domingo, 8 de julho de 2012

Wimbledon 2012: segunda semana


Oitavas de final

A número 1 perdeu mais rápido que a adversária anterior contra ela. Sharapova não foi páreo para uma irresistível Lisicki, que vingou suas derrotas para a russa em Melbourne e no ano passado, em Londres.

O 6/1 6/1 de Kerber mostrou uma irreconhecível Clijsters. Muitos criticaram a forma física da belga. É preocupante, já que as Olimpíadas, a se realizar no mesmo local, é prioridade da dona de quatro Grand Slam.

Camila Giorgi poderia protagonizar uma nova surpresa, provocando uma esperada derrota de Radwanska. Não rolou. A número 1 da Polônia passou com facilidade pela italiana.

Kirilenko abriu 6/1 contra Shuai Peng, mas se desestabilizou. Derrota no tiebreak do segundo set, para depois dar a volta por cima no terceiro.

Serena Williams teve início parecido: 6/1. Shvedova, surpresa em Roland Garros, ganhou o set seguinte com folga. O terceiro teve algum drama, mas a norte-americana conseguiu uma quebra no final e levou o jogo.

Schiavone quis provocar outra zebra, mas não conseguiu. O problema foi Kvitova, com muitos erros. Quem viu o jogo, quis se enforcar. Depois de dois sets disputadíssimos, a tcheca fez 6/1 no final, como se nada tivesse acontecido.

Perguntamo-nos como Roberta Vinci está tão bem ranqueada atualmente. Não foi páreo para Paszek e seu duplo 6/2 6/2. Um treino da austríaca.

A não zebra mais vergonhosa da rodada: Ana Ivanovic foi triturada por Azarenka, com direito a pneu. Foi bondade Vika ter dado um game à sérvia. Era a chance desta entrar no top 10. Só faltava uma vitória. Uma.


Quartas de final

Foi decepcionante o jogo de Lisicki contra Kerber. Gosto das duas, mas a apatia inicial da primeira me fez escolher o outro lado. Angelique desperdiçou chances a seguir, perdendo no tiebreak do segundo set. Tivemos alguns momentos de “agora o jogo começou”, mas a alemã vencedora de Paris indoors e Copenhague poderia ter tido menos trabalho.

Entre Aga e Kirilenko, o número 1 estava em jogo. A polonesa dependia do resultado de Azarenka mas, em primeiro plano, o dela mesmo. O jogo teve duas interrupções por causa da chuva e até mudou de quadra. Maria parecia que ia vencer, mas decepcionou nos pontos decisivos. Quem ganhasse, faria sua primeira semifinal de Grand Slam. Deu o desafeto de Vika.

Serena x Kvitova era o jogo que mais prometia. Kvitova fez sua melhor partida em muito tempo, mas não conseguiu tirar um set. A diferença veio em quebras nos finais das parciais. A mulher de saques poderosos estava impossível.

Os resultados recentes de Tamira Paszek davam um certo temor, mas Azarenka estava muito segura. Seus saques estavam irresistíveis. O jogo foi parelho, a bielorrussa optou pelo drama para fechá-lo, mas tudo deu certo.

Semifinais

Foi ridículo ver Angelique Kerber sem armas para combater o estilo variado de Radwanska. Deu raiva, frustração. Agnieszka chega a sua primeira final sem sofrer muito perigo da alemã. Recompensa pelo bom trabalho que fez, há pouco menos de um ano, desde que ganhou Carlsbad.

Azarenka não foi atropelada por Serena como no US Open, mas não conseguiu superá-la. Obteve uma quebra no segundo set, levando este ao tiebreak, mas, além de não suportar o ritmo da adversária, errou em momentos cruciais. Pelo menos defendeu seus pontos.


Final

O palco estava preparado. Serena era a favorita. Agnieszka, com crise de tosse e outras coisas, parecia presa fácil. O 6/1 inicial da norte-americana sinalizava mais uma final de Grand Slam tranquila. Só que a seed6 começou a ver a polaca como uma Peng ou Shvedova, e não como uma Maria ou Victoria, e perdeu o set seguinte. A parcial final – 6/2 – colocou as coisas de volta ao eixo mas, por um momento, todos pensavam que daria Aga campeã e número 1, ajudada por tantos eventos “impossíveis” do meio esportivo neste ano.

Outras considerações

Não vi um jogo inteiro da Goerges em Wimbledon. Não me empolguei com os dois primeiros e peguei o final contra a Ivanovic (como ela perde para alguém que é humilhada, na rodada seguinte?). Tentei compensar em duplas mistas (na feminina, ela caiu cedo), mas o stream terminou no meio do evento (culpa da transmissão). É uma boa surpresa vê-la jogando na categoria e permanecendo em Londres até quase o final da segunda semana. Ok, culpa do calendário e dos atrasos pela chuva, mas, ainda assim, notável. Resultado: a dupla dela com Daniel Nestor venceu dois jogos e caiu nas quartas para os cabeças-de-chave 1.

Serena Williams fez dobradinha. Com a irmã, venceu em dois sets diretos as tchecas Hlavackova e Hradecka na quadra central, com teto fechado, perto das onze da noite, horário local. A atmosfera foi incrível. E a premiação, nas arquibancadas, lembrou-me os torneios da UEFA, e alguém reclamando que queria ver a taça sendo erguida no campo. Azar das duplas, que em Wimbledon não têm esse privilégio.

Detestei a programação de Wimbledon para as oitavas e quartas de final, promovendo vários jogos ao mesmo tempo. Poderiam alternar jogos do masculino e feminino. Assim, daria pra ver mais jogos do segundo. Nas quartas, o adiamento por causa do tempo ajudou a ter um confronto por vez.

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