terça-feira, 23 de outubro de 2012

WTA Championships 2012

SIMPLES
 
1
Victoria Azarenka
Nasceu em Minsk (BLR), em 31/07/1989. Mora em Monte Carlo (Mônaco).
Mede 1,83 m e pesa 66 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Nike Women's Holiday Graphic Knit, calça Nike Lunar Speed 3 e usa raquete Wilson BLX Juice 100.
É treinada por Sam Sumyk.
Em 2012, ganhou Sydney, o Australian Open, Doha, Indian Wells, Pequim e Linz. Foi bronze nos Jogos Olímpicos.
E mais: ainda nos Jogos Olímpicos, foi ouro em duplas mistas com Max Mirnyi.
Classificou-se para o torneio em 6 de setembro.

Uau, Vika!: Azarenka d. Clijsters, 6/4, 1/6 e 6/3, SF, Australian Open.
Que isso, Vika?: Cibulkova d. Azarenka, 6/2, 7/6 (4), 4R, Roland Garros.

2
Maria Sharapova
Nasceu em Nyagan (RUS), em 19/04/1987. Mora em Bradenton, Flórida (EUA).
Mede 1,88 m e pesa 59 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Nike Women's Winter Maria Back Court, calça Nike Lunar Speed 3 e usa raquete Head YOUTEK IG Instinct.
É treinada por Thomas Högstedt.
Em 2012, ganhou Stuttgart, Roma e Roland Garros. Foi prata nos Jogos Olímpicos.
Classificou-se para o torneio em 6 de setembro.

Uau, Maria!: Sharapova d. Stosur, 6/7(5), 7/6(5), 7/5, QF, Stuttgart.
Que isso, Maria?: Azarenka d. Sharapova, 6/3, 6/0, F, Australian Open.

3
Serena Williams
Nasceu em Saginaw, Michigan (EUA), em 26/09/1981. Mora em Palm Beach Gardens, Flórida (EUA).
Mede 1,75 m e pesa 70 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Nike Women's Thunder Statement, calça Nike Air Max Mirabella 3 e usa raquete Wilson BLX Blade Team.
É treinada por Patrick Mouratoglou.
Em 2012, ganhou Charleston, Madri, Wimbledon, Stanford e o US Open. Foi ouro nos Jogos Olímpicos.
E mais: em duplas, com Venus Williams, venceu Wimbledon e foi ouro nos Jogos Olímpicos.
Classificou-se para o torneio em 10 de setembro.

Uau, Serena!: Williams d. Azarenka, 6/1, 6/2, SF, Wimbledon.
Que isso, Serena?: Razzano d. Williams, 4/6, 7/6(5), 6/3, 1R, Roland Garros.

4
Agnieszka Radwanska
Nasceu em Cracóvia (POL), em 06/03/1989. Mora na mesma cidade.
Mede 1,72 m e pesa 56 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Lotto [modelo não encontrado], calça Lotto Raptor Ultra 3 e usa raquete Babolat Pure Drive Lite.
É treinada por Tomasz Wiktorowski.
Em 2012, ganhou Dubai, Miami e Bruxelas.
Classificou-se para o torneio em 24 de setembro.

Uau, Aga!: Radwanska d. Sharapova, 7/5, 6/4, F, Miami.
Que isso, Aga?: Vinci d. Radwanska, 6/1, 6/4, 4R, US Open.

5
Angelique Kerber
Nasceu em Kiel (ALE), em 18/01/1988. Mora em Bremen (ALE).
Mede 1,73 m e pesa 68 kg. É canhota; o backhand é ambidestro.
Veste adidas Women’s Fall adizero, calça adidas barricade 7.0 e usa raquete Yonex VCORE 100 S.
É treinada por Torben Beltz.
Em 2012, ganhou Paris e Copenhague.
Classificou-se para o torneio em 4 de outubro.

Uau, Angie!: Kerber d. Bartoli, 7/6 (3), 5/7, 6/3, F, Paris.
Que isso, Angie?: Radwanska d. Kerber, 6/3, 6/4, SF, Wimbledon.

6
Petra Kvitova
Nasceu em Bilovec (CZE), em 08/03/1990. Mora em Fulnek (CZE).
Mede 1,82 m e pesa 70 kg. É canhota; o backhand é ambidestro.
Veste Nike Women’s Holiday Graphic Knit, calça Nike Zoom Breathe 2K12 e usa raquete Wilson BLX Steam 100.
É treinada por David Kotyza.
Em 2012, ganhou Montreal e New Haven.
E mais: ganhou a Hopman Cup, com Tomas Berdych.
Classificou-se para o torneio em 4 de outubro.

Uau, Petra!: Williams d. Kvitova, 6/3, 7/5, 4R, Wimbledon.
Que isso, Petra?: McHale d. Kvitova, 4/6, 6/4, 6/0, 2R, Indian Wells.

7
Sara Errani
Nasceu em Bologna (ITA), em 29/04/1987. Mora na mesma cidade.
Mede 1,64 m e pesa 60 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Nike Women’s Holiday Graphic Knit, calça Nike Zoom Breathe 2K12 e usa raquete Babolat Pure Drive Plus 2012.
É treinada por Pablo Lozano.
Em 2012, ganhou Acapulco, Barcelona, Budapeste e Palermo.
E mais: em duplas, com Roberta Vinci, ganhou Monterrey, Acapulco, Barcelona, Madri, Roma, Roland Garros, ‘s-Hertogenbosch e o US Open.
Classificou-se para o torneio em 4 de outubro.

