sábado, 28 de dezembro de 2013

2013 outfits: top 10 do ranking

1. Serena Williams
As faixas horizontais e combinações de cor deram uma dinâmica interessante aos dois primeiros vestidos de Serena Williams. As faixas únicas nos dois modelos do US Open, por estar um pouco abaixo do busto, quase na cintura, não deram a impressão de asfixiar a atleta. O item de mesma cor da peça de Roland Garros teve o mesmo efeito. A transparência acima do busto em Wimbledon fez lembrar um pouco o Stella McCartney de Caroline Wozniacki no US Open de 2010 (aquele preto com fundo amarelo); a falta de uma peça secundária de outra cor deu tom mais elegante à peça branca. A Nike acertou na simplicidade em Madri/Roma, ficou preguiçosa com a blusa de Toronto/Cincinnati e derrapou demais no saco de batatas nas duplas do US Open (que Victoria Azarenka usou em simples, no US Open Series). O do Championships é simples, mas o detalhe na saia não rima com nenhum outro do conjunto.

2. Victoria Azarenka
O tom creme aliado ao roxo secundário ficou perfeito no simples, mas charmoso outfit do Australian Open. As estampas de Madri/Roma e do Championships não foram felizes, mesmo a segunda criando a sensação de relevo. O saco de batatas tem cores variadas em Cincinnati e na gira asiática, mas não melhora a impressão. As peças folgadas de Roland Garros não empolgam, enquanto que a do US Open é um suadouro geral (Azarenka se declarou Batgirl, pois postou no Instagram o único ponto seco na peça, no peito, que tinha a forma de um morcego). A bielorrussa abandonou cedo o Torneio de Wimbledon e se escondeu na blusa. Especula-se que sua roupa seja uma versão branca da usada em Melbourne.

3. Na Li
A chinesa é dona dos polos, sendo a combinação de tons de cinza em Roland Garros a melhor. A gola aberta em Miami lembra os outfits pouco inspirados de Kvitova, enquanto que a careca de Madri/Roma é uma quebra de padrão sem destaque. A gola de Wimbledon é diferente e mais bonita. As estampas de Cincinnati e do US Open são bregas, acompanhando as péssimas estampas do gênero feita pela Nike para outros atletas na época (vide o vestido que Sharapova usaria no último Grand Slam do ano se não estivesse contundida, que sobrou para Eugenie Bouchard). A faixa central vertical do Championships foi a ousadia mais feliz da Nike nas peças de Li.

4. Maria Sharapova
Embora repetitivas, as alças triangulares vazadas se destacam. As alças simples de Madri/Roma são delicadas e envolvem a jogadora sem exibir demais; parecem de cetim. As “peiteiras” dos dois primeiros modelos são duvidosas, pois redundam o óbvio. A faixa horizontal em Miami criaria a impressão de sufocamento, mas é diminuída pelo busto pequeno de Maria. As áreas laterais de Roland Garros são bem-vindas, enquanto que as saias de Madri/Roma e Cincinnati incluem formas aleatórias. A única harmonia está nas linhas verticais do vestido do Grand Slam francês às alças, embora a forma triangular fundida nos dois lados da peça inferior não pareça dizer algo.

5. Agnieszka Radwanska
A Lotto é preguiçosa. Estreou o layout de três formas triangulares no busto, em 2012, no Championships. Utilizou-o em quase toda a temporada seguinte, combinando mal as cores (especialmente no US Open) e inserindo uma forma tosca nas costas. O detalhe na lateral do pé da peça é charmoso se não imaginarmos que é parte do shortinho (não é). Quebrando o padrão, as duas grossas linhas de Wimbledon não entusiasmam. O vestido do Championships é discreto, mas acerta na sobreposição de peças nas alças. Continuando a ser usado em 2014, será um acerto seguro.

6. Petra Kvitova
O conjunto do Australian Open é um dos melhores do ano. O tom escuro esconde a barriga e os pontos brancos no busto (parecem estrelas), mais o creme nos detalhes, dão charme. A combinação com saia laranja, na sequência, ficou desarmônica, enquanto que a versão de Miami, com verde flúor e branco, não mostrou a mesma imponência. Em Roland Garros, o tecido parece muito fino; a estampa com arranhões de gato é qualquer nota. Nos dois últimos Slam, gola diferente para conjuntos sem imaginação. No Championships, o preto esconde a textura presente na peça.

