulando três match points, para fechar o jogo e chegar a uma impensável semifinal.

Outros resultados

Na quadra 1, antes da chuva atrasar três dos quatro jogos, Lisicki passou rapidamente por Kanepi. Após um primeiro game disputado, quando quebrou a estoniana, a alemã repetiu o feito no último game. Na sequência, um susto com quebra, mas virada e vitória com três match points acumulados.

No segundo duelo, Bartoli tinha a torcida contra por ter pedido paralisação no momento em que a chuva começou a cair. Apesar de fazer menos winners, a francesa se apoiava nos muitos erros de Stephens, que ameaçava quebrar na metade do primeiro set, para depois só se defender, em dois longos games, até perder por 6/4.

O segundo set foi bizarro, ainda mais para uma quarta de final de Wimbledon. Dos doze games, apenas dois não tiveram quebras de serviço. Seis games foram quebras de zero. Sério, o que esse povo quer da vida?

Wimbledon 2013: oitavas de final

Domingo não teve jogo, então o sétimo dia de Wimbledon ocorre, oficialmente, na segunda-feira. O descanso foi bom para os jogadoras vivas nas chaves, embora tenha acontecido o evento de quarenta anos da WTA, e algumas moças ocupadas tenham comparecido (Serena, em simples, Bouchard e Jankovic, em duplas).

A segunda semana começou. O torneio, pelas redes sociais, tentou disfarçar a má programação, em matéria de organização, promovendo a hashtag #ManicMonday. A queda da número 1 do mundo também causou distração.

Graças à programação que fiz, consegui ver três jogos. Gostaria ainda de ter acompanhando ao vivo os jogos de Robson, Puig e Pironkova. Por VT, nem foi possível, já que o RG Football priorizou os jogos do masculino.

Para não deixar passar, estatísticas das dezesseis jogadoras das oitavas de final:

- Dez cabeças de chave, com quatro entre as dez primeiras;

- Duas ex-campeãs de Wimbledon;

- Três ex-campeãs de Slam;

- Três italianas (todas eliminadas nesta fase), duas norte-americanas, uma alemã, uma britânica, uma estoniana, uma polonesa, uma búlgara, uma chinesa, uma porto-riquenha, uma francesa, uma espanhola, uma tcheca e uma belga. Que belo agrupamento de países. Ah, NENHUMA russa.

Petra Kvitova d. Carla Suarez Navarro: 7/6(5) e 6/3

A perda de fé na humanidade pôde ser representada no 1º set, com muitos erros de devolução. Petra teve mais erros não forçados, e o número de winners das duas não foi vistoso. Uma quebra para cada lado veio antes do 13º game. Qualquer uma poderia ganhar. O que irrita é que Petra sacava para o set e foi quebrada de zero. O tiebreak foi uma gangorra, até a ex-campeã de Wimbledon tomar iniciativa e conquistar os três últimos pontos.

No set final, a canhota de Fulnek foi superior em muitos quesitos, mas sofreu em dois games de serviço. Quebrou na metade da parcial e, com 4/2, administrou o placar até a vitória.


Sabine Lisicki d. Serena Williams: 6/2, 1/6 e 6/4

A alemã já tinha eliminado campeãs do recém-terminado torneio de Roland Garros em Wimbledon um punhado de vezes. A expectativa era outro êxito, felizmente confirmado. Serena, na temporada, só tinha perdido em Melbourne e em Doha, enquanto que a adversária tinha uma temporada irregular, subindo timidamente no ranking.

Os games foram mais disputados especialmente no primeiro set. No terceiro, a norte-americana teve uma infinidade de game points. Estes ocorriam mais do que os breaks. As duas quebras de Sabine vieram com menor resistência. A segunda, surpreendentemente, foi de zero.

No segundo set, o gigante acordou, enquanto a loira sorridente sumiu. Quer dizer, houve esperança com a confirmação inicial, completando cinco games seguidos de êxito. Mas na sequência, Serena pontouu 14 vezes initerruptamente. O breadstick e o começo do set seguinte fizeram-na completar nada menos que quatorze games seguidos. Desolador.

No set final, uma quebra atrás contra Serena parecia fatal. Só que Sabine perseguiu o resultado. Com 1/3, a alemã iniciou o quebra-quebra. Parou em 4/3, empatou com o saque, quebrou de novo e sacou para o jogo. Nos saques que confirmou, a alemã teve razoável dificuldade em fazê-lo. Para fechar, a sorte quase pendeu para o outro lado, mas se salvando com o saque, a moça aumentou sua marca, eliminando a tão temida oponente. Valeu pela catarse.

