sábado, 28 de dezembro de 2013

2013 outfits: top 10 do ranking

1. Serena Williams
As faixas horizontais e combinações de cor deram uma dinâmica interessante aos dois primeiros vestidos de Serena Williams. As faixas únicas nos dois modelos do US Open, por estar um pouco abaixo do busto, quase na cintura, não deram a impressão de asfixiar a atleta. O item de mesma cor da peça de Roland Garros teve o mesmo efeito. A transparência acima do busto em Wimbledon fez lembrar um pouco o Stella McCartney de Caroline Wozniacki no US Open de 2010 (aquele preto com fundo amarelo); a falta de uma peça secundária de outra cor deu tom mais elegante à peça branca. A Nike acertou na simplicidade em Madri/Roma, ficou preguiçosa com a blusa de Toronto/Cincinnati e derrapou demais no saco de batatas nas duplas do US Open (que Victoria Azarenka usou em simples, no US Open Series). O do Championships é simples, mas o detalhe na saia não rima com nenhum outro do conjunto.

2. Victoria Azarenka
O tom creme aliado ao roxo secundário ficou perfeito no simples, mas charmoso outfit do Australian Open. As estampas de Madri/Roma e do Championships não foram felizes, mesmo a segunda criando a sensação de relevo. O saco de batatas tem cores variadas em Cincinnati e na gira asiática, mas não melhora a impressão. As peças folgadas de Roland Garros não empolgam, enquanto que a do US Open é um suadouro geral (Azarenka se declarou Batgirl, pois postou no Instagram o único ponto seco na peça, no peito, que tinha a forma de um morcego). A bielorrussa abandonou cedo o Torneio de Wimbledon e se escondeu na blusa. Especula-se que sua roupa seja uma versão branca da usada em Melbourne.

3. Na Li
A chinesa é dona dos polos, sendo a combinação de tons de cinza em Roland Garros a melhor. A gola aberta em Miami lembra os outfits pouco inspirados de Kvitova, enquanto que a careca de Madri/Roma é uma quebra de padrão sem destaque. A gola de Wimbledon é diferente e mais bonita. As estampas de Cincinnati e do US Open são bregas, acompanhando as péssimas estampas do gênero feita pela Nike para outros atletas na época (vide o vestido que Sharapova usaria no último Grand Slam do ano se não estivesse contundida, que sobrou para Eugenie Bouchard). A faixa central vertical do Championships foi a ousadia mais feliz da Nike nas peças de Li.

4. Maria Sharapova
Embora repetitivas, as alças triangulares vazadas se destacam. As alças simples de Madri/Roma são delicadas e envolvem a jogadora sem exibir demais; parecem de cetim. As “peiteiras” dos dois primeiros modelos são duvidosas, pois redundam o óbvio. A faixa horizontal em Miami criaria a impressão de sufocamento, mas é diminuída pelo busto pequeno de Maria. As áreas laterais de Roland Garros são bem-vindas, enquanto que as saias de Madri/Roma e Cincinnati incluem formas aleatórias. A única harmonia está nas linhas verticais do vestido do Grand Slam francês às alças, embora a forma triangular fundida nos dois lados da peça inferior não pareça dizer algo.

5. Agnieszka Radwanska
A Lotto é preguiçosa. Estreou o layout de três formas triangulares no busto, em 2012, no Championships. Utilizou-o em quase toda a temporada seguinte, combinando mal as cores (especialmente no US Open) e inserindo uma forma tosca nas costas. O detalhe na lateral do pé da peça é charmoso se não imaginarmos que é parte do shortinho (não é). Quebrando o padrão, as duas grossas linhas de Wimbledon não entusiasmam. O vestido do Championships é discreto, mas acerta na sobreposição de peças nas alças. Continuando a ser usado em 2014, será um acerto seguro.

6. Petra Kvitova
O conjunto do Australian Open é um dos melhores do ano. O tom escuro esconde a barriga e os pontos brancos no busto (parecem estrelas), mais o creme nos detalhes, dão charme. A combinação com saia laranja, na sequência, ficou desarmônica, enquanto que a versão de Miami, com verde flúor e branco, não mostrou a mesma imponência. Em Roland Garros, o tecido parece muito fino; a estampa com arranhões de gato é qualquer nota. Nos dois últimos Slam, gola diferente para conjuntos sem imaginação. No Championships, o preto esconde a textura presente na peça.

7. Sara Errani
A italiana dividiu muitos desses modelos com outras atletas top. Ruim para estas. E dividiu também com menores, contratadas da Nike. A de Miami, com faixas horizontais escuras, que vão diminuindo a grossura e mudando a tonalidade, de baixo para cima, são bonitas, mas a regata poderia ser menos folgada. Em Wimbledon, acerto na disposição das cores secundárias, mas estranha a existência de “peiteiras”. No US Open, a regata seria totalmente básica se não fosse a costura horizontal no busto. O detalhe não aumenta a reputação. O último do quadro, repetido por Azarenka no mesmo torneio, teve um detalhe insistido pela marca em conjuntos da mesma época, que é um pedaço de tecido diferente, começando na metade de uma alça e terminando nas costas, não dando volta completa no pescoço.