Uau, Sara!: Errani d. Stosur, 5/7, 6/1, 6/3, SF, Roland Garros.
Que isso, Sara?: Shvedova d. Errani, 6/0, 6/4, 3R, Wimbledon.

8
Na Li
Nasceu em Wuhan (CHN), em 26/02/1982. Mora na mesma cidade.
Mede 1,72 m e pesa 65 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Nike Women’s Thunder Graphic Knit, calça Nike Max Breathe Free II e usa raquete Babolat Pure Drive.
É treinada por Carlos Rodriguez.
Em 2012, ganhou Cincinnati.
Classificou-se para o torneio em 5 de outubro.

Uau, Madame Li!: Li d. Radwanska, 6/4, 6/2, QF, Pequim.
Que isso, Madame Li?: Clijsters d. Li, 4/6, 7/6(6), 6/4, 4R, Australian Open.

9 (ALT #1)
Samantha Stosur
Nasceu em Brisbane (AUS), em 30/03/1984. Mora em Gold Coast (AUS).
Mede 1,72 e pesa 65 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Asics [modelo não encontrado], calça Asis Gel Resolution 4 e usa raquete Babolat Pure Storm GT.
É treinada por David Taylor.
Classificou-se para o torneio em 24 de outubro, como alternate 1, depois da desistência de Petra Kvitova.

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DUPLAS

1
Roberta Vinci
Nasceu em Taranto (ITA), em 18/02/1983. Mora na mesma cidade.
Mede 1,63 m e pesa 60 kg. É destra; o backhand é de uma mão.
Veste Nike Women’s Holiday Graphic Knit, calça Nike Lunar Speed 3 e usa raquete Head YOUTEK IG Extreme Pro 2.0.
É treinada por Francesco Cina.
Em 2012, ganhou, com Sara Errani, Monterrey, Acapulco, Barcelona, Madri, Roland Garros, ‘s-Hertogenbosch e o US Open.
E mais: em simples, ganhou Dallas.

Sara Errani: ver acima

Errani e Vinci classificaram-se para o torneio em 6 de setembro.

2
Andrea Hlavackova
Nasceu em Plzen (CZE), em 10/08/1986. Mora na mesma cidade.
Mede 1,74 m e pesa 62 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Nike Women’s Winter Maria Back Court, calça Nike Zoom Breathe 2K12 e usa raquete Yonex RQiS2 Tour.
É treinada por Diego Dinomo [imagem não encontrada].
Em 2012, ganhou, com Lucie Hradecka, Auckland, Memphis, Cincinnati e o ITF de Midland; foi prata nos Jogos Olímpicos.

Lucie Hradecka
Nasceu em Praga (CZE), em 21/05/1985. Mora na mesma cidade.
Mede 1,77 m e pesa 72 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Nike Women’s Holiday Strappy Knit, calça Nike Zoom Breathe 2K12 e usa raquete Wilson BLX Tour.
É treinada por Jiri Fencl.
Em 2012, ganhou, com Andrea Hlavackova, Auckland, Memphis, Cincinnati e o ITF de Midland; foi prata nos Jogos Olímpicos.

Hlavackova e Hradecka classificaram-se para o torneio em 10 de setembro.

3
Liezel Huber
Nasceu em Durban (RSA), em 21/08/1976. Mora em Houston, Texas (EUA).
Mede 1,80 m e pesa 72 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste K-Swiss [modelo não encontrado], calça K-Swiss Defier miSoul e usa raquete Volkl Power Bridge 8.
É treinada por Tony Huber (marido).
Em 2012, ganhou, com Lisa Raymond, Paris, Doha, Dubai, Indian Wells e New Haven.

Lisa Raymond
Nasceu em Norristown, Pensilvânia (EUA), em 10/08/1973. Mora em Wayne, Pensilvânia (EUA).
Mede 1,65 m e pesa 55 kg. É destra; o backhand é de uma mão.
Veste Eliza Audley [modelo não encontrado], calça Prince Rebel 2 e usa raquete Prince O3 Hybrid Tour.
É treinada por Raj Chaudhuri.
Em 2012, ganhou, com Liezel Huber, Paris, Doha, Dubai, Indian Wells e New Haven.
E mais: em duplas mistas, venceu Wimbledon e foi bronze nos Jogos Olímpicos, ambos com Mike Bryan.

Huber e Raymond classificaram-se para o torneio em 10 de setembro.

4
Nadia Petrova
Nasceu em Moscou (RUS), em 08/06/1982. Mora em Miami, Flórida (EUA).
Mede 1,78 m e pesa 70 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste Fila [modelo não encontrado], calça Babolat SFX e usa raquete Babolat Pure Storm GT.
É treinada por Ricardo Sanchez.
Em 2012, ganhou, com Maria Kirilenko, Miami.
E mais: em simples, ganhou ‘s-Hertogenbosch e Tóquio; foi bronze nos Jogos Olímpicos.