Marion Bartoli d. Karin Knapp: 6/2 e 6/3

A francesa construiu o segundo placar mais fácil do dia (só perdeu para Li). Pontuando mais no primeiro serviço e errando menos, teve mais iniciativa. Os games foram curtos, com exceção daquele em que Marion foi quebrada. Apesar da quebra, a facilidade foi tremenda no primeiro set. No segundo, a italiana ameaçou em poucas oportunidades, e demorou 40 minutos para cair (no total, foram 72 minutos).

Outros resultados

- Pennetta teve a chance de sacar para o set duas vezes, mas não aproveitou. Ficou atrás no tiebreak e perdeu o andar da carruagem na metade do segundo set. Foi longe para a situação em que está, enquanto que Flipkens atingiu seu career high em fases de Grand Slam;

- Acabou a Robbomania. A casa caiu mesmo foi no final dos sets. No tiebreak do primeiro set, Laura Robson abriu boa vantagem, com 5/2, mas permitiu a virada. No segundo, uma quebra de zero e o subsequente 5/6 complicou a parada. Kaia, contudo, demorou a fechar. Depois de cinco match points, veio o fim;

- A nova regra secreta da WTA é: entrou no top 10, sofreu derrota. Diferentemente de Kirilenko, Vinci não viu seu nome aparecer nas estatísticas oficiais (o ranking só será publicado no final do torneio), mas ficou no grupo por alguns dias. Caiu com tanta facilidade, que o pneu poderia ter virado bicicleta. Tomava 5/0 no primeiro set. Incompetência de Na Li;

- Puig fez um game longuíssimo para fechar a primeira parcial contra Stephens. O segundo set foi equilibrado até o fim, quando a norte-americana se sobressaiu. No set final, a porto-riquenha perdeu escandalosamente o gás. Pode ter quebrado na abertura do terceiro set, mas sofreu o mesmo revés nos seus três games de serviço, duas vezes sem pontuar. Decepção pelo placar, felicidade pelo desempenho geral;

- Agnieszka Radwanska começou mal contra Pironkova, iniciando com 0/4. No set seguinte, quebrou na primeira chance, e as ameaças foram poucas. No fechamento, mais iniciativa, enquanto que a búlgara, tendo chamado tempo médico, nem fez cócegas.

Wimbledon 2013: dia 6

Na Li d. Klara Zakopalova: 4/6, 6/0 e 8/6

O primeiro set parecia que seria dominado por um longo quebra-quebra, mas isso só aconteceu nos primeiros dois games (Li cedeu com facilidade). A seguir, Klara lutou para não ficar atrás, o que conseguiu. A vantagem veio no sétimo game. Nos outros, foi administração de resultado.

O desequilíbrio veio na segunda parcial. A tcheca até teve vantagem nos dois primeiros games de serviço, mas cedeu na sequência. No terceiro, houve pouca resistência, confirmando-se o pneu.

Quando se pensava que Li vinha forte, ela sofre quebra de zero na abertura do set final. A gentileza retornou na sequência, com facilidade. O set foi um festival de erros não forçados e duplas faltas. As quebras retornaram no final. Zakopalova teve a chance de sacar para o jogo, mas sofreu duas quebras subsequentes. Game, set and match, Missis Li.

Serena Williams d. Kimiko Date-Krumm: 6/2 e 6/0

Um jogo que mais interessava pelo contexto do que pelo resultado, previsível. O público vibrou a cada pequeno êxito da veterana japonesa. O set de abertura não seguiu tão bem o roteiro usual, pois Kimiko ganhou dois games, confirmando numa e quebrando em outra. Serena estava com números bons, mas cometia erros bobos. Mesmo sendo quebrada num game relativamente longo, estava tranquila no placar, fechando com quebra na sequência. O segundo set teve menos lances bonitos, com o massacre costumeiro da norte-americana. A maior prova de resistência de Kimiko foi no último game, quando lutou para não ser quebrada, o que não conseguiu.

Laura Robson d. Marina Erakovic: 1/6, 7/5 e 6/3

Robson estava condenada a perder. O primeiro serviço da adversária estava muito bom. Depois do breadstick sofrido, a britânica melhorou essa arma, mas ainda ficava devendo. Sacando para o jogo em 5/5, Erakovic ficou nervosa em fechar, tendo de aguentar a torcida contra. Tomou a virada, sem muita resistência. No terceiro set, este problema continuou. A neozelandesa já perdia 0/4, com duas quebras. Laura vacilou a seguir, tomando quebra, mas depois administrou e fechou. Palmas para o exigente público, que tornou a quadra um caldeirão.

Outros resultados

Em dois jogos a terminar do dia anterior, a pausa fez bem para quem estava em maus lençóis. Kvitova virou no terceiro set, contra uma sumida Makarova, enquanto que Stephens se esqueceu do pneu tomado e se aproveitou da ineficiência momentânea de Cetkovska.