8. Jelena Jankovic
A Fila parece fornecer produtos para estudantes, com linhas percorrendo as extremidades das peças. Em 2013, ela foi específica, fazendo um conjunto para cheerleaders: em Indian Wells, Jelena usou a saia que chamam apropriadamente de car wash, pois se assemelha às cerdas de uma máquina automática lava-carros. Ela escondeu a parte de cima, bastante aceitável, com a blusa, mas o que interessa está visível. A peça inferior virou facilmente motivo de piada. Em Miami, o degradê não ficou bem com as faixas estrangulantes, verdadeiros cintos de segurança. O branco de Wimbledon é modesto, o azul do US Open é o mais acertado da moda estudantil e o rosê do Championships possui um relevo interessante.

9. Angelique Kerber
A Adidas, sem parcerias, é econômica nos outfits, como se pode ver na tenista melhor ranqueada dela. Os dois primeiros têm layouts semelhantes, com a parte das costas apostando em adequadas transparências. No pé frontal do vestido, um degradê conflitante com o resto lembra uma toalha de mesa. Vale lembrar que a cor amarela, no Australian Open, foi febre por vários fabricantes; poucos se arriscaram a fugir desse padrão. A partir de Wimbledon, a aposta se deu na transparência frontal acima do busto. Ficou bom no conjunto top e saia, mas melhor na versão vestido (usado por Ana Ivanovic e Daniela Hantuchova), com o detalhe maior na região. A empresa alemã não teve medo, e “entortou” o logo na parte de cima.

10. Caroline Wozniacki
A dinamarquesa não ficou no top 10 de fim de temporada anterior, o que impossibilitou a seleção de seus “inventivos” outfits. Em 2013, a Stella McCartney deixou de ser exclusiva da loira (Maria Kirilenko, Laura Robson e até Andrea Petkovic firmaram contrato), gerando coisas boas e ruins para todas. Os torneios do Australian Open Series geralmente não contemplam os lançamentos, mas vale lembrar a segunda versão do horrível conjunto com que Caroline fechou 2012. Se o elástico preto é disfarçado na harmoniza com o cinza, o mesmo não pode se dizer da inserção do branco com o rosa. Em Melbourne, o branco e o amarelo caíram muito bem (vi o vestido ao vivo, usado por uma húngara, num ITF, e sou suspeito a falar). Os dois seguintes lembram muito alguns modelos da Nike, com alças grossas e de cor diferente ao resto (só faltou serem fluorescentes) ou faixas verticais, lembrando o modelo de Sharapova em Roland Garros. No Torneio de Wimbledon, surgem um par de transparências aleatório e uma costura logo abaixo, que se assemelha a bolsos. No último Grand Slam do ano, Stella se superou: Wozniacki parecia trajar um cuecão. O azul acima destacava o suor na barriga, que não é visualmente legal. Para piorar, a blusa de concentração era composta por cinza brilhante de astronauta (ou de papel alumínio), cercando um tecido azul transparente, que revelava a roupa de jogo. Agasalhar-se virou mais um ato de fazer média com o patrocinador do que se proteger do clima.

domingo, 15 de setembro de 2013

US Open 2013: segunda semana (2/2)

Final

Contrariando ou não as expectativas, Victoria Azarenka não jogou tão mal quanto nos seis jogos anteriores, e levou Serena Williams ao terceiro set. Isso não impediu que a norte-americana conquistasse seu décimo sétimo Grand Slam, o pentacampeonato em Nova York.

O vento foi um importante protagonista. Serena teve os serviços dificultados também pelo vestido, curto e solto na parte inferior. Duas quebras deram inicio à disputa. Vika até aplicou um ace. Um novo break point, confirmado, só foi surgir no décimo primeiro game. A número um sacou para o set, em 6-5, sem a menor dificuldade.

A quebra logo de cara, na parcial seguinte, deu alguma preocupação à bielorrussa. O revés voltou a se repetir, gerando 4/1. Tudo parecia perdido. Mas Serena se mostrou humana, e ficou nervosa para ampliar a vantagem e fechar a partida. Quatro quebras depois, as duas iam para um equilibrado tiebreak. Três set points foram necessários para o fechamento. Vika estava de volta à disputa.

A empolgação durou pouco. Quatro games depois, a loira era quebrada. Duas, na oportunidade seguinte. Ela não tinha mais pernas; Serena estava ligadíssima. Breadstick. Título para a dona da casa.

Essa final foi diferente da de 2012. Vika correu frequentemente atrás do prejuízo, pegando a adversária desatenta por pouco tempo. Não precisou salvar match points no segundo set, mas no set em que desmontou, aguentou por apenas dois. Sempre abaixo no número de winners, curiosamente teve menos erros não forçados no derrotado primeiro set. Compreensivelmente, teve apenas duas bolas vencedoras no 6/1. No geral, Azarenka teve mais êxito no jogo à rede. Serena, nos sets vitoriosos, foi bem superior nos pontos conquistados com o primeiro serviço.