Maria Kirilenko
Nasceu em Moscou (RUS), em 25/01/1987. Mora na mesma cidade.
Mede 1,74 m e pesa 60 kg. É destra; o backhand é ambidestro.
Veste adidas Women’s Fall adipure, calça adidas barricade 7.0 e usa raquete Yonex EZONE Xi.
É treinada por Yuri Kirilenko (pai).
Em 2012, ganhou, com Nadia Petrova, Miami; foi bronze nos Jogos Olímpicos.

Kirilenko e Petrova classificaram-se para o torneio em 20 de outubro.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

US Open 2012: final

As expectativas eram baixas. Serena Williams teve seis jogos fáceis, sem sustos. Victoria Azarenka travou duas batalhas nas duas últimas fases. O H2H não era favorável. Havia a mínima esperança de rolar o segundo Maracanazo seguido na Arthur Ashe, com a bielorrussa encarnando Samantha Stosur. Surgiu uma brecha para tal acontecimento, mas não se confirmou. Foi por pouco.

O primeiro set teve muito a cara da Serena de ultimamente, com confirmação e quebra de serviço, logo de cara. Já estava pensando no que fazer quando o jogo acabasse, em uma hora, aproximadamente. Contudo, qualquer ponto da Vika dava para considerar como pequena vitória. Ela confirmou duas vezes, evitou um possível pneu e ficou tudo “aceitável”, apesar de Serena conquistar bem mais winners (16 a 2 para a norte-americana).

No segundo set, a coisa mudou de figura. Serena começou a falhar em pontos importantes e Azarenka quebrou pela primeira vez. De novo, o torcedor consciente já se empolgava com tamanha conquista. Mas aí veio outra quebra (sem ser quebrada de volta) e um novo 6/2, só que pro lado da número 1 do mundo, se desenhou. O sonho de ganhar o US Open tinha tomado forma. Vika cresceu, enquanto o jogo da Serena não funcionava. Ruim para o tênis, ótimo para a loira.

O set final veio e Serena ainda não tinha voltado à segurança habitual. Até o momento decisivo, Vika tinha conseguido duas quebras, sendo uma revertida pela norte-americana. Desperdiçou mais chances de aumentar a vantagem até o game em que sacava para o título. No game anterior, em que Serena poderia ser quebrada pela última vez, a americana foi com tudo e mostrou que estava definitivamente de volta. Pode-se levantar a possibilidade de “tremida” de Azarenka, a um game da vitória (foram três erros não forçados neste momento), mas isso é subjetivo. Eis a quebra e o empate: 5/5. No novo game de serviço, Serena foi Serena. No último game, de oito minutos, foi ponto a ponto, até Azarenka errar nos decisivos. Game, set, match e quarto título de US Open para a dona da casa.

Foi uma derrota dolorosa. Mais do que seria se fosse um atropelo. O título estava tão perto, mas pela adversária, tão longe também, mesmo faltando um game. Serena desabou em quadra para comemorar. Depois dos cumprimentos de praxe, Victoria jogou a toalha na cabeça, à lá Zvonareva, e chorou, à lá Radwanska (em Wimbledon). Que a derrota a faça amadurecer, e não cair de rendimento. Como na WTA o fator psicológico pode decidir demais uma partida, nunca se sabe.

Jogão no último set e elogiável para a bielorrussa, que tem a gira asiática e um pulo na Europa, terminando em Istambul, para se segurar no topo. Será que ela consegue?

US Open 2012: 3R às semifinais

Terceira fase

Jie Zheng, número 23 do ranking, não foi páreo para Azarenka. Conquistou apenas um game, assim como a fraca Panova, na primeira fase, contra a bielorrussa. Mandy Minella é linda, mas nem faz cócegas em Grand Slam. Nunca passou de estreias, com exceção de Nova York, onde chegou até esta fase em 2010. Tinha boa chance de quebrar a própria marca, mas terminou tomando pneu de Anna Tatishvili.

Na Li, acomodada e não inspirando confiança, teve o que mereceu, perdendo em três sets para Laura Robson, a algoz de Kim Clijsters. Era possível esperar outra coisa boa da britânica; foi o que aconteceu. Lepchenko, em ascensão no ranking, perdeu de Samantha Stosur, defensora do título, mas saiu de cabeça erguida.

Na seção 4 estiveram três francesas, com apenas uma avançou: Marion Bartoli. Kvitova teve alguma dificuldade contra Parmentier, mas fez seu papel. Na 5, dois jogos dramáticos e também um tanto entediantes: Pironkova demorou pra fechar e só venceu Soler Espinosa na terceira parcial. Stephens foi valente, superando Ivanovic no primeiro tiebreak, mas depois caiu de produção.

Esperava-se que Makarova conseguisse uma nova façanha contra Serena Williams em Grand Slam, mas a norte-americana estava ligada. Quem decepcionou foi Kirilenko, caindo para a duplista Hlavackova. Vinci trollou a baixinha Cibulkova e Radwanska empurrou Jankovic no buraco, num placar não tão elástico.

