segunda-feira, 5 de março de 2012

Fevereiro de 2012

Fed Cup - 1ª semana

O confronto entre Alemanha e República Tcheca foi o que se esperava: uma surra das visitantes. A quadra rápida favoreceu as tchecas. Individualmente, Julia Goerges surpreendeu, jogando com garra contra Petra Kvitova. Levou o jogo ao terceiro set, perdendo por 10 games a 8 (não há tiebreak). Sabine Lisicki, a promessa de sempre, conseguiu perder para Iveta Benesova (e para Petra, mas nem dá pra crucificá-la tanto por isso). A ascendente Angelique Kerber fez o ponto de honra e a dupla Gronefeld/Goerges não conseguiu passar pela dupla reserva adversária. No fim das contas, quem ganhou um pouco de moral nessa história foi Kvitova, depois do desastre contra Sharapova no Australian Open.
Rússia x Espanha poderia ser 5 a 0. A vitória das donas da casas era certa. Como os times estão testando jogadoras para as Olimpíadas, o 3 a 2 ficou de bom tamanho. Para a equipe russa, o ruim é Maria Sharapova fazer esses "jogos-treinos" e não ser chamada quando a chapa esquenta.

Bélgica e Sérvia não teve suas protagonistas - Kim Clijsters e Ana Ivanovic - sendo decidido só no jogo de duplas. Itália e Ucrânia também foi acirrado. Flavia Penneta e Roberta Vinci decidiram no quinto jogo, mas, em três sets, conseguiram tomar um pneu.

Não querendo dar uma de vidente, mas já o fazendo: tudo se encaminha para um novo Rússia e República Tcheca na final. Em Rússia x Sérvia, a primeira equipe precisaria jogar só com Makarovas e Petrovas pra perder. Mesmo que Ivanovic particiipe e Jovanovski desencante (Atualizado: não liguei pra Jankovic e ela brilhou no confronto; errei). República Tcheca x Itália está muito para as primeiras, mesmo que no papel o confronto pareça igual.

Nas outras divisões, decepção é por Azarenka não ter jogado contra os Estados Unidos de Serena Williams. Provavelmente, ela queria manter a sequência de vitórias na temporada. Resultado: 5 a 0 para as americanas. O resto eu nem me atrevo a comentar.


Pattaya e Paris


Na Tailândia, Daniela Hantuchova evitou o bi-vice no ano e defendeu seu título. Nos jogos, um torcedor gritava (com um sotaque italiano) o nome da eslovaca, e o resto ria. Estranho. Na final contra Maria Kirilenko, esta amarelou legal. Pena.

A capital francesa, provavelmente sob neve, foi palco para o Premier indoor em quadra dura. Não teve Kvitova, última campeã e especialista nessas condições. A chave foi encabeçada por Sharapova, favoritíssima, que deu para trás nas quartas de final. Klara Zakopalova tentou emplacar uma série de vitórias e ser a sensação, mas parou nas semifinais contra Marion Bartoli. Esta foi finalista e não venceu com a torcida a favor. Deu Angelique Kerber, em seu primeiro título de WTA. A alemã tremeu para fechar, mas contou com a ajuda da adversária.


Doha, Bogotá e Dubai


Começo por Julia Goerges. Acreditando na máxima "ela só joga no saibro", a alemã, que em 2011 passou fevereiro no saibro latino-americano, mudou completamente este ano. Foi para as quadras rápidas. Perdeu para jogadoras com ranking muito menor, em Paris e Doha. Na capital dos Emirados Árabes Unidos, conseguiu uma boa vitória sobre Kuznetsova. Era para parar, a seguir, na número 1, Victoria Azarenka, mas esta vazou por lesão. Sorte de Julia, que se encheu de confiança e foi até a final. Passou por Daniela Hantuchova nas quartas, em três duros sets (foi o primeiro confronto entre elas), e venceu pela terceira vez seguida a dinamarquesa Caroline Wozniacki, em dois sets. Desta vez, foi mais difícil, levando as duas séries ao tiebreak.

O International Bogotá foi bem fraco, contando com muitas desconhecidas. Das famosas, duas boas duplistas, Gisela Dulko e Yaroslava Shvedova, mas não conseguiram avançar muito na chave de simples. Paula Ormachea, a promessa argentina, também não foi muito longe. O título sobrou para uma estreante, Lara Arruabarrena Vecino, mais uma espanhola de sobrenome composto.

Doha foi o primeiro torneio da Azarenka como número 1. Sharapova, Kvitova e Li não participaram. O caminho da bielorrussa ao título foi bem tranquilo. Nem Aga Radwanska, na semifinal, ou Sam Stosur, na final, foram páreo. O maior destaque, do outro lado da chave, foi Lucie Safarova, que passou por Kuznetsova e Wozniacki. Parou em Bartoli, nas quartas.
 
Dubai, terra de um dos grandes patrocinadores da WTA, serviu para produzir uma série de vídeos promocionais. Foi divertido. Em quadra, com a não participação de Azarenka, por contusão, a chave ficou muito aberta. Agnieszka Radwanska soube aproveitar as oportunidades, levantando o caneco. Só perdeu um set, para Jankovic, na semifinal.