Depois de Nova York

A novidade é que Serena não ignorará o torneio mais importante da gira asiática, o Premier Mandatory de Pequim. Azarenka defende o título, mas mesmo que perca na estreia, não sairá do segundo posto. Sharapova objetiva disputar só o Championships, em Istambul. Momento propício para Aga Radwanska e Na Li mostrarem trabalho? Wozniacki defende muitos pontos até o fim da temporada, então terá que agir também, caso queira ficar no top 10. Jankovic, provando que pode continuar nesse grupo, tem chance de se classificar para Istambul. Nomes que flutuam ao redor, como Kerber, Kvitova e Vinci, não inspiram tanta confiança.

Tóquio perderá um torneio de tênis profissional, mas ganhou uma Olimpíada. A WTA, em sua gana de levar torneios para a Ásia, concentrou muitos na China. Wuhan, cidade natal de Na Li, ocupará a data da capital japonesa em 2014. Fizeram até uma brincadeira no Tennis Forum, inserindo ficticiamente novas cidades chinesas no calendário, mas não guardei o link.

Ranking em 13 de setembro

Saíram do top 100: Govortosva (BLR), Hradecka (CZE), Puchkova (RUS), Arruabarrena (ESP), Arvidsson (SWE), Burdette (USA) e Pfizenmaier (GER);

Entraram no top 100: Torro-Flor (ESP), McHale (USA), Larcher de Brito (POR), Nara (JPN), Schmiedlova (SVK), Glushko (ISR) e Giorgi (ITA);

Subidas expressivas: Hantuchova + 18 (48 -> 30), Pennetta +52 (83 -> 31), Mattek-Sands +7 (53 -> 46), Riske +24 (81 -> 57), Scheepers +10 (85 -> 75), Nara +31 (109 -> 78), Giorgi +57 (136 -> 79), McHale +30 (114 -> 84), Torro-Flor +17 (103 -> 86), Schmiedlova +17 (105 -> 88), Larcher de Brito +19 (98 -> 117), Glushko +29 (128 -> 99);

Descidas expressivas: Lepchenko (USA) -9 (35 -> 44), Safarova -7 (41 -> 48), Oprandi -8 (47 -> 55), Dominguez Lino -7 (52 -> 59), Morita -9 (51 -> 60), Wickmayer -8 (57 -> 65), Bertens -9 (67 -> 76), Begu -7 (74 -> 81), Soler Espinosa -16 (69 -> 85), Cepelova -7 (86 -> 93), Pironkova -31 (66 -> 97).

domingo, 8 de setembro de 2013

US Open 2013: segunda semana (1/2)

Oitavas de final

A promessa de “jogaço” entre Serena e Sloane Stephens não foi cumprida. A jovem jogadora, que perdeu em dois sets, lutou por longos games para não ser quebrada. Na situação inversa, Serena foi quebrada apenas uma vez, e nunca esteve atrás no placar, sacando com facilidade.

Muitas quebras tiveram Suarez Navarro x Kerber: quatorze. A ex-semifinalista do US Open mostra que está no mesmo nível da espanhola, e isso não é um elogio. Nas três horas de jogo, o primeiro set só foi decidido no final. Na sequência, a alemã perdeu o rumo, chegando a tomar 5/0.  O terceiro terminou no tiebreak, com três minibreaks sofridos pela ainda top 10.

Aga Radwanska abriu 4/0, mas tirou a cabeça do jogo, perdendo os oito games seguintes. Parecia desanimada. Quando tentou reagir, era tarde demais. Makarova quebrou de zero no sétimo game e, também de zero, confirmou o saque e a vitória.

Virtualmente no top 10, Jankovic sofreu a maldição de recém-entrar nele. Dois dos três games conquistados no jogo todo foram quebras, é verdade, mas a sérvia não estava com vontade de jogar. Muitos love games foram arranjados por Li, num duelo sofrível.

Giorgi, com alguns fãs fiéis, parou na regular Vinci por um placar largo. Uma decepção, depois de eliminar Wozniacki. Hantuchova completa o caminho dos sonhos ao bater duas qualifiers e duas convidadas, cortesia de Stosur e Kvitova, que caíram antes. A eslovaca precisou de três sets para bater Alison Riske. Houve muita comoção no Twitter, parecendo que a americana iria eliminar a experiente adversária. Mentira: Daniela apenas esticou o jogo, visto que nos sets vencidos não teve dificuldades.

Simona Halep, que tem um ótimo ano, com conquistas menores em todos os pisos, demorou para jogar. O 2/6, sofrido em vinte e sete minutos, foi estranho. No segundo set, ela não só reverteu uma quebra, como ficou outra a frente. Teve um set point, mas não confirmou. Mais quebras até o tiebreak, quando Flavia Pennetta conquistou todos os minibreaks possíveis. Dois sets a zero.

A chuva adiou o último jogo para terça, quando as quartas de final iriam começar. Ruim para a vencedora, que não teria um dia de folga, e para o chamativo duelo, que lidou com um fraco público diurno. Azarenka voltou a jogar mal, e pegou uma Ivanovic inspirada. O primeiro set irritou em um lado e surpreendeu no outro. Só que a sérvia não teve força mental para manter o desempenho. Vika ganhou na marra, com poucos winners, mas menos erros.