Oitavas de final
Azarenka meteu duplo 6/2 em Tatishvilli, mas o placar engana, pois a georgiana errou pouco e deu trabalho à número 1. Stosur não estava tão afiada e tornou dramática a partida contra Robson, com direito a games longos; passou. Sharapova, depois de um 6/1 inicial, tomou um susto da compatriota Nadia Petrova, mas a chuva a ajudou, esfriando o jogo depois da interrupção.

Kvitova, com pouca torcida em Flushing Meadows, parecia que trucidaria Bartoli. Com um empurrãozinho do público e inversão de desempenhos em quadra, Bartoli renasceu, metendo um humilhante pneu na insossa tcheca. Pironkova finalmente lembrou que não jogava na grama, com Ivanovic passando o carro.

Para Hlavackova, três vitórias eram boas demais para ser verdade. Encontrou Serena e ganhou uma bela bicicleta. Infelizmente, com o resultado, repercutiu uma declaração machista de um tenista da ATP nas redes sociais. Na sequência, Kerber teve suas fraquezas expostas contra Errani, que passou em dois sets. Roberta Vinci foi mais surpreendente, num placar razoavelmente desproporcional contra a até então número 2 do mundo, Agnieszka Radwanska.

Quartas de final
Quatro jogos, duas realidades para cada metade da tabela. Ivanovic até jogou bem, conquistando quatro games, mas Serena não se abalou. Em outro duelo de duplistas na chave de simples, Errani mostrou ser melhor que Vinci. Elas são a atual cara do tênis italiano, enquanto Pennetta e Schiavone estão por baixo.

Na parte de cima, duas batalhas. Stosur, freguesa de Vika, finalmente conquistou um set, depois de seis jogos no head-to-head. O set final foi para o tiebreak e qualquer uma poderia ganhar. Deu a cabeça de chave 1. A seguir, Bartoli abriu 4/0 contra Sharapova, mas a chuva novamente apareceu. As moças continuaram no dia seguinte, mas o nível técnico estava baixo. Só melhorou no terceiro set, quando Maria carimbou sua passagem para a penúltima fase.




Semifinais
Um duelo tenso entre Maria e Vika. Infelizmente, a bolinha sofreu nos dois primeiros sets, vencendo quem errava menos. Assim como no último jogo da Bartoli, o público só viu seu ingresso valer no set final. Apesar dos pesares, foi o jogo mais equilibrado entre as duas – o quarto – no ano.

Na outra semi, Serena confirmou o favoritismo com 6/1 e 6/2. Errani deve ter se conformado por chegar tão longe em simples. Uma consolação que ainda lhe reservaria uma surpresa.

Outras considerações

A chuva só foi atrapalhar verdadeiramente o torneio nas fases finais. Maria Sharapova, pode-se dizer, saiu beneficiada. Seguiu a estatística de que, com chuva, ela vence. A exemplo da final em Roma. Só uma sequência é que foi quebrada: a de não perder jogos de três sets em 2012. Também, alguém teria que ceder, já que Vika tinha a mesma invencibilidade.

A conquista nas duplas mistas por Bruno Soares e Ekaterina Makarova parece ter sido obra do destino. O brasileiro jogaria com Jarmila Gajdosova, mas esta não atendia os requisitos do torneio, não podendo participar. Makarova estava de bobeira e, já tendo jogado com Soares, aceitou a parceria. A chave era difícil, com os Bryan e Lisa Raymond. Passaram por eles, com direito à definitiva aposentaria de Kim Clijsters, num emocionante jogo na quadra 17. Apesar do jogo ir até o match tiebreak, sendo vencido por 12 a 10, a dupla campeã foi superior. Poderia ter vencido mais cedo, mais desperdiçou muitas oportunidades.

domingo, 2 de setembro de 2012

US Open 2012: 1R e 2R


Com o gostinho de Olimpíadas ainda na boca, o último Grand Slam do ano chegou rapidamente. Os torneios entre eles – alguns bem importantes – não contaram com Sharapova e Azarenka, que até tentaram jogar, mas abdicaram pelo cansaço. As três semanas serviram para reerguer dois nomes – Kvitova e Li, que conquistaram, somadas, três títulos.

Nova York teve algumas desistências importantes: Kaia Kanepi, que vinha fazendo um bom ano, com dois títulos e o top 20 na conta, também ausente em Wimbledon. Flavia Pennetta, lesionada no pulso, passará por cirurgia e só volta em 2013. As russas Vera Zvonareva e Svetlana Kuznetsova, descendo no ranking (especialmente a segunda), são outras que rodaram.

Observando o chaveamento, percebe-se uma divisão bem desigual. A maioria das favoritas está na metade de cima, com Azarenka (atual número 1), Li (campeã de Cincinnati), Clijsters (tricampeã do US Open), Stosur (última campeã), Sharapova (medalha de prata em Londres e com Career Slam recém-conquistado) e Kvitova (vencedora do US Open Series). Na de baixo, o perigo maior está por conta apenas de Serena Williams, Kerber e Agnieszka Radwanska. Para a primeira, a melhor jogadora da WTA atualmente, a distância das melhores ranqueadas até uma possível semifinal é boa, mas também um perigo, pois ela foi eliminada em Melbourne e Paris por zebras.

Há a impressão da presença de muitas jogadoras desconhecidas, mas isso acontece em todo slame se dá graças aos convites e à incompetência de outras moças do qualifying. Teve espaço até para o tênis universitário e a estreia de uma adolescente na Arthur Ashe.

