quarta-feira, 29 de maio de 2013

Roland Garros 2013: dia 3

Como previsto, a chuva chegou a Paris. Adiou jogos de estrelas, como Azarenka e Kvitova. Então, sobrou para as pratas da casa, que comandaram o dia. Alizé Cornet e Kristina Mladenovic passaram por Maria-João Koehler e Lauren Davis, respectivamente, com um set fácil (Kiki aplicou pneu) e outro mais disputado cada. Quem teve trabalho foi a nº 1 do país, Marion Bartoli, que na Philippe Chatrier demorou três sets e mais de três horas para despachar a bielorrussa Olga Govortsova. Uma novela de quatorze break points vencidos, muitos erros não forçados e bem distribuídos, com Olga se superando em winners. Seria um vexame a eliminação de Marion, mas ela bem que merecia.

Samantha Stosur d. Kimiko Date-Krumm: 6/0 e 6/2

O set inicial teve domínio da vencedora, enquanto a adversária (trajando Stella McCartney!) tinha um baixo índice de êxito no primeiro serviço e ZERO pontos conquistados no segundo. No segundo set, Stosur vinha bem até Kimiko conquistar seu primeiro game, muito festejado pela torcida. Nele, a australiana meteu três bolas para o alto. Os dois únicos games vencidos – e confirmados – pela japonesa foram os mais longos do jogo. No segundo, com vários deuces, Kimiko confirmou depois uma devolução ingênua de Sam, próxima à rede. O árbitro apareceu duas vezes: uma, numa bola duvidosa na parte de fora da linha, e outra durante uma rally em que, aparentemente, não aconteceu nada demais. Não entendi o ocorrido: o VT cortou a reclamação de Date-Krumm, que foi a prejudicada nos dois lances.

O jogo mais atraente do dia foi Jankovic x Hantuchova. Pelo placar, pareceu equilibrado. Mas a eslovaca fraquejou enormemente: fez 5/0 no segundo set, próxima de empatar a partida, mas deixou virar, confirmando a derrota no tiebreak. Mérito de JJ.

Kristyna Pliskova poderia entrar no top 100 e acompanhar a irmã-gêmea, Karolina, mas perdeu errando muito e ameaçando pouco a colombiana Mariana Duque Mariño. Ela é a terceira latino-americana na segunda fase (junto de Puig e Ormaechea). Com a fase de estreia perto do fim e sem nenhum walkover, a chance da brasileira Teliana Pereira entrar como lucky loser vai minguando. Tremenda falta de sorte.

Shvedova, mesmo aplicando pneu, perdeu um set para Vandeweghe; chegou à vitória, mas teve trabalho. No fim do prejudicado dia, transferiram, sem motivo, a partida de Dominika Cibulkova - que ganhou - para uma quadra sem câmera. Ao espectador de sofá, sobrou apenas a fácil vitória de Erakovic sobre Baltacha, que sintetiza bem esta fraca terça-feira.

Cabeças de chave eliminadas: nenhuma!

Outras considerações

É um inferno acompanhar torneio picotado por rain delays. Se não me engano, hoje foram duas interrupções. Não consegui ver uma partida completa ao vivo. Em competições de uma semana com atletas de ranking menor, a tendência é desistir de acompanhar. Aconteceu no WTA de Bruxelas, mas para me preparar psicologicamente ao Grand Slam francês, foi conveniente a folga. A semana que mais me frustrou, contudo, foi em junho de 2012, no International de Birmingham, quando a final, entre Oudin e Jankovic, foi adiada tantas vezes que terminaram na segunda-feira, sem televisão. Se com espectador é assim, para público presente e, principalmente, para jogador, é pior ainda.

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