Quartas de final

Makarova jogou de igual para igual contra a número 1 da China. No começo, muitos breaks e poucas quebras; o primeiro set terminou tranquilo para a chinesa. No segundo, as quebras se intensificaram, mas a russa ganhou dois games com o bom saque. No tiebreak, boa virada, depois de dois set points. Ekaterina se cansou na última parcial, quando Li quebrou duas vezes na segunda metade.

Outra bicicleta rolou na Arthur Ashe. Desta vez, numa quarta de final. A “vilã” foi Serena Williams. Suarez Navarro foi conseguir dois break points no penúltimo game. Foi o momento mais animado do confronto.

O quarto duelo entre italianas neste US Open começou indefinido, com muitas quebras. Pennetta foi a última a fazê-lo no nono game, obtendo a vantagem e sacando para o set. Depois de três pontos decisivos, conquistou o êxito parcial. O segundo set foi estranho: Flavia abriu 4/0. Depois, duas confirmações de zero. Sem pneu, mas com breadstick, Vinci foi eliminada depois de ter batido duas compatriotas em simples (Knapp e Giorgi) e ainda passado por Pennetta, no dia anterior, em duplas.

Azarenka parece que quer repetir a estratégia de Cincinnati: jogar mal até a final, quando surpreende e vence Serena. Por enquanto, está conseguindo. Contra Hantuchova, foram quatro love games em quatro quebras; duas para cada lado. A bielorrussa nunca ficou atrás no primeiro set, enquanto que no segundo abriu tomando 0/2, mas logo virou. Sacando mal, ela fez questão de alongar irritantemente a partida, com quase o mesmo número de erros e menos winners que a adversária.

Semifinais

Flavia Pennetta estava descalibrada, e essa foi a sorte de Azarenka. Treze quebras no total. A bielorrussa sofreu para fechar a primeira parcial, depois de seis set points. Se fosse a jogadora de outrora, ainda número 1, passaria à final com um placar elástico. Ao contrário do anterior, o set final colocou a loira em vantagem, com 4/1. Depois, foi só administrar as quebras (que coisa) e resolver confirmar no último game, após três match points.

Na Li começou mal e, em trinta em um minutos, ganhou um pneu de Serena Williams. Bem que lutou por dois games, sem obter êxitos. No segundo set, confirmou de zero e obteve uma quebra, chegando a um otimista 2/2. Mas não deu. A última prova de resistência foi quando sacava para permanecer no duelo, salvando seis match points. Levou o game, mas Serena definiu quando servia.

O torneio até aqui

Penso que vi mais jogos ruins do que bons, com cabeça de chave 1 atropelando e a 2 maltratando a bolinha, mas, mesmo assim, vencendo. Farão a final. Difícil acreditar num bom jogo e, muito menos, que Azarenka levante a taça.

Das outras jogadoras, apesar de ter tomado sufoco de McHale, Ivanovic tirou um set de uma top 10. Não vence uma (acho que, na verdade, a estatística é contra top 15) há muito tempo. O desempenho inicial na eliminação é um alento. Makarova foi vibrante, eliminando nomes como Lisicki e Aga Radwanska, além de fazer frente a Li. Segunda quarta de final em Slam no ano.

Decepcionaram Jankovic, Wozniacki (não tinha uma chave tão difícil) e Kirilenko. A russa parece estar machucada, mas deveria ter abandonado quando foi melancolicamente eliminada. Kvitova teve mesmo caminho. Estava com algum vírus, não sendo a primeira vez que isso acontecia. Será sua saúde um obstáculo instransponível ou seu médico é muito incompetente? Enquanto isso, o vexame de Stosur na primeira fase é mais um na conta dela, que tem muita estrada e poucos títulos.

Simona Halep talvez estivesse cansada, pois jogou New Haven até dois dias antes da estreia em Nova York. Quase perdeu nesta. Chegar nas oitavas foi uma vitória perante as circunstâncias.  No cercadinho das italianas, Giorgi teve sua glória de uma noite, mas visto que já surpreendeu em outros carnavais, deveria ter jogado mais contra Vinci. Pennetta teve certas facilidades no caminho, mas o que importa é a semifinal inédita e a subida meteórica no ranking.

Duplas

As irmãs Williams pareciam arrasadoras após eliminarem Errani e Vinci, atuais campeãs e primeiras no ranking. Serena jogou duas semifinais seguidas e, nas duplas, não mostrou a mesma invulnerabilidade. Perderam para as Hlavackova e Hradecka, outrora número dois do mundo.