Primeira fase

Dez cabeças de chave foram derrubadas logo de cara. Um número relativamente alto. Julia Goerges não tem o piso duro como especialidade, mas, desta vez, cometeu “o” papelão contra a tcheca Kristyna Pliskova. que não está nem no top 100; perdeu em um tiebreak e conquistou apenas um game no segundo set. Lisicki, que não defendeu o título em Dallas e tinha um histórico desfavorável contra Cirstea, pereceu em três sets. Andrea Petkovic, voltando de lesão, não passou por Romina Oprandi. Barthel continua em má fase, não resistindo a Jovanovski. Seguindo esta linha, as eliminações de Medina Garrigues, Gajdosova, Niculescu, Schiavone, Zakopalova e Peng não foram tão surpreendentes. Para Caroline Wozniacki, a nova decepção em estreia foi digna de pena, pois uma lesão a incomodava. Precisou abandonar na semifinal de New Haven (Matt Cronin, no Twitter, implorava para que ela desistisse mais cedo). A derrota para Irina-Camelia Begu custou-lhe a saída do top 10 e a provável não ida ao WTA Championships, em Istambul. Para uma jogadora que começou o primeiro Slam do ano na liderança, esta é uma queda considerável.

Entre as vencedoras, Bartoli teve um jogo irregular contra Hampton e quase foi ao terceiro set. Kvitova teve trabalho contra a saibrista Hercog, precisando superar a primeira parcial somente no tiebreak; o cansaço por ter jogado uma final, dois dias antes, justifica e preocupa. Sara Errani suou para superar Muguruza Blanco em três sets; num jogo cheio de erros, o espectador sofreu com a péssima qualidade técnica (foi um dos piores confrontos que vi este ano). Em duelos de medianas, a inconstante Palvyuchenkova passou por uma ainda irrecuperável Hantuchova. A “gramista” Pironkova bateu Giorgi, que se deu bem justamente no último torneio de Wimbledon. McHale (McFail, para os íntimos) decepcionou a torcida da casa (ela mora ali perto, em Nova Jersey) ao vacilar contra a holandesa Bertens, que tem um título de WTA e uma vaga para a próxima fase.

Segunda fase

Na Li conquistou uma quebra contra Dellacqua e se acomodou, administrando o resultado. Funcionou no primeiro set, mas no segundo, a australiana abriu vários games de vantagem. Por uma característica que eu chamo de sorte (em ter uma adversária tão vacilante do outro lado), a chinesa conseguiu virar o placar e salvar o público do terceiro set.

Laura Robson, prata em Londres nas duplas mistas e que “joga tênis ocasionalmente”, segundo seu perfil de Twitter, realizou uma façanha que ninguém esperava: aposentou Kim Clijsters nas simples. Todos sabiam que este seria o último torneio da belga, que ainda se inscreveu nos outros dois de duplas (na feminina ela perdeu na estreia). O jogo foi duro, em dois sets com tiebreaks. A quadra não estava tão cheia. Mas a hora de Kim chegou. Melancólico, mas que pode servir de incentivo para a britânica, geralmente uma coadjuvante na WTA.

Os quatro jogos da seção 4 tinham francesas em competição. Bartoli sofreu para superar Romina Oprandi: sinal amarelo. A convidada Mladenovic surpreendeu eliminando Pavlyuchenkova, numa diferença bem grande, com 6/1 e 6/2. Outra zebra foi Wickmayer perecer perante Parmentier. A única do país a fracassar foi Cornet, para a normalmente favorita Kvitova. A tcheca não teve placares elásticos, a exemplo de suas principais concorrentes, mas está vencendo, que é o que importa.

Depois de derrotar adversárias mais fortes, Cirstea e Bertens pararam em jogadoras menos expressivas. No primeiro caso, tudo bem: era Sorana sendo Sorana. Para Bertens, foi uma decepção perder de uma russa top 150, Olga Puchkova. Esta será a próxima adversária de Sara Errani, que conseguiu disfarçar seus defeitos ao derrotar Dushevina, por 6/0 e 6/1. Caminho fácil pra italiana até as oitavas, em teoria. Aga Radwanska, por sua vez, tomou o susto de um set de Suárez Navarro, mas depois passeou.

No jogo mais esperado da rodada, Kerber tinha a missão de repetir a campanha do ano passado e confirmar a boa fase. Mais urgente era derrotar a multicampeã Venus Williams na Arthur Ashe cheia, com torcida contra, gritando durante os pontos. A norte-americana estava muito vulnerável no 1º set, parecendo que seria atropelada. O set virou, assim como a sorte delas. Kerber aumentou os erros (com direito a duas duplas faltas no game de serviço, que poderia levá-la ao tiebreak) e Venus, apostando muito no jogo de rede, triunfou. A alemã bateu várias palmas com a raquete, que pareceram irônicas (inclusive, antes de uma, tomou um bonito winner ao tentar um balão). Ela ainda precisou de tempo médico para enfaixar melhor o pé, enquanto a irmã de Serena usou o descanso normal que tinha para trocar o grip da raquete (duas vezes, sendo a segunda antes do último game). No fim, deu Angelique, que estava com uma quebra contra no terceiro set, mas virou na última hora.