Em duelo parelho, Puig despachou Birnerova e foi outra jovem a se classificar às oitavas. Cibulkova não viu a bola de Vinci, que entrou provisoriamente no top 10. O mesmo para Riske contra Kanepi. Radwanska passou por uma talentosa Keys em três sets, assim como Pironkova, contra Martic. Samantha Stosur, que nunca passou de uma terceira fase, deu susto em Lisicki. Mas não passou disso, e a alemã finalizou com breadstick.

Wimbledon 2013: dia 5

Mais chuva. O rain delay imperou na sexta-feira, mas a maioria dos jogos foi realizada. Só alguns que ficaram para terminar no dia seguinte.

Alison Riske d. Urszula Radwanska: 4/6, 6/3 e 6/4

Pareceu um jogo “aguerrido e estudado”, mas só no set final, quando as jogadoras lutavam para não perder. A primeira parcial teve muitas quebras (cinco). Alison foi superior tanto em bolas vencedoras, quanto em erros não forçados. O primeiro serviço entrava bem, mas não fazia tantos pontos. A americana poderia vencer se não fosse tão imprecisa.

Na sequência, Alison melhorou a porcentagem de primeiro serviço e errou menos. Urszula lutou para não levar a primeira quebra, mas depois de ficar duas vezes perto da confirmação, a sorte pendeu para o outro lado. A polonesa até teve um break a seguir, mas não o confirmou, e o jogo seguiu em ritmo morno. Riske quebrou facilmente no último game.

No derradeiro set, Alison foi bem superior em winners (22-5) e foi mais à rede, tendo razoável êxito. Ula usou menos dessa estratégia porque, quando tentava fazer dropshots iguais ao da irmã, não encontrava o timing, levando passadas de uma adversária muito atenta. No geral, a norte-americana foi melhor, enquanto que a polonesa, previsível.

Karin Knapp d. Michelle Larcher de Brito: 7/5 e 6/2

Não é porque a jogadora menor derrotou uma maior que seguirá embalada no torneio. Ainda mais num Grand Slam. No set inicial, os pontos do primeiro serviço de Knapp tiveram muita importância, assim como a diferença em winners. Michelle tentou explorar os erros não forçados alheios e até conseguiu uma quebra. Mas a italiana estava melhor. Poderia ter fechado em 6/4, mas depois de dois set points e cinco breaks, cedeu. Felizmente, venceu os próximos dois games com mais facilidade. No set seguinte, a portuguesa foi menos incisiva, lutando mais para não ser quebrada do que quebrar. Assim sendo, perdeu rapidamente.

Um dado curioso: Knapp encaixou 14 aces. Mérito próprio ou acomodação da portuguesa?

Cabeças de chave eliminadas: [7] Angelique Kerber e [29] Alize Cornet

Para algumas jogadoras, cair na terceira fase é normal, enquanto que para outras, vergonhoso. Quer dizer, normal para Cornet, não, porque ela sempre ficará insatisfeita. Neste caso, é para tanto: depois de aplicar um pneu em Flavia Pennetta, tomou virada com um tiebreak e um 6/2; placar-gangorra. Angelique Kerber perdeu para Kanepi, que tinha sofrido para superar, anteriormente, uma convidada. O resultado pode até dar um “choque de realidade” na alemã, que vem ganhando nas coxas (e que coxas) nesta temporada, deixando de defender os pontos daquela fraca semifinal, contra Aga Radwanska.

Dolonc ser superada por Flipkens não é surpresa. Bouchard, apesar da pouca idade, perder para uma jogadora dita do saibro, e tão facilmente, é uma decepção. Com tantas favoritas caindo, é natural que a esperança recaia sobre as jovens. Mas a italiana Giorgi também não resistiu a Bartoli.

No jogo que abriu o dia, mas deveria ter acontecido na quinta-feira, Robson teve alguma dificuldade no primeiro set, mas depois atropelou Duque-Mariño.

Quadras cobertas

Precisei me ausentar por algumas horas no dia. Então, deixei gravando a transmissão de uma quadra. Como choveu, pude acompanhar, avançando o vídeo, a correria para preservar o piso. Até aí, nada demais. O que notei de diferente é que, após a lona cobrir o espaço, uma razoável quantidade de ar é inserida, com a possível intenção de escoar a água para as laterais, facilitando depois a retirada da proteção. Em quadras maiores, como a 1, um extra: há uma estrutura na metade da lona, paralela ao corredor de duplas, que se levanta quando o ar entra, formando um triângulo. Parece uma cabana. A imagem está ao lado.