As tchecas tiveram um ano bem irregular. Caíram muito e ganharam apenas um International. A final foi oportuna, contra duas jogadoras – Barty e Dellacqua - que têm dois vices em Slam, mas ainda sem título. O primeiro set foi parelho, só definido no tiebreak. Neste, depois de 4-1, as europeias empataram, mas deixaram as adversárias completarem os sete pontos. Mas a superioridade surgiu no outro set, com um sonoro 6/1, incluindo pneu moral. A parcial final se equilibrou na primeira metade, com quebras definidoras na sequência. As australianas lutaram, mas cederam depois de dois breaks. Andrea Hlavackova sacou e, de zero, ajudou a conquistar o segundo título – junto com Hradecka (o primeiro foi Roland Garros 2011), e deste US Open (levou as mistas com Max Mirnyi). Nada mal para um ano “perdido”.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

US Open 2013: primeira semana

Chave de simples

O US Open 2013 começou sem Maria Sharapova, lesionada, e stream oficial via Ultrasurf, para não americanos. O maior “choque”, com a desistência da russa, foi ter Sara Errani como seed 4 – privilégio devidamente desperdiçado. O site oficial do torneio (que é .org, e não .com, referente do torneio de golfe) finalmente bloqueou as gambiarras do ano passado. Nem no qualifying, que tinha transmissão gratuita anteriormente, funcionou. Uma pena para os espectadores de fora.

A chuva caiu quarta-feira e, depois da primeira faixa de jogos, suspendeu todos os outros até a sessão noturna. Esta, na Arthur Ashe, teve uma seleção fraca em seis dias. Wozniacki foi escalada DUAS vezes. Serena, duas, e Azarenka, uma. Estas tiveram vitórias fáceis, ajudando os próximos a entrar em quadra ou encerrando mais cedo o expediente. Na quarta-feira, colocaram Stephens, que ainda não é uma estrela, contra a sempre horrível Urszula Radwanska.

Seção 1

A primeira e última venceram seus três jogos. Na segunda partida, Shvedova parecia ameaçar Serena, mas logo ficou para trás. Stephens tomou um susto na estreia, quase perdendo para a luxemburguesa Mandy Minella, que nunca teve resultados expressivos. Seria uma zebra que confirmaria a irregularidade da jovem norte-americana. Mladenovic fez um placar bem WTA contra Medina Garrigues, alternando 6/1 em três sets. Na partida seguinte, a francesa sentia dores na coxa, e fez um sacrifício para não perder por uma margem muito grande. Jamie Hampton, outra promessa da casa, perdeu muito fácil para Stephens na terceira fase.

Seção 2

O último torneio de Wimbledon foi tão bizarro que aposentou sua campeã, afastou de boas campanhas nas competições seguintes a vice e eliminou Flipkens, uma das semifinalistas, na primeira fase de Nova York. Quem cometeu o crime foi Venus Williams, o que não é problema. Mas foi por sonoros 6/1 e 6/2. A veterana viria a perder num duro jogo contra Zheng, na sequência. Suarez Navarro eliminou esta depois de derrubar duas americanas. Uma delas foi Lauren Davis, com duplo 6/0. Angelique Kerber surpreendentemente não decepcionou ao passar por desafios razoável, como Bouchard e Kanepi, mas perdeu um set para a canadense.

Seção 3

Pavlyuchenkova bateu duas adversárias menores, mas nunca se sabe. Caiu em sets diretos para Aga Radwanska, fazendo a obrigação. Makarova e Lisicki fizeram um jogo equilibrado na terceira fase. A alemã quase reagiu no segundo set, mas foi quebrada, pela segunda vez, perto do fim.

Seção 4

Puig não seguiu o embalo dos últimos Grand Slam, e caiu para a recém-recuperada Kleybanova. Cirstea foi pior, perdendo da desconhecida japonesa Kurumi Nara. Caroline Garcia demorou para reagir contra Robson, que perdeu de Na Li no terceiro jogo. Foi a vingança da chinesa, que sofreu o revés da britânica no ano passado. Jankovic teve mais trabalho justamente contra Nara (suas duas vitórias não foram coincidência?) do que com Keys e Kleybanova.

Seção 5

Wozniacki venceu duas partidas “obrigatórias” até ser eliminada por Camila Giorgi, pequena surpresa de outros carnavais. Fazendo poucos winners (para variar), viu a italiana virar num jogo longo e paciente. Dois duelos de mesmo país aconteceram: Vinci bateu Knapp na terceira fase, enquanto Scheepers despachou Simmonds, que debuta em Grand Slam, na primeira. 

Seção 6

Incrível ver como Kirilenko chegou até a terceira fase. Perdeu jogando muito mal contra Halep, tomando breadstick e pneu. Oportunidade perdida por Larcher de Brito na segunda fase, quando foi arrasada pela russa. Halep teve uma crise de consciência contra Watson na estreia, mas avançou em três sets. Kuznetsova sofreu contra Peng, mas só foi perder na sequência, de Flavia Pennetta, que passou anteriormente, com ampla vantagem, por Sara Errani. Esta, na estreia, aplicou uma das bicicletas do torneio na lucky loser Olivia Rogowska.

Seção 7

Kvitova, para variar, decepcionou. Quase perdeu de Misaki Doi na primeira fase. Tomou 6/3 e 6/0 da convidada Riske na terceira. Notícias mostram que ela estava doente. Um episódio recorrente em 2013. Desta vez, o resultado a tira finalmente no top 10. Na parte de baixo, as derrotas de Stosur e Petrova abriram o caminho das azaronas. A australiana, ex-campeã do torneio, perdeu absurdamente para a muito jovem Victoria Duval, que mesmo sendo eliminada no jogo seguinte, tem um êxito para emoldurar na parede do quarto. Hantuchova ficou perto da eliminação para a israelense Julia Glushko, mas virou na bacia das almas.