Outras considerações

A derrota quase generalizada das alemãs chamou atenção, mas a da maioria foi esperada. Nesse bolo, Tatjana Malek chegou à segunda fase, o que poucos perceberam.

Em situação mais preocupante está o tênis russo. Em simples, tirando Sharapova, Kirilenko e Petrova, não dá pra confiar em ninguém. Nomes menores, que adentraram ou não o top 100, estão muito distantes do nível do segundo escalão do país. Basta ver os resultados.

Sobre a transmissão, é impossível ver três jogos ao mesmo tempo com concentração. Para dois, existem as opções costumeiras, mas encontrar links funcionando sem travamentos é um obstáculo. Eis que surge a transmissão no site do US Open. No qualifying, percebeu-se sua qualidade. Contudo, os jogos da chave principal só estavam disponíveis para os Estados Unidos. Solução: baixar o UltraSurf e acessar anonimamente. Só não dá pra ver dois jogos ao mesmo tempo (a pequena janela do site para outro jogo é muito pequena) e, talvez, a conexão fique limitada para outras funções.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Olimpíadas 2012

Hora de abandonar a individualidade característica da maior parte no ano tenístico e vestir as cores nacionais. O tênis olímpico está apertado na última semana de julho/início de agosto, mas as atletas se preparam há semanas. Disputado em Wimbledon, que teve de se virar para recuperar a grama depois do Grand Slam, em tão pouco tempo, o templo do tênis foi dominado pela roupagem do evento multiesportivo; os jogadores poderiam abdicar do tradicional branco em suas roupas. Em alguns tópicos, aqui está o que aconteceu de relevante em Londres:

1. A bandeira é delas

Um dos momentos mais legais é a cerimônia de abertura. Especialmente a parte em que os países desfilam pelo estádio olímpico, em grupos, grandes ou pequenos, com um representante na dianteira, segurando um mastro.

Este ano, muitos tenistas surgiram como porta-bandeiras. O excesso causou um estranhamento inicial. Maria Sharapova e Agnieszka Radwanska foram escolhidas por conveniência. Uma completou o Career Slam e voltou à liderança (temporária) do ranking. Outra chegou à primeira final de Grand Slam e quase se tornou a número 1. A corneta em cima de Sharapova por não representar muito a Rússia é antiga; em 2012, ela jogou a Fed Cup só para cumprir tabela, contra um adversário fácil, enquanto Radwanska não participou. Completando o trio, a desconhecida Stephanie Vogt representou a pequena Liechtenstein. Na quadra, recebeu convite e perdeu na estreia. Não importa.

No calor da festa, a circunstância das escolhas foi esquecida. Foi divertido procurar rostos conhecidos no meio das delegações (Polona Hercog, Carla Suarez Navarro, Andrea Hlavavocka e Lucie Hradecka estavam lá); quem jogaria no dia seguinte não pôde comparecer. A espera dos porta-bandeiras causou ansiedade. O desfile demorou mais de uma hora. Sharapova e Radwanska (o narrador da TV Record se engasgou com o nome da polaca) foram muito bem. Mais cinco atletas ainda representaram o tênis, todos da ATP.

2. Outfits

O branco de Wimbledon ficou em segundo plano, na maioria dos casos. As fornecedoras tinham oportunidade na variação. Para o bem ou o mal, alguns padrões se repetiram. A Adidas, que mal se importa com as vestes para a Fed Cup, falhou com a maioria de suas tenistas. Repetiu não só o layout destas, mas também as cores. Algumas tinham o escudo costurado (Kirilenko tinha um gigante e horrível nas costas). A Clijsters, foi aberta uma exceção, e ela teve cores secundárias diferentes. Mas ficou a desejar. Por outro lado, Caroline Wozniacki teve um belo vestido vermelho. O visual só não ficou perfeito porque um persistente boné desarmonizava o conjunto. Sam Stosur, que tem contrato com a Fila, ficou com a marca alemã por uma semana, ganhando com visual simples, bonito e adequado. A Grã-Bretanha, ou Team GB, teve uma coleção assinada por Stella McCartney. Todos deste país se beneficiaram. Laura Robson e suas colegas ficaram belas e sem firulas: top azul marinho com sóbrios detalhes em vermelho e saia branca. A blusa, mais trabalhada, não era feia.

A Nike repetiu um layout recente (ver alguns exemplos nas imagens seguintes) para a maioria das atletas. Não se esqueceu de reproduzir as cores dos países. Ponto pra ela. Serena Williams teve um vestido exclusivo, de muitas alças e azul marinho. A italiana Lotto uniformizou com todas, num outfit azul com detalhes em rosa. A polonesa Agnieszka Radwanska e a espanhola Carla Suarez Navarro, por exemplo, ficaram irreconhecíveis.

No material adicional, isto é, nas blusas e calças que cobrem os atletas antes e depois das competições, a República Tcheca investiu em finas linhas azuis e vermelhas em peças predominantemente brancas. Contudo, as galochas azuis chamaram atenção tanto na cerimônia de abertura quanto no pódio feminino de duplas. Rússia se empolgou no desenho de seu casaco. Fez-me ter saudades do anterior (que já não gostava muito).