7. Sara Errani
A italiana dividiu muitos desses modelos com outras atletas top. Ruim para estas. E dividiu também com menores, contratadas da Nike. A de Miami, com faixas horizontais escuras, que vão diminuindo a grossura e mudando a tonalidade, de baixo para cima, são bonitas, mas a regata poderia ser menos folgada. Em Wimbledon, acerto na disposição das cores secundárias, mas estranha a existência de “peiteiras”. No US Open, a regata seria totalmente básica se não fosse a costura horizontal no busto. O detalhe não aumenta a reputação. O último do quadro, repetido por Azarenka no mesmo torneio, teve um detalhe insistido pela marca em conjuntos da mesma época, que é um pedaço de tecido diferente, começando na metade de uma alça e terminando nas costas, não dando volta completa no pescoço.

8. Jelena Jankovic
A Fila parece fornecer produtos para estudantes, com linhas percorrendo as extremidades das peças. Em 2013, ela foi específica, fazendo um conjunto para cheerleaders: em Indian Wells, Jelena usou a saia que chamam apropriadamente de car wash, pois se assemelha às cerdas de uma máquina automática lava-carros. Ela escondeu a parte de cima, bastante aceitável, com a blusa, mas o que interessa está visível. A peça inferior virou facilmente motivo de piada. Em Miami, o degradê não ficou bem com as faixas estrangulantes, verdadeiros cintos de segurança. O branco de Wimbledon é modesto, o azul do US Open é o mais acertado da moda estudantil e o rosê do Championships possui um relevo interessante.

9. Angelique Kerber
A Adidas, sem parcerias, é econômica nos outfits, como se pode ver na tenista melhor ranqueada dela. Os dois primeiros têm layouts semelhantes, com a parte das costas apostando em adequadas transparências. No pé frontal do vestido, um degradê conflitante com o resto lembra uma toalha de mesa. Vale lembrar que a cor amarela, no Australian Open, foi febre por vários fabricantes; poucos se arriscaram a fugir desse padrão. A partir de Wimbledon, a aposta se deu na transparência frontal acima do busto. Ficou bom no conjunto top e saia, mas melhor na versão vestido (usado por Ana Ivanovic e Daniela Hantuchova), com o detalhe maior na região. A empresa alemã não teve medo, e “entortou” o logo na parte de cima.

10. Caroline Wozniacki
A dinamarquesa não ficou no top 10 de fim de temporada anterior, o que impossibilitou a seleção de seus “inventivos” outfits. Em 2013, a Stella McCartney deixou de ser exclusiva da loira (Maria Kirilenko, Laura Robson e até Andrea Petkovic firmaram contrato), gerando coisas boas e ruins para todas. Os torneios do Australian Open Series geralmente não contemplam os lançamentos, mas vale lembrar a segunda versão do horrível conjunto com que Caroline fechou 2012. Se o elástico preto é disfarçado na harmoniza com o cinza, o mesmo não pode se dizer da inserção do branco com o rosa. Em Melbourne, o branco e o amarelo caíram muito bem (vi o vestido ao vivo, usado por uma húngara, num ITF, e sou suspeito a falar). Os dois seguintes lembram muito alguns modelos da Nike, com alças grossas e de cor diferente ao resto (só faltou serem fluorescentes) ou faixas verticais, lembrando o modelo de Sharapova em Roland Garros. No Torneio de Wimbledon, surgem um par de transparências aleatório e uma costura logo abaixo, que se assemelha a bolsos. No último Grand Slam do ano, Stella se superou: Wozniacki parecia trajar um cuecão. O azul acima destacava o suor na barriga, que não é visualmente legal. Para piorar, a blusa de concentração era composta por cinza brilhante de astronauta (ou de papel alumínio), cercando um tecido azul transparente, que revelava a roupa de jogo. Agasalhar-se virou mais um ato de fazer média com o patrocinador do que se proteger do clima.