Seção 8

Depois da bicicleta em Pfizenmaier, Azarenka começou a se complicar antes do pneu não aplicado em Wozniak. Passou com resultado amplo, mas comeu o pão que o diabo amassou contra Cornet, assim como o fez em Roland Garros. Muitos erros deram o primeiro set para a francesa. Só que esta pisou no freio e deu a vitória para a seed 2. Cibulkova decepcionou por cair na estreia. Julia Goerges fez o mesmo, mas sem grande surpresa. “Patrocinou” a ascenção de Christina McHale, que não tinha bons resultados há tempos. Esta venceu com dificuldade a ucraniana Svitolina e quase eliminou Ivanovic em dois sets, tomando virada na hora H. Certamente, poderia fazer mais.

Oitavas de final

Doze cabeças de chave, uma qualifier e uma convidada.
Três norte-americanas, três italianas, duas sérvias, uma espanhola, alemã, polonesa, russa, chinesa, romena, eslovaca e bielorrussa.
Quatro campeãs de Grand Slam.

Cabeças de chave eliminadas

1ª fase
Dia 1, segunda-feira: Kirsten Flipkens [12] ;
Dia 2, terça-feira: Samantha Stosur [11], Dominika Cibulkova [17], Nadia Petrova [20], Magdalena Rybarikova [29], Klara Zakopalova [31].

2ª fase
Dia 4, quinta-feira: Sara Errani [4], Sorana Cirstea [19], Elena Vesnina [22], Mona Barthel [28].

3ª fase
Dia 5, sexta-feira: Sabine Lisicki [16], Jamie Hampton [23], Kaia Kanepi [25], Svetlana Kuznetsova [27];
Dia 6, sábado: Caroline Wozniacki [6], Petra Kvitova [7], Maria Kirilenko [14], Alize Cornet [26], Laura Robson [30], Anastasia Pavlyuchenkova [32].

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Wimbledon 2013: outfits (3/3)

Alternates


- Nesta seção, poucos casos. É, talvez, porque Mattek-Sands não passou da primeira fase. Será que ela conseguiria variar, sendo obrigada a usar branco como cor principal?

- Alison Riske: não tem fornecedora oficial. Trocou a camisola (estou falando da veste feminina para dormir, em português brasileiro; em Portugal, o significado é outro) da 1ª fase (ver seção 2) por esse vestido que parece estar no avesso;

- Andrea Petkovic: aquela coisa com mangas sem graça da Stella McCartney (seção 5) avançou para um conjunto elegante, que mostra os braços e não insere uma transparência muito aleatória;

- Victoria Azarenka: jogou a estreia com blusa. Com se sabe, abandonou depois. No terceiro quadro, o vestido que ela usou por baixo. É igual ao do Australian Open. Antes creme, agora é branco.

Wimbledon 2013: outfits (2/3)

METADE INFERIOR

Seção 5


Seção 6


Seção 7


Seção 8

Wimbledon 2013: outfits (1/3)

Pesquisar, pesquisar de novo e mais uma vez. Reunir os 128 outfits é um trabalho árduo. Desta vez, foi a festa do branco. Não sei se dá para enxergar direito na versão que fiz para o blog, mas, qualquer coisa, é só visitar meu Tumblr, que tem zoom.

Já fiz esta série para Roland Garros, como você pode ver aqui, aqui e aqui. Por isso, não farei introdução. Só um detalhe: algumas imagens parecem pálidas. Não há o que fazer, o problema é das fontes.

Desta vez, foram quatro tenistas sem imagem. Se encontrarem as faltantes (atenção para o ano do torneio, a busca pode ser traiçoeira), mandem-me, que as colocarei na montagem. E ficarei agradecido, claro.

Fontes: Zimbio, Google Imagens, Tennis Forum, Flickr, wimbledon.com, entre outros.

METADE SUPERIOR

Seção 1


Seção 2


Seção 3


Seção 4

Wimbledon 2013: final

Acordei neste sábado estranhando em não ter uma Serena, uma Maria ou uma Victoria disputando um dos quatro troféus mais importantes do circuito. Vi duas oponentes fora do top 10 (uma até já tinha estado nele), que não tinham ganho mais do que duas partidas seguidas na temporada. Lisicki quebrou essa escrita duas vezes, chegando a final de dois International, tomando um breadstick em cada e abandonando um deles por lesão.

Felizmente, a campanha no último ano define apenas a posição que a jogadora aparecerá no chaveamento e que nível de adversária enfrentará na estreia e nas fases seguintes. Sorteados os confrontos, está na mão das atletas. Pegar um caminho bom ou ruim é circunstancial. Que nem quando Sharapova ganhou Roland Garros e muitos criticaram a falta de desafios. Como diria aquele clichê de narração esportiva, “ela não tem nada a ver com isso”.