3. Decepções

Campeã de Eastbourne e quadrifinalista de Wimbledon, Tamira Paszek tinha tudo para repetir o desempenho na grama olímpica. Inexplicavelmente, caiu para Alizé Cornet, mal no ranking e que recebeu convite.

Apesar de nunca ter ganho neste piso, Tsvetana Pironkova tem boa fama nele. Vazou logo de cara para Cibulkova, que teve péssima atuação no último Grand Slam e estava no piso duro norte-americano uma semana antes.

Agnieszka Radwanska teve azar na estreia, mas, mesmo assim, o resultado assusta pelos últimos feitos no circuito. A queda de Na Li para Hantuchova, que estava machucada até outro dia, mostra que a chinesa há muito não apresenta um tênis de qualidade. Petra Kvitova também não está lá grandes coisas, mas foi adiante. Passou com dificuldade por Kateryna Bondarenko e Shuai Peng. Parou nas quartas em Maria Kirilenko, por sets direitos. Nas CNTP, ela, no mínimo, chegaria à semifinal.

4. Surpresas

Se for ver a chave, até que não rolaram muitas. Clijsters, em fim de carreira, foi com tudo nesta Olimpíada. Wozniacki derrotou adversárias fáceis até cair para Serena Williams, mas poderia ter perdido antes.

Julia Goerges, sim, fez mais do que se esperava. Com 20 aces e 56 winners, despachou a número 2 do mundo na estreia. Foi o jogo dela na temporada. Depois passou por uma perigosa Varvara Lepchenko e encerrou a participação contra Maria Kirilenko. A derrota foi chata, mas é melhor ver pelo lado positivo, podendo comemorar o desempenho e se espelhar nele nos próximos compromissos.

Maria Kirilenko encontrou adversárias fracas nos primeiros jogos. Goerges, nas oitavas, foi a primeira a tentar agredi-la de verdade. Contra Petra Kvitova, era a azarona. Aproveitou a má fase da adversária, superando-na com tiebreak e 6/3. Depois, o que viesse era lucro. Fez uma partida equilibrada contra Azarenka, mas não resistiu. Foi compensada nas duplas mistas, levando o bronze com Nadia Petrova.

5. Maria Sharapova

A russa fez o que se esperava dela. Laura Robson foi uma pequena pedra em seu sapato na 2ª fase, mas logo passou. Contra Lisicki, o fantasma da eliminação em Wimbledon ainda assombrava. O jogo foi muito competitivo, mas a siberiana fez a diferença nos sets finais. Contra Clijsters, esteve segura a maior parte do tempo. Idem na semi, contra Kirilenko. Na final, não viu a cor da bola. Por mais que estivesse Serena Williams do outro lado, seu 0 e 1 foram humilhantes. Depois ela disse que pegou uma virose antes do jogo, mas quero ignorar isso.

6. Victoria Azarenka

Vika teve uma estreia com tilt de um set contra Begu (se não fosse ele, a vitória seria ridicularmente fácil). Mais pra frente, teve jogos disputados contra Petrova e Kerber. Se estas fossem um pouquinho melhores, levavam. Na semifinal, Serena Williams. Apenas três games ganhos. Ridículo para ela, que não foi tão aplicada quanto na última partida de Wimbledon. No dia seguinte, estava razoavelmente renovada para o bronze.

A bielorrussa ainda levou o ouro nas duplas mistas, com Max Mirnyi, porta-bandeira do país. Não teve Serena do outro lado, mas Andy Murray, que tinha ganho ouro em simples no mesmo dia. O primeiro set foi melhor aos adversários e deu uma desanimada. Felizmente, a dupla vermelha e verde mudou o desenho da partida e foi campeã com 10/8 no match tiebreak.

7. Serena Williams

Quando não faz exibições patéticas contra adversárias que não deveriam assustar, Serena Williams atropela. As top, principalmente. Foi assim em Madri e em Wimbledon. Era favorita à medalha mais valiosa, e confirmou. Gozado é ver suas oponentes e descobrir que Urszula Radwanska foi quem mais conquistou games (cinco, no total). Em duplas, com Venus, perdeu mais games, mas nenhum set. Deitou e rolou.

Outras considerações

- Foi bem difícil caçar stream. Poucos jogos eram transmitidos, apenas nas quadras principais. A atenção era dividida com outros esportes. Nas poucas vezes que abri o Eurosport, que transmite torneios da WTA, não vi um jogo de tênis sendo transmitido. Estranho.

- O público polido de Wimbledon deu lugar a torcedores animados, gritando o nome dos atletas e de seus países. Foi outro clima. Curiosamente, uma bandeira do Brasil ficou aparecendo parcialmente na arquibancada até as finais da modalidade.

domingo, 8 de julho de 2012

Wimbledon 2012: segunda semana


Oitavas de final

A número 1 perdeu mais rápido que a adversária anterior contra ela. Sharapova não foi páreo para uma irresistível Lisicki, que vingou suas derrotas para a russa em Melbourne e no ano passado, em Londres.

O 6/1 6/1 de Kerber mostrou uma irreconhecível Clijsters. Muitos criticaram a forma física da belga. É preocupante, já que as Olimpíadas, a se realizar no mesmo local, é prioridade da dona de quatro Grand Slam.

