sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Semana 1 de 2013: estreia chinesa e três chances na Austrália


Ano novo, esperanças renovadas. Ao menos no tênis: jogadoras que tiveram um 2012 ruim podem ser outras na nova temporada, depois do período de férias, preparação e eventuais exibições. Tudo é possível.

Falemos de assuntos corriqueiros e o que aconteceu na primeira semana, que incluiu os últimos dias de dezembro. Teve tenista, em Sydney, jogando perto do réveillon. Puxadíssimo.

O Eurosport perdeu os direitos de transmissão da WTA. Mas foi o canal internacional. O British Eurosport já tinha exibido a última Fed Cup. Encontrei-os passando um ou outro jogo de Brisbane. Para muitos telespectadores europeus que exercem sua função legalmente, mas não contam com o British, a dor de cabeça é evidente. Para os pirateiros ao redor do mundo, o transtorno é menor.

O italiano SuperTennis, que tinha pego o Torneio das Campeãs, em Sófia, o fez também com a Hopman Cup. A imagem é boa, do canal em HD. O Al Jazeera, que aparecia aqui e ali, também deve aumentar a frequência. Os canais sem logotipo – quem sabe são do TennisTV, já que o nome do site de stream cobre um canto da tela – devem predominar. A qualidade de imagem não é garantida. O WTA de Hobart está com transmissão oficial pelo You Tube, mas trava muito. O Australian Open repetirá a empreitada do ano passado (já o está fazendo na fase qualificatória), porém ficou no “carregando buffering” várias vezes.

Meu primeiro jogo na temporada não foi completo. Vi o final de Petkovic x Barty, pela Hopman, onde a alemã se machucou de novo. Não disputará o Aberto da Austrália, mas volta logo depois. Ela assinou com a Stella McCartney, assim como a britânica Laura Robson. Wozniacki continua na marca, apesar dos maus resultados na última temporada.

No torneio de exibição em Perth, além de Petko, dois jogadores masculinos saíram lesionados, de Alemanha e Estados Unidos. Um juvenil australiano os substituiu, representando dois países diferentes (a Hopman é uma “Copa do Mundo” de duplas mistas que não vale pontos), que não o seu. Do que vi, Novak Djokovic e Ana Ivanovic fizeram um jogo de mistas divertido contra uma Alemanha desfigurada. Na final, contra a Espanha, Anabel Medina Garrigues fez os dois pontos do título com uma garra incrível. Que isso se estenda pelo resto do ano. Em 2012, ela despencou no ranking e perdeu preciosas chances em torneios importantes, quando tinha adversárias mais fracas. Do que não vi, Francesca Schiavone continua no buraco. Tomou pneu na derrota para Ashleigh Barty.

Em Brisbane, rolou um w/o muito estranho de Victoria Azarenka quando estava prestes a jogar contra Serena Williams, na semifinal. Culpa do pedicure, que trouxe dor ao seu lindo pezinho. A norte-americana passou o trator nas adversárias, enquanto Sharapova desistiu antes de estrear. Isso abriu caminho para a lucky loser ucraniana Lesia Tsurenko até a semi. Decepcionaram Errani, que perdeu para Hantuchova, e esta, que foi eliminada por Lesia. Mesmo não indo longe, Gajdosova voltou a vencer, o que é um alívio. Contra a surpresa porto-riquenha Monica Puig, Kerber quase pereceu. Mas a melhor foi Anastasia Palvyuchenkova, que emagreceu, passando por uma perdida Kvitova e derrotando Kerber em dois tiebreaks. O prato de vice-campeã valeu muito à russa.

Agnieszka Radwanska queimou bem um dos International a que tem direito de disputar, conquistando-o em Auckland. Yanina Wickmayer trocou o vice de Hobart, ano passado, pelo neozelandês. Repetiu aquela final na semi aqui, contra Barthel, em três sets, mas ganhando breadstick. Julia Goerges surpreendeu por trocar a Nike pela Fila. Agora ela pode exibir livremente seu patrocínio, uma marca de ração para gatos. Como seed 2, teve uma derrota preocupante para Johanna Larsson, na segunda fase. Em duplas, defendeu o vice em companhia de Yaroslava Shvedova.

O Internationalestreante de Shenzhen sinaliza a adição de mais torneios na China. Em 2014, o de Premier 5 de Tóquio será trocado por Wuhan, terra natal de Na Li. Esta, como seed 1, não fez feio e levou o título. No stream de challenger que vi um dos jogos, a quadra era modesta e com pouco público. O Internationalde Tashkent, que acompanhei muito em 2012, parece um pouco melhor que o de Shenzhen.

Para encerrar, um detalhe: na China é inverno e na Austrália, verão. Deve ter sido uma mudança sensível para as jogadoras que saíram do frio de Shenzhen para o sol escaldante de Sydney ou Hobart, em poucos dias. Especialmente para Na Li.

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