Lisicki teve dois jogos complicados (contra Serena e Aga) e um chato (contra Stosur). Bartoli não perdeu um set ou encontrou alguma das dez cabeças de chave. Mesmo assim, jogou mal uma vez, pelo menos, contra Stephens. A final era imprevisível.





Marion Bartoli d. Sabine Lisicki: 6/1 e 6/4

Não houve disputa na maior parte do tempo. A abertura, com uma quebra para cada lado, previa um jogo irregular, mas parelho. Mas a francesa se recompôs, e só ela. Confirmou duas vezes de zero e fez 6/1 com apenas quatro bolas vencedoras.

Sabine teve um primeiro serviço sofrível, que entrava pouco e pontuava menos ainda. Só foi conseguir a primeira confirmação no início do segundo set. Mas tornou a errar; tornou alguns games longos para não dar em nada. Lá pelo 3/1, com uma quebra atrás, a vaca parecia ter ido para o brejo. A alemã, que sempre sorri com os erros, reverteu para um início de choro. Em que situação ela estaria no final? E na cerimônia de premiação? A situação causava compaixão de uns e raiva de outros.

Restava esperar o inevitável. Aconteceu outra quebra e chegou o 5/1. De repente, o jogo da loirinha começou a encaixar. Salvou três match points e ganhou dois games seguidos. Era a luz no fim do túnel, mas ela estava muito longe. Marion precisava sair do automático, que estava bastando, e ser um pouquinho mais ativa. Funcionou: sacando pelo campeonato pela segunda vez, serviu maravilhosamente por três vezes seguidas e comemorou.

Imagens

Não havia mais cenas tão interessantes a se fotografar neste jogo. A comemoração foi razoável: Marion tinha feito coisa melhor na semifinal. Sabine, se tivesse vencido, não poderia ter sorrido mais do que já o fez anteriormente. O choro, conhecido tanto em sua carreira, por êxitos e fracassos, também não era novidade. Sobrou a parte mais convencional, que não foi tanto porque representou a união de dois elementos que nunca se pensaria em ver: Marion Bartoli e um troféu (bandeja, neste caso) de Grand Slam. PS: mesmo assim, inseri várias de fotos. Tem profissional que consegue ângulos ótimos, mesmo num evento não tão cheio de emoção.

Nervosismo e conveniência

A francesa se movimenta como louca antes de receber ou executar um saque. Sempre foi ridicularizada por isso. Agora, percebe-se que isso serve como tática para disfarçar o nervosismo, sendo superior psicologicamente à adversária. Se alemã fosse campeã, o sorriso seria o símbolo de escudo emocional. É conveniente para o momento, mas não se deve mudar a opinião só por causa disso. Marion poderá desestabilizar quem estiver disposta com seu espírito serelepe, mas o comportamento continuará a ser, no mínimo, estranho. Já Lisicki deveria ter cuidado dessa parte há muito tempo. Não é a primeira vez que ela perde uma decisão, jogando mal ou não, na grama de Wimbledon. Fê-lo no Grand Slam de duplas femininas, em 2011, e na decisão do bronze olímpico de mistas, no ano seguinte.

Futuro próximo

Será estranho observar parte do público mais interessado nos jogos ou pedindo que essas duas estejam na programação de quadras principais dos próximos torneios grandes. Especialmente Bartoli, a campeã. Quem acompanhou minimamente o jogo, não deve nutrir tanta expectativa para os próximos. Espero queimar a língua.

O direcionamento de holofotes para quem estava na sombra me faz pensar sobre a influência delas para a qualidade do jogo em seus países. As experientes batem cabeça em simples na Alemanha, enquanto que na vizinha, muitas passaram da validade. No primeiro grupo, Mona Barthel ganhou título em fevereiro, mas sumiu posteriormente. Se estivéssemos em 2012, eu ainda nutriria expectativas. No segundo, Alize Cornet conseguiu se recuperar e ganhar alguns títulos (menores, mas válidos). Mas não a vejo ir além disso.

Entre as novinhas, Dinah Pfizenmaier está tentando subir de nível de disputa, enquanto que Annika Beck está razoavelmente inserida em torneios da WTA, mas precisa de bons resultados. Ainda estão verdes. Na França, Caroline Garcia se insere numa situação intermediária das duas citadas anteriormente: ela já joga WTAs, mas falta permanecer mais em chaves principais. Tem conseguido furar muitos qualificatórios. Talvez seja uma questão de tempo para progredir. Quem possui mais chances de aproveitar da situação da premiada compatriota é Kristina Mladenovic, com bom desempenho, faltando “apenas” os resultados. Não à toa, esteve no setor reservado para convidados de jogadores torcendo por Bartoli. Vibrou e se imaginou ali, um dia, levantando a bandeja de prata.

No dia seguinte, Mladenovic realizou parte deste sonho, vencendo a final de mistas na quadra central. Em parceria com o canadense Daniel Nestor, salvou dois match points no terceiro set, para virar e levar a partida. Um dia antes, Su-wei Hsieh tornou-se a primeira taiwanesa a ganhar um Grand Slam: ao lado da chinesa Shuai Peng, passou facilmente por Casey Dellacqua e Ashleigh Barty, vice-campeãs do Australian Open.