Camila Giorgi poderia protagonizar uma nova surpresa, provocando uma esperada derrota de Radwanska. Não rolou. A número 1 da Polônia passou com facilidade pela italiana.

Kirilenko abriu 6/1 contra Shuai Peng, mas se desestabilizou. Derrota no tiebreak do segundo set, para depois dar a volta por cima no terceiro.

Serena Williams teve início parecido: 6/1. Shvedova, surpresa em Roland Garros, ganhou o set seguinte com folga. O terceiro teve algum drama, mas a norte-americana conseguiu uma quebra no final e levou o jogo.

Schiavone quis provocar outra zebra, mas não conseguiu. O problema foi Kvitova, com muitos erros. Quem viu o jogo, quis se enforcar. Depois de dois sets disputadíssimos, a tcheca fez 6/1 no final, como se nada tivesse acontecido.

Perguntamo-nos como Roberta Vinci está tão bem ranqueada atualmente. Não foi páreo para Paszek e seu duplo 6/2 6/2. Um treino da austríaca.

A não zebra mais vergonhosa da rodada: Ana Ivanovic foi triturada por Azarenka, com direito a pneu. Foi bondade Vika ter dado um game à sérvia. Era a chance desta entrar no top 10. Só faltava uma vitória. Uma.


Quartas de final

Foi decepcionante o jogo de Lisicki contra Kerber. Gosto das duas, mas a apatia inicial da primeira me fez escolher o outro lado. Angelique desperdiçou chances a seguir, perdendo no tiebreak do segundo set. Tivemos alguns momentos de “agora o jogo começou”, mas a alemã vencedora de Paris indoors e Copenhague poderia ter tido menos trabalho.

Entre Aga e Kirilenko, o número 1 estava em jogo. A polonesa dependia do resultado de Azarenka mas, em primeiro plano, o dela mesmo. O jogo teve duas interrupções por causa da chuva e até mudou de quadra. Maria parecia que ia vencer, mas decepcionou nos pontos decisivos. Quem ganhasse, faria sua primeira semifinal de Grand Slam. Deu o desafeto de Vika.

Serena x Kvitova era o jogo que mais prometia. Kvitova fez sua melhor partida em muito tempo, mas não conseguiu tirar um set. A diferença veio em quebras nos finais das parciais. A mulher de saques poderosos estava impossível.

Os resultados recentes de Tamira Paszek davam um certo temor, mas Azarenka estava muito segura. Seus saques estavam irresistíveis. O jogo foi parelho, a bielorrussa optou pelo drama para fechá-lo, mas tudo deu certo.

Semifinais

Foi ridículo ver Angelique Kerber sem armas para combater o estilo variado de Radwanska. Deu raiva, frustração. Agnieszka chega a sua primeira final sem sofrer muito perigo da alemã. Recompensa pelo bom trabalho que fez, há pouco menos de um ano, desde que ganhou Carlsbad.

Azarenka não foi atropelada por Serena como no US Open, mas não conseguiu superá-la. Obteve uma quebra no segundo set, levando este ao tiebreak, mas, além de não suportar o ritmo da adversária, errou em momentos cruciais. Pelo menos defendeu seus pontos.


Final

O palco estava preparado. Serena era a favorita. Agnieszka, com crise de tosse e outras coisas, parecia presa fácil. O 6/1 inicial da norte-americana sinalizava mais uma final de Grand Slam tranquila. Só que a seed6 começou a ver a polaca como uma Peng ou Shvedova, e não como uma Maria ou Victoria, e perdeu o set seguinte. A parcial final – 6/2 – colocou as coisas de volta ao eixo mas, por um momento, todos pensavam que daria Aga campeã e número 1, ajudada por tantos eventos “impossíveis” do meio esportivo neste ano.

Outras considerações

Não vi um jogo inteiro da Goerges em Wimbledon. Não me empolguei com os dois primeiros e peguei o final contra a Ivanovic (como ela perde para alguém que é humilhada, na rodada seguinte?). Tentei compensar em duplas mistas (na feminina, ela caiu cedo), mas o stream terminou no meio do evento (culpa da transmissão). É uma boa surpresa vê-la jogando na categoria e permanecendo em Londres até quase o final da segunda semana. Ok, culpa do calendário e dos atrasos pela chuva, mas, ainda assim, notável. Resultado: a dupla dela com Daniel Nestor venceu dois jogos e caiu nas quartas para os cabeças-de-chave 1.

Serena Williams fez dobradinha. Com a irmã, venceu em dois sets diretos as tchecas Hlavackova e Hradecka na quadra central, com teto fechado, perto das onze da noite, horário local. A atmosfera foi incrível. E a premiação, nas arquibancadas, lembrou-me os torneios da UEFA, e alguém reclamando que queria ver a taça sendo erguida no campo. Azar das duplas, que em Wimbledon não têm esse privilégio.

Detestei a programação de Wimbledon para as oitavas e quartas de final, promovendo vários jogos ao mesmo tempo. Poderiam alternar jogos do masculino e feminino. Assim, daria pra ver mais jogos do segundo. Nas quartas, o adiamento por causa do tempo ajudou a ter um confronto por vez.