quinta-feira, 13 de setembro de 2012

US Open 2012: 3R às semifinais

Terceira fase

Jie Zheng, número 23 do ranking, não foi páreo para Azarenka. Conquistou apenas um game, assim como a fraca Panova, na primeira fase, contra a bielorrussa. Mandy Minella é linda, mas nem faz cócegas em Grand Slam. Nunca passou de estreias, com exceção de Nova York, onde chegou até esta fase em 2010. Tinha boa chance de quebrar a própria marca, mas terminou tomando pneu de Anna Tatishvili.

Na Li, acomodada e não inspirando confiança, teve o que mereceu, perdendo em três sets para Laura Robson, a algoz de Kim Clijsters. Era possível esperar outra coisa boa da britânica; foi o que aconteceu. Lepchenko, em ascensão no ranking, perdeu de Samantha Stosur, defensora do título, mas saiu de cabeça erguida.

Na seção 4 estiveram três francesas, com apenas uma avançou: Marion Bartoli. Kvitova teve alguma dificuldade contra Parmentier, mas fez seu papel. Na 5, dois jogos dramáticos e também um tanto entediantes: Pironkova demorou pra fechar e só venceu Soler Espinosa na terceira parcial. Stephens foi valente, superando Ivanovic no primeiro tiebreak, mas depois caiu de produção.

Esperava-se que Makarova conseguisse uma nova façanha contra Serena Williams em Grand Slam, mas a norte-americana estava ligada. Quem decepcionou foi Kirilenko, caindo para a duplista Hlavackova. Vinci trollou a baixinha Cibulkova e Radwanska empurrou Jankovic no buraco, num placar não tão elástico.

Oitavas de final
Azarenka meteu duplo 6/2 em Tatishvilli, mas o placar engana, pois a georgiana errou pouco e deu trabalho à número 1. Stosur não estava tão afiada e tornou dramática a partida contra Robson, com direito a games longos; passou. Sharapova, depois de um 6/1 inicial, tomou um susto da compatriota Nadia Petrova, mas a chuva a ajudou, esfriando o jogo depois da interrupção.

Kvitova, com pouca torcida em Flushing Meadows, parecia que trucidaria Bartoli. Com um empurrãozinho do público e inversão de desempenhos em quadra, Bartoli renasceu, metendo um humilhante pneu na insossa tcheca. Pironkova finalmente lembrou que não jogava na grama, com Ivanovic passando o carro.

Para Hlavackova, três vitórias eram boas demais para ser verdade. Encontrou Serena e ganhou uma bela bicicleta. Infelizmente, com o resultado, repercutiu uma declaração machista de um tenista da ATP nas redes sociais. Na sequência, Kerber teve suas fraquezas expostas contra Errani, que passou em dois sets. Roberta Vinci foi mais surpreendente, num placar razoavelmente desproporcional contra a até então número 2 do mundo, Agnieszka Radwanska.

Quartas de final
Quatro jogos, duas realidades para cada metade da tabela. Ivanovic até jogou bem, conquistando quatro games, mas Serena não se abalou. Em outro duelo de duplistas na chave de simples, Errani mostrou ser melhor que Vinci. Elas são a atual cara do tênis italiano, enquanto Pennetta e Schiavone estão por baixo.

Na parte de cima, duas batalhas. Stosur, freguesa de Vika, finalmente conquistou um set, depois de seis jogos no head-to-head. O set final foi para o tiebreak e qualquer uma poderia ganhar. Deu a cabeça de chave 1. A seguir, Bartoli abriu 4/0 contra Sharapova, mas a chuva novamente apareceu. As moças continuaram no dia seguinte, mas o nível técnico estava baixo. Só melhorou no terceiro set, quando Maria carimbou sua passagem para a penúltima fase.




Semifinais
Um duelo tenso entre Maria e Vika. Infelizmente, a bolinha sofreu nos dois primeiros sets, vencendo quem errava menos. Assim como no último jogo da Bartoli, o público só viu seu ingresso valer no set final. Apesar dos pesares, foi o jogo mais equilibrado entre as duas – o quarto – no ano.

Na outra semi, Serena confirmou o favoritismo com 6/1 e 6/2. Errani deve ter se conformado por chegar tão longe em simples. Uma consolação que ainda lhe reservaria uma surpresa.

Outras considerações

A chuva só foi atrapalhar verdadeiramente o torneio nas fases finais. Maria Sharapova, pode-se dizer, saiu beneficiada. Seguiu a estatística de que, com chuva, ela vence. A exemplo da final em Roma. Só uma sequência é que foi quebrada: a de não perder jogos de três sets em 2012. Também, alguém teria que ceder, já que Vika tinha a mesma invencibilidade.

A conquista nas duplas mistas por Bruno Soares e Ekaterina Makarova parece ter sido obra do destino. O brasileiro jogaria com Jarmila Gajdosova, mas esta não atendia os requisitos do torneio, não podendo participar. Makarova estava de bobeira e, já tendo jogado com Soares, aceitou a parceria. A chave era difícil, com os Bryan e Lisa Raymond. Passaram por eles, com direito à definitiva aposentaria de Kim Clijsters, num emocionante jogo na quadra 17. Apesar do jogo ir até o match tiebreak, sendo vencido por 12 a 10, a dupla campeã foi superior. Poderia ter vencido mais cedo, mais desperdiçou muitas oportunidades.

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