Rankings

Em duplas, Hlavackova e Hradecka caíram um pouco mais. Dellacqua e Barty, com o bom desempenho na temporada, surgem no top 20. As campeãs, Hsieh e Peng, figuram na rabeira do top 10. Kops-Jones e Spears, as norte-americanas emergentes que apareceram do nada em 2012, faturando vários títulos e se classificando ao Championships, fazem temporada medíocre e descem seis posições, estando ambas na 17ª colocação.

Entre as simplistas, Bartoli voltou a furar o top 10, sendo a sétima (mesma posição na corrida para Istambul). Lisicki subiu apenas seis postos, sendo a 18ª. Quem saiu da chamada “elite” (top 8) foi Angelique Kerber, que agora é a nona. Kirilenko não está mais entre as dez, pois perdeu dois lugares. Stephens, com tanto oba-oba, só subiu uma casa. Ivanovic desceu cinco, enquanto que Cibulkova saiu das vinte.

Restante do top 100

Subidas expressivas: Kanepi +22, Robson +11, Ula Radwanska +6, Keys +7, Puig +16, Bouchard +10, Pironkova +15, Tsurenko +8, Petkovic +14, Erakovic +7, Date-Krumm +19, Knapp +32, Puchkova +12, Cadantu +7, Garcia +19, Dolonc +13, Duque-Mariño +23, Zahlavova-Strycova +22, Larcher de Brito +33, Pennetta +66.

Descidas expressivas: Hampton -6, Peng -8, Lepchenko -7, Oprandi -6, Goerges -7, Wickmayer -8, Schiavone -15, Shvedova -11, Bertens -7, Watson -12, Cepelova -14, Larsson -14, McHale -9, Govortsova -12, Arruabarrena -8, Medina Garriges -13.

Estagnação “expressiva”: Venus Williams (a mulher não jogou, defendia somente cinco pontos e permaneceu no mesmo 35º lugar, haha).

A seguir

O saibro italiano de Palermo contará com as duas melhores jogadoras da casa tentando recuperação (especialmente Errani). Em Budapeste, Safarova e Cornet encabeçam a lista de favoritas; Halep vem a seguir.

Depois de dois Grand Slam, quase que seguidos, quero descanso.

sábado, 6 de julho de 2013

Wimbledon 2013: semifinais

Após duas semanas de um torneio importante e longo, que depende muito do número de sets jogados e eventuais disputas paralelas (duplas e duplas mistas), é natural que as jogadoras estejam acabadas. Vence quem souber extrair a última força do corpo, mas também respeitando os limites.

Coincidência ou não, as derrotadas na penúltima fase de Wimbledon possuíam marcas da série de batalhas. Desde as quartas de final, Agnieszka Radwanska tinha as coxas quase que completamente enfaixadas. A partir da terceira fase, só pegou partidas de três sets. Kirsten Flipkens não tinha perdido uma parcial até então, mas tinha um joelho protegido desde o torneio anterior que disputou, pelo menos.



Marion Bartoli d. Kirsten Flipkens: 6/1 e 6/2

Um placar que surpreende por acontecer nesta fase, mas a verdade é que Marion foi muito superior. Com um jogo variado e agressivo, colocou a belga no bolso. O primeiro saque dominou. Melhor que isso, só o jogo à rede: de onze approaches, onze pontos. E ainda rolou um pneu moral. Ao fim, uma comemoração estranha, em que Marion se ajoelha e cai para trás. Ela não ganha, ela atropela. Ela é top 10, é capa de jornal (ao lado).


Sabine Lisicki d. Agnieszka Radwanska: 6/4, 2/6 e 9/7

Os deuses do tênis resolveram compensar a facilidade em assistir ao jogo anterior, bem acertado para um lado, com este, longo e irritante. No primeiro set, Radwanska não se esforçou, só empurrou a bolinha. Sua adversária esteve muito acima em winners, mas também cometeu bem mais erros não forçados, que de preocupação, tornaram-se atormento nos sets seguintes.

A segunda parcial chegou e, com ela, o mau jogo. Dos oito games disputados, apenas dois – de Radwanska – foram confirmados. O índice de pontos no saque de Lisicki caiu bruscamente. Nada mais funcionava. O 6/2 era desolador, e o inferno continuaria.

A polonesa melhorou um pouco no set final. Era o suficiente para superar a vacilante alemã. Os 3/0 abertos detonavam a esperança de uma virada, mas Lisicki surpreendentemente reverteu, assim como contra Serena Williams. O jogo à rede foi a principal ferramenta. Sacar para o jogo foi um privilégio que apenas a cabeça de chave 23 teve, e duas vezes. Uma sequência infeliz de jogadas a fez perder a primeira chance, levando a disputa para as alternadas. Nestas, só ela chegou a breaks. Depois de quebrar e fazer 8/7, atingiu o primeiro match point. Só precisou de outro para conquistar a marca inédita.

Foi um jogo cheio de emoção no final, mas no geral, o mau tênis imperou.