sábado, 23 de junho de 2012

Roland Garros 2012: segunda semana. Bad Gastein e Birmingham


Comentários rápidos, já que o Grand Slam francês já acabou e o inglês está batendo à porta.

Oitavas de final

Dominika Cibulkova quase cometeu o crime em Miami, em março, ao ficar perto de eliminar a até então invicta número 1, Victoria Azarenka. Desta vez, funcionou. A fase da bielorrussa era de pouca confiança. Como uma reviravolta que não veio, bastou uma jogadora com muita vontade para derrotá-la. Foi preocupante, pois sua liderança ficou ameaçada.
Sloane Stephens colheu os louros por chegar até aqui, mas não conseguiu parar Samantha Stosur, que não estava imbatível, mas fez a experiência prevalecer.

A vitória contra Radwanska foi o ponto alto de Kuznetsova. Frente a Errani, demorou a entrar na partida, e tomou pneu. Na WTA, isso não é garantia de vitória, mas a adversária conseguiu administrar a partida num disputado segundo set.

Kerber 6/3 e 7/5 contra Martic: um set final apertado, mas o que vale é a vitória, não?

Li x Shvedova foi a grande surpresa da rodada. A defensora do título começou bem, fazendo 6/3, mas depois só conquistou dois games. A cazaque duplista, que poucos apostariam em simples, derrubou a chinesa com um pneu. Impressionante.

Kvitova passou com facilidade por Lepchenko, enquanto Kanepi suou contra Rus. Neste jogo, tirando o set vencido pela holandesa, o jogo configuraria-se numa vitória tranquila. Como gosta de trabalhar a estoniana.

No último confronto, a chuva se fez presente e deixou a quadra pesada. foi a maior adversária de Maria Sharapova, fazendo Zakopalova jogar bem nos primeiros dois sets e tirar um da russa, que terminou pondo a ordem na casa.

Quartas de final

Cibulkova tem a manha de alternar vitórias incríveis e derrotas ridículas. Foi a vez do segundo cenário contra Stosur. Na coletiva pós-jogo, tentou justificar, dizendo que a australiana sacava como homem (mulheres não podem jogar assim?). Não convenceu.

Errani vencer, em dois sets diretos, a nova top 10, Angelique Kerber, não foi especialmente uma surpresa. Se fosse o contrário, também não. A alemã ficou nervosa quando não podia e a italiana aproveitou seus êxitos recentes no saibro pra brilhar

A festa de Shvedova terminou contra uma ainda duvidosa Kvitova. Três sets, com a vitória no primeiro da azarona, só para assustar. Enquanto isso, Sharapova passou fácil por Kanepi, que não parecia que ia ganhar.

Semifinais

Muita gente (eu incluso) cornetou a Errani pelas conquistas menores nas últimas semanas, mas agora é preciso dar o braço a torcer. Venceu duas top 10 e chegou à final de simples (e de duplas também). Apesar do 6/1 tomado no segundo set, a italiana se mostrou muito competitiva e aproveitou os erros da adversária.

Sharapova e Kvitova fizeram a segunda semifinal consecutiva num Grand Slam. Ao contrário de Melbourne, foi uma vitória mais fácil da russa, que vinha de êxitos consistentes. Petra ficou devendo. Maria retomou o número 1 do ranking, depois de muitos anos.






Final

Muitas possibilidades neste jogo, mas o óbvio falou mais alto. Roland Garros, palco de muitas zebras, desta vez viu Maria Sharapova completar o Career Slam numa vitória muito fácil contra Errani. Pode-se dizer que as adversárias da russa não foram lá muito bem, mas a culpa é delas, não da vencedora. A vaca no gelo desta vez comprou patins apropriados e deslizou com segurança no saibro. Agora é tremer (exceto uma tal de Serena) nos jogos contra ela e ver adversárias dando tudo de si para carimbar seu título.


Mais: Bad Gastein e Birmingham

Último respiro de saibro antes da temporada de grama, Bad Gastein contou com a segunda decepção seguida de Julia Goerges (que tem o nome destacado no artigo da cidade austríaca na Wikipedia) em estreia. Desta vez, o vexame foi maior, sendo eliminada para a quali holandesa Richèl Hogenkamp. Tentando compensar, ela conquistou o título de duplas junto da americana Jill Craybas.

A final acabou reunindo duas vice-campeãs de 2012, Yanina Wickmayer (Hobart) e Alizé Cornet (Estrasburgo), com alguns anos sem título. Quem saiu da seca foi Alizé, com um troféu feio, uma partida dura e alguns xiliques durante a competição.

Birmingham, que tinha mais nomes atraentes, confirmou a má fase de algumas (Lisicki e Barthel) e teve muitos atrasos por causa da chuva. Jelena Jankovic foi finalista, mas teve que jogar duas duras partidas no mesmo dia. A decisão foi realizada na segunda-feira, contra a qualifier Melanie Oudin, norte-americana de histórico dramático sem vitórias. Venceu a mais descansada, mas se JJ realizasse a façanha com grande esforço, ninguém reclamaria.

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